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ID
5178748
Banca
IESES
Órgão
Prefeitura de Palhoça - SC
Ano
2021
Provas
Disciplina
Engenharia Civil
Assuntos

Uma das etapas mais importantes da Engenharia de Fundações é a definição do elemento estrutural a ser empregado em um projeto geotécnico. A fundação pode ser rasa ou profunda, em seus mais variados processos executivos. Nesta fase é primordial que se tenha o conhecimento de alguns elementos para que se possa fazer a opção técnica e economicamente adequada para determinada obra. Sobre este tema, leia atentamente as alternativas a seguir:

I. Para se fazer um pré-dimensionamento das fundações muitas vezes á necessário proceder com uma estimativa das cargas dos pilares, em função das características e da atividade fim da construção. Em geral os pilares de canto são os menos carregados, enquanto os centrais são os mais carregados, em razão da menor contribuição das áreas de influência nesses pilares. Dessa forma e adotando a tensão média típica (σtip) de 12 kN/m2 por pavimento, para estruturas de concreto armado destinadas a moradias e escritórios, determinam-se as cargas nos pilares.

II. Em caso de paredes de edificações térreas ou de dois pavimentos executadas em alvenaria estrutural, desde que haja presença de cargas concentradas de pilares, o carregamento é considerado distribuído linearmente ao longo da parede, permitindo o emprego de sapata corrida. De forma simplificada, as cargas distribuídas da parede que incidem na sapata corrida em residências térreas são da ordem de 20 kN/m e naquelas de dois pavimentos (sobrados) são de 40 kN/m.

III. Inicialmente, deve-se analisar o emprego de fundações rasas (sapatas e radiers econômicos), por serem um elemento de fundação que requer, em geral, menos escavações e volumes de concreto e aço. Para isso deve-se analisar a capacidade de suporte do terreno (compacidade ou consistência), além de avaliar a colapsibilidade em função do aumento do teor de umidade.
IV. Para o caso do emprego de estacas deve-se definir o diâmetro da estaca com base na carga do pilar e consequentemente o valor da tensão de compressão a que o elemento de fundação estará submetido, do ponto de vista estrutural. É indicado que um bloco de coroamento seja composto por, no mínimo, três estacas em geometria triangular; desta forma, tem-se rigidez nas duas direções. Para que esta situação ocorra, deve-se determinar a carga média majorada dos pilares em função do peso próprio do bloco (acréscimo de 10 %), e dividir esse valor por três. Utilizando-se essa condição, resultarão, para situações de pilares com carga mínima, blocos de uma ou duas estacas, enquanto, nos pilares de carga máxima, a quantidade de estacas se situará entre cinco e oito.

A sequência de afirmativas corretas é: 

Alternativas
Comentários
  • Uma sacanagem não separar os itens e apresentar a questão como se fosse uma dissertação. O pessoal aí está com preguiça, QC?

  •  I. Para se fazer um pré-dimensionamento das fundações muitas vezes á necessário proceder com uma estimativa das cargas dos pilares, em função das características e da atividade fim da construção. Em geral os pilares de canto são os menos carregados, enquanto os centrais são os mais carregados, em razão da menor (maior) contribuição das áreas de influência nesses pilares. Dessa forma e adotando a tensão média típica (σtip) de 12 kN/m2 por pavimento, para estruturas de concreto armado destinadas a moradias e escritórios, determinam-se as cargas nos pilares.

    II. Em caso de paredes de edificações térreas ou de dois pavimentos executadas em alvenaria estrutural, desde que haja presença de cargas concentradas de pilares, o carregamento é considerado distribuído linearmente ao longo da parede, (se há precença de cargas concentradas, não se considera um carregamento linearmente distribuido) permitindo o emprego de sapata corrida. De forma simplificada, as cargas distribuídas da parede que incidem na sapata corrida em residências térreas são da ordem de 20 kN/m e naquelas de dois pavimentos (sobrados) são de 40 kN/m.

    III. Inicialmente, deve-se analisar o emprego de fundações rasas (sapatas e radiers econômicos), por serem um elemento de fundação que requer, em geral, menos escavações e volumes de concreto e aço. Para isso deve-se analisar a capacidade de suporte do terreno (compacidade ou consistência), além de avaliar a colapsibilidade em função do aumento do teor de umidade.

    IV. Para o caso do emprego de estacas deve-se definir o diâmetro da estaca com base na carga do pilar e consequentemente o valor da tensão de compressão a que o elemento de fundação estará submetido, do ponto de vista estrutural. É indicado que um bloco de coroamento seja composto por, no mínimo, três estacas (3 estacas é menos económico do que 1 estaca) em geometria triangular; desta forma, tem-se rigidez nas duas direções. Para que esta situação ocorra, deve-se determinar a carga média majorada dos pilares em função do peso próprio do bloco (acréscimo de 10 %), e dividir esse valor por três. Utilizando-se essa condição, resultarão, para situações de pilares com carga mínima, blocos de uma ou duas estacas, enquanto, nos pilares de carga máxima, a quantidade de estacas se situará entre cinco e oito.

  • Primeiramente faz-se importante conceituar que o sistema de fundações consiste no conjunto de elementos estruturais responsável por resistir e transmitir os esforços da edificação para o solo. Os elementos de fundação são classificados em fundação superficial e profunda.

     

    Os elementos de fundação superficial, também chamados de fundações diretas ou raras, caracterizam-se por transmitirem os carregamentos para o solo por sua base e, por essa razão, possuem uma seção transversal larga. Como exemplos de fundação superficial citam-se as sapatas e radiers.

     

    Por sua vez, os elementos de fundação profunda transmitem as cargas da edificação para o solo por atrito lateral e pela sua ponta e, por essa razão, elas possuem comprimento com ordem de grandeza superior à da seção transversal. Como exemplo de fundação profunda cita-se as estacas.

     

    Visto isso e analisando as afirmativas separadamente, tem-se que:

     

    - A afirmativa I está errada. De fato, os pilares de canto são menos carregados que os pilares centrais. Porém, isso justifica-se pela maior contribuição das áreas de influência nos pilares centrais, e não pela menor contribuição;

     

    - A afirmativa II está errada. Carregamentos concentrados não podem ser representados como distribuídos;

     

    - A afirmativa III está correta. Caso o solo possua boa capacidade de suporte e condições adequadas de colapsibilidade, as fundações rasas resultam em situações mais econômicas, visto que demandam menor volume de escavações e elementos estruturais menos volumosos;

     

    - A afirmativa IV está errada. O número de estacas é definido com base na carga do pilar e não o diâmetro. De fato, blocos triangulares com três estacas ou qualquer outro que possua duas estacas ou mais em cada direção, possuem como vantagem o fato de possuírem rigidez nas duas direções. Caso os pilares com carga média tenham sua estaca definida para possuírem um número de três por bloco, os com baixa carga terão uma ou duas estacas, enquanto os com carga mais elevada possuirão quatro estacas ou mais (e não de cinco a oito).

     

    Portanto, apenas a afirmativa III está correta. Logo, a alternativa C deve ser assinalada.

     

    Gabarito do professor: letra C.

  • Um possível erro na alternativa I. é a ação de 12 kN/m² (1,2 toneladas por m²) que a laje desempenha no pilar. Se considerar a carga de uso recomendada pelo Professor Libânio, para escritórios ou moradias, de 2 kN/m², mais o peso próprio da laje, considerando laje maciça de 10 cm, de 2,5 kN/m², resulta em: 2 + 2,5 = 4,5 kN/m², muito inferior ao valor de 12 kN/m²