O poder mudou. Se antes se impunha pela simples força das
armas, exigindo e obtendo, consequentemente, o respeito do
inimigo, atualmente este tem-se tornado, cada vez mais, um
contestatário face ao poder. No passado, o poder era um
elemento de equilíbrio da cena internacional, regulando as
alianças e organizando as proteções. Atualmente, com o fim da
bipolaridade, novos atores reivindicam um lugar na arena política
mundial. Estes procuram agora impor os seus próprios pontos de
vista, mais do que aceitar o status quo.
DUARTE, Paulo. Soft China: the changing nature of China's charm
strategy. Contexto Internacional: Rio de Janeiro, 2012.
Sobre a posição das potências na nova ordem mundial, analise as
afirmativas a seguir.
I. Os Estados Unidos pretendem manter uma posição
hegemônica na nova ordem pós-bipolar, assumindo a defesa
e difusão dos valores democráticos por meio de uma
diplomacia multilateral sintetizada no slogan “América em
primeiro lugar”.
II. A China mantém um modelo pragmático de desenvolvimento
para fortalecer sua soberania e ampliar suas áreas de
influência no sistema internacional, com iniciativas como a
Belt and Road, que amplia sua presença na Ásia, na África e
na Europa.
III. O potencial da China e as ambições de liderança regional da
Rússia e da Índia mostram que a ordem mundial do século
XXI pode ser marcada pelo retorno da disputa de poder, e
que a hegemonia norte-americana estaria ameaçada nessa
ordem multipolar.
Está correto o que se afirma em