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ID
5165128
Banca
VUNESP
Órgão
Câmara de Boituva - SP
Ano
2020
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto para responder a questão. 

Computador doutor

    No primeiro dia do ano, o periódico científico Nature apresentou estudo que amplia a confiança na aplicação de inteligência artificial (IA) ao campo de diagnósticos médicos. A tecnologia não vai revolucionar a prática clínica do dia para a noite, mas seria ingênuo duvidar que ganhe papel crescente.
    O trabalho diz respeito à interpretação de mamografias, principal exame para detectar câncer de mama. Comparou- -se o desempenho de um sistema computadorizado com o de seis radiologistas especializados na busca de tumores precoces, ambos utilizando bancos com casos de quase 29 mil mulheres no Reino Unido e nos EUA.
    O discernimento do computador não fez feio na comparação com os resultados obtidos pelos olhos e pela massa cinzenta de especialistas humanos. O programa logrou 5,7% menos falsos positivos e 9,4% menos falsos negativos, no caso das imagens americanas, e 1,2% e 2,7%, respectivamente, no tocante às britânicas.    
    A diferença entre os desempenhos com os dois conjuntos de dados pode ser atribuída à peculiaridade de, no Reino Unido, cada mamografia ser interpretada por dois radiologistas – e eventualmente um terceiro, caso haja necessidade de arbitrar divergências.
    O estudo contou com financiamento do Google Health e colaboração de vários hospitais e instituições acadêmicas nos dois países.
       Apesar da proeza, ninguém arriscaria prognosticar, por isso, que computadores substituirão em pouco tempo o especialista de carne e osso. Parece certo, por outro lado, que há neles potencial para diminuir a carga de trabalho de profissionais de saúde, em especial nos lugares em que haja carência deles.
    No Brasil, realizaram-se em 2018 quase 2,5 milhões de mamografias, exame que o Ministério da Saúde recomenda, de dois em dois anos, para mulheres entre 50 e 69 anos. Apesar disso, há longas filas de espera no SUS, seja por falta de especialistas ou de aparelhos.
    Estima-se que surjam a cada ano 60 mil novos casos de tumor de mama no país. Detectados precocemente, são tratáveis, resultando em longa sobrevida para as pacientes. Ainda assim, a modalidade da doença permanece como primeira causa de morte por câncer entre mulheres, com 16724 óbitos em 2017.
    Mamógrafos móveis, transmissão de imagens e – por que não? – inteligência artificial podem ser poderosos aliados tecnológicos.

(Editorial. Folha de S.Paulo. 04.01.2020. Adaptado)

No contexto da passagem, por meio da frase “… mas seria ingênuo duvidar que ganhe papel crescente.”, o editorial

Alternativas
Comentários
  • opõe-se a eventuais dúvidas em relação à importância gradativa da tecnologia para a prática clínica.

  • "Mas" conjunção adversativa, traz consigo sentido de oposição, contraste ou compensação.

    São conjunções adversativas:

    mas, porém, contudo, todavia, entretanto, no entanto, não obstante

  • MAS seria ingênuo duvidar que ganhe papel crescente.

    Conjunção Adversativa.

    Opõe-se a eventuais dúvidas em relação à importância gradativa da tecnologia para a prática clínica.

  • GABARITO B

  • Se ficar preso no texto e esquecer das CONJUNÇÕES, erra de bobeira.

    Olha a CONJUNÇÃO (MAS) na cada de todos. Ela tem como objetivo opor a uma ideia anterior.

    Por exemplo: Ela é inteligente, mas se não estudar...

  • GABARITO - B

    Se temos conjunções adversativas, logo só poderá ser oposição, contraste ou ressalva...Sobram a B e D.

    A "B" fala da importância gradativa, assim como no trecho anterior... "A tecnologia não vai revolucionar a prática clínica do dia para a noite" ou seja, será com tempo e gradativamente...

    Você errou! Resposta: B

  • Está se opondo as dúvidas em relação ao crescimento da tecnologia.

    -GRADAÇÃO: aumento, progressão, crescimento!

  • Gab B.

    O texto se opõem a quem diga que a tecnologia NÃO pode ser utilizável, ou seja, ela pode ser muito útil!

    No final do texto, o escritor propõem que essa tecnologia seja útil no futuro "Mamógrafos móveis, transmissão de imagens e – por que não? – inteligência artificial podem ser poderosos aliados tecnológicos."

  • Acertei, mas quebrei cabeça à toa! Bastava olhar a conjunção MAS que já ficaria com a letra B ou D

  • Eita alternativas com redação complicada. Me senti em uma questão de RLM rs. Acertei pela graça de Deus.