Questão 5221492

• Banca: CESPE / CEBRASPE
• Órgão: IBGE
• Ano: 2021
• Provas: CESPE / CEBRASPE - 2021 - IBGE - Agente de Pesquisas por Telefone
• Disciplina: Português
• Assuntos: Interpretação de Textos; Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Texto 1A1-I

  Não sei quando começou a necessidade de fazer listas, mas posso imaginar nosso antepassado mais remoto riscando na parede da caverna, à luz de uma tocha, signos que indicavam quanto de alimento havia sido estocado para o inverno que se aproximava ou, como somos competitivos, a relação entre nomes de integrantes da tribo e o número de caças abatidas por cada um deles.

   Se formos propor uma hermenêutica acerca do tema, talvez possamos afirmar que existem dois tipos de listas: as necessárias e as inúteis. Em muitos casos, dialeticamente, as necessárias tornam-se inúteis e as inúteis, necessárias. Tomemos dois exemplos. Todo mês, enumero as coisas que faltam na despensa de minha casa antes de me dirigir ao supermercado; essa lista arrolo na categoria das necessárias. Por outro lado, há pessoas que anotam suas metas para o ano que se inicia: começar a fazer ginástica, parar de fumar, cortar em definitivo o açúcar, ser mais solidário, menos intolerante... Essa elenco na categoria das inúteis.

    Feitas as compras, a lista do supermercado, necessária, torna-se então inútil. A lista contendo nossos desejos de sermos melhores para nós mesmos e para os outros, embora inútil, pois dificilmente a cumprimos, converte-se em necessária, porque estabelece um vínculo com o futuro, e nos projetar é uma forma de vencer a morte.

   Tudo isso para justificar o que se segue. Ninguém me perguntou, mas resolvi organizar uma lista dos melhores romances que li em minha vida — escolhi o número vinte, não por motivos místicos, mas porque talvez, pela amplitude, alinhave, mais que preferências intelectuais, uma história afetiva das minhas leituras. Enquadro-a na categoria das listas inúteis, mas, quem sabe, se consultada, municie discussões, já que toda escolha é subjetiva e aleatória, ou, na melhor das hipóteses, suscite curiosidade a respeito de um título ou de um autor. Ocorresse isso, me daria por satisfeito. 

Luiz Ruffato. Meus romances preferidos.

Internet: <brasil.elpais.com> (com adaptações).

Assinale a opção que indica o principal critério adotado pelo autor do texto 1A1-I na seleção de vinte obras para compor a lista dos melhores romances da sua vida.

• A. a história afetiva das suas leituras
• B. a variedade das obras
• C. as suas preferências intelectuais
• D. as suas crenças religiosas
• E. a curiosidade sobre as obras

Gabarito: A

Comentários

• GAB A

  Atente-se no novo formato das provas do Cebrasp e como ele vem pedindo a inferência no texto.

  A resposta está no início do último parágrafo:

  "[...]Ninguém me perguntou, mas resolvi organizar uma lista dos melhores romances que li em minha vida — escolhi o número vinte, não por motivos místicos, mas porque talvez, pela amplitude, alinhave, mais que preferências intelectuais, uma história afetiva das minhas leituras."

• Gabarito: letra A.

  O enunciado pede o principal critério adotado.

  Ninguém me perguntou, mas resolvi organizar uma lista dos melhores romances que li em minha vida — escolhi o número vinte, não por motivos místicos, mas porque talvez, pela amplitude, alinhave, mais que preferências intelectuais, uma história afetiva das minhas leituras.

  O uso do "mais que" denota que o critério preponderante na elaboração da lista de obras literárias é o da história afetiva das leituras do autor.

• GAB: A

  Fragmento do texto: ... Ninguém me perguntou, mas resolvi organizar uma lista dos melhores romances que li em minha vida — escolhi o número vinte, não por motivos místicos, mas porque talvez, pela amplitude, alinhave, mais que preferências intelectuais, uma história afetiva das minhas leituras.

  Assertiva: o principal critério adotado pelo autor do texto na seleção de vinte obras para compor a lista dos melhores romances da sua vida está a história afetiva das suas leituras.

• Gabarito: letra A. (Aos não assinantes)

  DICA: tente colocar o trecho em uma ordem mais direta.

  "...escolhi o número vinte... porque talvez alinhave uma história afetiva das minhas leituras".

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• "mais que preferências intelectuais, uma história afetiva das minhas leituras".

  Letra A

• Escolhi o número vinte, não por motivos místicos, mas porque talvez, pela amplitude, alinhave, mais que preferências intelectuais, uma história afetiva das minhas leituras. 

  Alinhave:

  1. Projetar ( idealizar)
  2. Esboce

  Escolhi o número vinte, não por motivos místicos, mas porque talvez, pela amplitude, projete , mais que preferências intelectuais, uma história afetiva das minhas leituras. 

  Gab A

• Letra A.

  Fundamentação textual: Ninguém me perguntou, mas resolvi organizar uma lista dos melhores romances que li em minha vida — escolhi o número vinte, não por motivos místicos, mas porque talvez, pela amplitude, alinhave, mais que preferências intelectuais, uma história afetiva das minhas leituras.

• essa é só ler o textinho heheh

• Gabarito: Alternativa A

  Escolhi o número vinte pela amplitude, mais que preferências intelectuais, uma história afetiva das minhas leituras.

  Bons estudos.

• Apesar de ter acertado, fiquei receoso de marcar a letra A. Marquei como a menos errada.

  Pela minha leitura, não fica evidenciado o critério utilizado nas escolhas do autor. O que ele fala é que, feita a lista, TALVEZ fique evidenciada uma história afetiva das suas leituras, mais do que preferências intelectuais.

  Ou seja, não sei exatamente o motivo de eu escolher esses livros, mas, talvez, no final, fique demonstrado que escolhi por motivos de afetividade às minhas leituras.

  Desculpem se falei bobagem! Rs

• escolhi o número vinte porque talvez alinhave uma história afetiva das minhas leituras.

  alinhavar: traçar os lineamentos gerais de; esboçar, delinear.

• acertei somente essa hahah
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• Essa prova do IBGE foi torando!!!

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  ESPERO TER AJUDADO!!!

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