O trecho apresentado na questão é retirado da obra “Sopa de Wuhan", de vários autores, publicada em espanhol e em formato digital. O livro mostra reflexões de um mês vivido durante a pandemia, em 2020, entre 26 de fevereiro e 28 de março de 2020.
São apresentadas ideias sobre as novas realidades vividas em decorrência do coronavírus, e também reflexões sobre o futuro pós-pandemia. São apresentados diálogos de 15 autores, sob a direção de Giorgio Agamben. Entre os autores está Paul B. Preciado, autor do trecho transcrito.
O italiano Giorgio Agamben, único autor com três textos no livro, foi quem começou as discussões em 26 de fevereiro em “La invención de una epidemia".
Uns defendem que a pandemia é democrática, por atingir a todos de forma indistinta. Outros já tem a percepção que o vírus tem uma “ direção" que tem raça, posição sócio- econômica e gênero. O filósofo espanhol Paul B. Preciado, po sua vez, estabelece um parâmetro com outras epidemias em outras épocas.
Mesmo não conhecendo a obra em questão, o trecho apresentado fornece as informações necessárias para responder ao que se pergunta. A leitura e interpretação de texto são suficientes para entender as alternativas e optar pela correta.
A) INCORRETA- A sífilis não aconteceu de forma homogênea e também não contribuiu para uma visão de tolerância de uns aos outros entre os diferentes da raça humana.
B) INCORRETA- A epidemia de sífilis não foi apenas local. Além disso ela não desenvolve uma visão neutra do outro, que é o transmissor da doença.
C) CORRETA- Em decorrência da falta de conhecimento sobre a real forma de contaminação (sífilis é uma DST) e da ausência de tratamento à época, os doentes eram submetidos ao isolamento, gerando um processo de repressão racial e segregação social.
D) INCORRETA- Apesar da parte de difusão da sífilis estar correta, a ideia de exclusão dos burgueses está incorreta. Por estarem entre os grupos sociais mais privilegiados, não sofrem exclusão.
Gabarito do Professor: Letra C.