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ID
5123689
Banca
MetroCapital Soluções
Órgão
Prefeitura de Laranjal Paulista - SP
Ano
2020
Provas
Disciplina
Medicina
Assuntos

Como se sabe, o infarto agudo do miocárdio (IAM) é uma situação grave. Sobre o tema, analise os itens a seguir e, ao final, assinale a alternativa correta:

I – A sequela principal é a hipertensão.

II – A dor do IAM não é necessariamente produzida por esforço físico e não é aliviada por nitroglicerina e repouso.

III – É causado pelo estreitamento de uma artéria coronária pela aterosclerose, ou pela obstrução total de uma coronária por êmbolo ou trombo.

Alternativas
Comentários
  • conduta básica incial...Um paciente que se apresenta com  na  deve ser avaliado precocemente, de forma ideal, em até 10 minutos. Após a realização do eletrocardiograma, todos os pacientes com IAM com supra de segmento ST devem ser submetidos à conduta terapêutica básica inicial, salve contraindicações a alguma das condutas. A conduta se baseia na sigla MONA: Morfina, Oxigênio, Nitrato e AAS.

    A morfina é altamente indicada no paciente com IAM devido ao seu efeito vasodilatador, reduzindo a resistência vascular periférica, pré e pós-carga do ventrículo esquerdo. Além disso, apresenta potente efeito analgésico sobre o SNC, reduzindo a dor e ansiedade do paciente. A dose inicial de morfina deve ser 2 a 4 mg, IV.

    A oxigenioterapia deve ser utilizada para aumentar a saturação de oxigênio e assim limitar a lesão miocárdica isquêmica, visto que haverá uma maior oferta para as células miocárdicas, consequentemente reduzindo a intensidade de elevação do segmento ST. Seu fornecimento deverá ocorrer através de cateter nasal, com fluxo de 2 a 4 l/min.. Havendo uma hipoxemia moderada, deve-se utilizar máscara de O2, com fluxo de5 a 10 l/min.

    Os nitratos devem ser administrados devido a sua importante ação vasodilatadora, que reduz a dor isquêmica associada à isquemia coronariana e à área de infarto. Inicialmente, a dose utilizada deve ser 5 a 10 (X) g/min, via endovenosa, em bomba de infusão contínua.

    , o AAS (Ácido acetilsalisílico) deve ser utilizado para impedir a agregação plaquetária, a reoclusão coronariana e a recorrência de eventos após a terapia fibrinolítica por inibir irreversivelmente a ciclooxigenase e, consequentemente, a produção de tromboxano A2.

    Deve-se administrar AAS a todos os pacientes na admissão, pode ser administrado antes da realização do ECG e manter seu uso contínuo indefinidamente. A dose inicial deve ser 200mg via oral e a dose de manutenção deve ser 100mg/dia via oral após almoço.

    Estudo recentes identificaram a redução da mortalidade de pacientes com IAM que recebem associado ao MONA, β-bloqueadores, clopidogrel e heparina. adicionando o sufixo BCH à sigla, MONABCH.

    O objetivo do uso de β-bloqueadores é causar a redução da frequência cardíaca, buscando manter uma FC de, aproximadamente, 60 bpm. Sua utilização rotineira deve ser feita por via oral, no paciente estável, mantendo-a após a alta hospitalar.

    Semelhante ao AAS, o clopidogrel é, também, um antiagregante plaquetário, porém, seu efeito é devido à sua ação antagonista do receptor da adenosina.

    Por fim, pela heparina ser um anticoagulante, seu uso é feito visando como meta atingir um tempo de coagulação ativado (TCa) de, pelo menos, 300 seg. Vale ressaltar que, durante o uso da heparina não fracionada, é importante a monitoração da contagem do número de plaquetas, assim como os valores de hemoglobina e o hematócrito.