SóProvas


ID
5248969
Banca
IBFC
Órgão
IBGE
Ano
2021
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Para responder a questão, considere o texto abaixo.


A roda dos não ausentes


O nada e o não,

ausência alguma,

borda em mim o empecilho.

Há tempos treino

o equilíbrio sobre

esse alquebrado corpo,

e, se inteira fui,

cada pedaço que guardo de mim

tem na memória o anelar

de outros pedaços.

E da história que me resta

estilhaçados sons esculpem

partes de uma música inteira.

Traço então a nossa roda gira-gira

em que os de ontem, os de hoje,

e os de amanhã se reconhecem

nos pedaços uns dos outros.

Inteiros. 


(EVARISTO, Conceição. Poemas da Recordação e outros movimentos. Rio de Janeiro: Malê, 2017, p. 12)

O poema de Conceição Evaristo aborda uma importante relação com o tempo. No título, há uma locução adjetiva caracterizando o substantivo “roda”. A partir de uma leitura atenta do poema, pode-se concluir que essa locução:

Alternativas
Comentários
  • Seria o grupo de pessoas presentes, mas não é só isso, também refere-se àquelas que importam para eu-lírico.

    Texto:

    Observa-se a importância que o autor dá àqueles que estão ausentes, contudo são relembrados graças a algumas características (pedaços) que estão "presentes" em outras pessoas.

    fonte: estratégia concursos

  • Li, reli e não entendi.

  • Questãozinha abençoada!

  • A) CORRETA - reforça que, mesmo não estando presentes, muitos são ou devem ser lembrados. 
  • A- reforça que, mesmo não estando presentes, muitos são ou devem ser lembrados. Trechos que valida a assertiva= (...cada pedaço que guardo de mim tem na memória o anelar (almejar) de outros pedaços (outras pessoas)) ("... os de ontem, os de hoje, e os de amanhã se reconhecem nos pedaços uns dos outros.)

    B- enfatiza que a ausência nunca deve ser negada, conferindo-lhe valor depreciativo. (ausência é vista como positiva e importante na construção do "eu" do autor)

    C - indica o quanto a ausência sempre substitui a presença de pessoas importantes. (a ausência não substitui a presença! ela é usada como forma de construção do "eu", em nenhum momento foi dito em substituição)

    D- ao ser substituída pelo adjetivo “presentes”, não acarretaria nenhuma alteração de sentido. (A roda dos não ausentes (Não ausentes= era presente, hoje não mais) ; A roda dos presentes (Presentes= Está presente agora) e como o texto reforça , algumas pessoas não estão mais presentes e sim somente nas memórias.

    E- explica que, na verdade, ausência e presença possuem o mesmo sentido. (Mesma lógica da assertiva anterior)

  • Não entendi nada

  • QUEM ACERTOU A QUESTÃO,PORQUE LEU O RODAPÉ,LEVATA A MÃO!

  • Pessoal este que é pronome relativo a locução adjetiva é uma oração subordinada adjetiva , foi isto que percebi ! reparem o que!

  • Estão aceitando viciados em drogas para elaborar questões?

    Quem fez essa questão devia estar chapado de craque, maconha, heroína, daí pra pior.

    Questão que soma nada à coisa nenhuma

  • questão sem nexo A RODA DOS NAO AUSENTES não ausentes e presente. como o colega comentou li reli e nada.

  • Gabarito: A)

  • No início não estava entendendo nada e no final parecia que estava no início.

  • o cara bebe uma pinga, escreve qualquer coisa e vira poema kkkkj precisamos regulamentar os poemas brasileiros, minha opinião é que a primeira regra seja: o poema tem de ser entendível.

  • Acredito que por meio de interpretação podemos tirar a resposta desse trecho:

    "Traço então a nossa roda gira-gira

    em que os de ontem, os de hoje,

    e os de amanhã se reconhecem

    nos pedaços uns dos outros.

    Inteiros".

    O autor dá uma importância aos presentes (os de hoje) e também aos ausentes (os de ontem) que de alguma forma é lembrado por ele, por meio de alguma lembrança e/ou característica que os presentes (os de hoje) apresentam.

    Gabarito: A

  • Ancestralidade e poder. Conceição é uma lindeza!

  • ????????????????
  • Diabéisso

  • Concordo com vc, Alessandro Barbosa. Sou totalmente contra a cobrança de poemas em questões fechadas, pois a interpretação é muito subjetiva. O autor enxerga coisas que só fazem sentido para ele.