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ID
5191366
Banca
AMAUC
Órgão
Prefeitura de Itá - SC
Ano
2021
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Com base nas figuras de linguagem, analise:


“Deus criou o sol e a lua e as estrelas. E fez o homem e deu-lhe inteligência e fê-lo chefe da natureza.”


Assinale a alternativa correta:

Alternativas
Comentários
  • Gab : C

    Polissíndeto: é uma figura de linguagem - figura de construção ou sintática que consiste no emprego repetitivo da conjunção entre as orações de um período ou entre os termos de oração e geralmente é a conjunção "e", "nem" ou "mas".

  • Gabarito C

    “Deus criou o sol e a lua e as estrelas. E fez o homem e deu-lhe inteligência e fê-lo chefe da natureza.”

    ______________________________________________

    Polissíndeto é a figura de construção caracterizada pela repetição de conjunções, o que muitas vezes acaba gerando um efeito de intensificação do discurso. Observe:

    • “Há dois dias meu telefone não fala, nem ouve, nem toca, nem tuge, nem muge.” (Rubem Braga)

    • “Enquanto os homens exercem seus podres poderes / Índios e padres e bichas, negros e mulheres e adolescentes fazem o carnaval”. (Caetano Veloso)

    • “Não é este edifício obra de reis, ainda que por um rei me fosse encomendado seu desenho e edificação, mas nacional, mas popular, mas da gente portuguesa [...]” (Alexandre Herculano)

    Nos respectivos trechos da crônica de Rubem Braga, da canção de Caetano Veloso e do conto de Alexandre Herculano, vemos diferentes exemplos de polissíndeto. Em ambos os casos, há intensificação da ideia de adição e de reforço (com as conjunções coordenativas aditivas “nem” e “e”) e de contraste (com a conjunção coordenativa adversativa “mas”).

    FONTE: https://brasilescola.uol.com.br/gramatica/polissindeto.htm

  • Assertiva correta: C

    Anástrofe: quando há anteposição de um termo preposicionado.

    Ex.: Tão bela dos seus anos na flor. (Tão bela na flor dos seus anos.)

    Obs. difere de hipérbato [alteração da ordem direta dos termos].

    Pleonasmo enfático: uso repetitivo de um conceito ou redundância de um termo, que pode intensificar a força expressiva do discurso.

    Ex.: Quando com os olhos eu quis ver de perto. [Pestana].

    Polissíndeto: repetições de conjunções [e, ou, nem, etc], são sempre separadas por vírgulas.

    Ex. João, ou Maria, ou Pedro, ou José são personagens bíblicos.

    Zeugma: é um tipo de elipse. Consiste na supressão de um termo já expresso anteriormente.

    Ex.: Alguns estudam, outros não. (estudam)

    Hipérbato: (= inversão): alteração da ordem direta dos termos.

    Ex.: Morreu o presidente.

    Fonte: Adriana Figueiredo.

  • Alguém sabe dizer se figuras de linguagem é finito?

    Toda vez vejo uma nova, e os gramáticos não são esclarecem tudo, sempre deixa faltando alguns.

  • Inspecionemos o fragmento trazido:

    “Deus criou o sol e a lua e as estrelas. E fez o homem e deu-lhe inteligência e fê-lo chefe da natureza.”

    Note haver incessante repetição do conectivo "e". A ela dá-se o nome de polissíndeto.

    a) Anástrofe.

    Incorreto. Em geral, a anástrofe se resume na inversão de termos adjuntos, normalmente sujeito e predicado. Ex.: "Já vinha / a manhã clara." (Cláudio Manuel da Costa);

    b) Pleonasmo enfático.

    Incorreto. Pleonasmo é o emprego de palavras desnecessárias ao sentido. Há dois tipos: um a que se chama de vicioso, decorrente da ignorância da significação das palavras (p.ex. decapitar a cabeça, tornar a repetir, encarar de frente), e o literário, que é intencional e serve à ênfase, ao vigor da expressão. Exs.:

    “Era como se todo o mundo que ele pisara com os pés, que vira com os seus olhos, que pegara com as suas mãos, se perdesse num instante.” (José Lins do Rego)

    “Meteram-me a mim e a mais trezentos companheiros (...) no estreito e infecto porão de um navio.” (Maria Firmina dos Reis)

    “Contra o parecer do médico assistente deu-se alta a si próprio.” (Monteiro Lobato)

    “Talvez ainda um dia me será grata por ter-te impedido de matar-te a ti mesma.” (Bernardo Guimarães)

    c) Polissíndeto.

    Correto. Trata-se da repetição de conectivos coordenativos — normalmente se repetirão as conjunções “e”, “ou” e “nem”. Exs.:

    “Do claustro, na paciência e no sossego, / Trabalha e teima, e lima, e sofre, e sua!” (Olavo Bilac)

    “Em seguida dei de ombros, convencido de que o Geremário tinha razão e tinha razão a boda, e os filhos do cego tinham razão, e todo mundo tem razão.” (Monteiro Lobato)

    “E hoje mamãe cose e borda e borda e canta no piano e faz bolinhos aos sábados, tudo pontualmente, e com alegria.” (Clarice Lispector)

    “Há dois dias meu telefone não fala, nem ouve, nem toca, nem tuge, nem muge.” (Rubem Braga)

    d) Zeugma.

    Incorreto. É variação de elipse, diferindo desta porque no zeugma há expressão anterior do termo. Exs.:

    “Nem ele entende a nós, nem nós a ele.” (Camões)

    “A rua é a artéria; os passantes, o sangue.” (Monteiro Lobato)

    “Comer tudo era impossível; deixar no prato, impolidez.” (Monteiro Lobato)

    e) Hipérbato.

    Incorreto. É a inversão da ordem natural das palavras na oração, ou da ordem das orações no período. Exs.:

    “Trazem-lhe os jornais o rumor do mundo.” (Monteiro Lobato)

    Em ordem: "Os jornais trazem-lhe o rumor do mundo".

     “Ouviram do Ipiranga as margens plácidas/De um povo heroico o brado retumbante.”

    Em ordem: “As margens plácidas do Ipiranga ouviram o brado retumbante de um povo heroico.”

    Letra C

  • “Deus criou o sol e a lua e as estrelas. E fez o homem e deu-lhe inteligência e fê-lo chefe da natureza.”

  • Inversão ou hipérbato: consiste em mudar a ordem normal dos termos na frase com a finalidade de dar ênfase àquele que é colocado em posição anterior.

    "De tudo ficou um pouco.

    Do meu medo. Do teu asco."

    A inversão simples, que não compromete o sentido da frase, recebe o nome de anástrofe. A inversão complexa, que dificulta o sentido, recebe o nome de sínquese.

  • Alternativa C

    Vários conectivos. Ex: (e)