O estudo comparado das religiões e seus ritos ajudam a pensar o fenômeno do Sagrado na história humana, sem que com isso, se prefira uma a outra forma de religião. Segundo Mircea Eliade (Cf. “O sagrado e o profano”) todos os ritos, prescrições, calendários, etc. das religiões apresentam elementos comuns. No texto vemos a prescrição de se abster de carne suína para os hebreus e para os maometanos, que são povos do deserto. A carne de porco era considerada impura possivelmente devido à forma como esses animais são/eram criados: na lama; além disso, a possibilidade de doenças transmitidas é grande. A explicação para justificar essa prescrição é um tanto mítica: o porco é um animal impuro porque por sua constituição física, ele não consegue olhar para o céu, onde Deus estaria. Assim, podemos inferir que
A alternativa (a) está errada, pois embora o Islamismo seja junto com o Cristianismo uma religião do tronco abraâmico, ou seja, judaico, não é uma interdição que prova essa relação.
A alternativa (b) está errada, pois judeus e mulçumanos não tem sua origem em toda Ásia, mas numa região específica.
A alternativa (c) está errada, pois além de intuir o contrário do texto, sabemos que o Islã é bem posterior historicamente ao Judaísmo.
A alternativa (d) está errada, pois o fato de não ser consumida a carne de porco em larga escala nas regiões desérticas, não implica que ela o fosse em outras áreas. Trata-se aqui de raciocínio lógico.
A alternativa (e) como correta, pelos dados apresentados acima.
O Islamismo descende sim do judaísmo "tradicional".
No entanto, não é a vedação ao consumo da carne de porco que demonstra essa relação de parentesco. Até porque o cristianismo, também descendente do judaísmo, não proíbe tal prática.
Fazendo uma analogia, é como afirmar que insetos e aves são parentes próximos porque possuem asas.