Basicamente Lancaster ( o livro de Avaliação, não o de Indexação) disserta sobre o uso compartilhado dos recursos e alternativas de acesso que vão além da mera compra para "posse" do item (ex: empréstimo entre bibliotecas):
[...] as decisões quanto à
aquisição implicam atualmente duas alternativas gerais:
Fazer investimento de capital na posse de um item e
investimento de custeio (por exemplo, em processamento,
armazenamento) para mantê-lo nas estantes. Isso pode ser
visto como um investimento em ‘acesso’ - compra-se um livro
ou outro item para que esteja prontamente acessível aos
usuários.
Obter acesso ao item, ou parte dele, como e quando surja a
necessidade. Tal acesso pode ser por meio de empréstimo,
aquisição de fotocópia/páginas retiradas do
original/separatas, ou (no caso de certas publicações)
acessando o item em linha.
A conclusão lógica disso seria a possibilidade de afirmar que o
acervo primário de toda biblioteca consiste nos itens que serão usados
tantas vezes que merecem ser comprados de imediato, enquanto o
acervo secundário é qualquer outro recurso informacional, em qualquer
formato, que pode ser adquirido ou acessado quando dele se necessita.
O corolário disso, naturalmente, é que o ‘orçamento de material’ de
uma biblioteca deverá, portanto, transformar -se, ao contrário, num
‘orçamento de acesso’, dando-se ao bibliotecário inteira autonomia para
decidir se um item deve ser possuído ou tornado acessível de alguma
outra forma." (LANCASTER, 2004, p. 224)
(a paginação do PDF está diferente, mas está no capítulo 13 - Uso compartilhado de recursos)
LANCASTER, F. W. Avaliação de Serviços de Bibliotecas. Brasília: Briquet de Lemos, 2004.