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ID
5251129
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
ANM
Ano
2021
Provas
Disciplina
Filosofia do Direito
Assuntos

Considerando os princípios e valores da ética e da moral, julgue o item subsecutivo.

A ética utilitarista privilegia a felicidade do indivíduo em detrimento da felicidade coletiva.

Alternativas
Comentários
  • Agir sempre de forma a produzir a maior quantidade de bem-estar”, essa é a principal máxima utilitarista. O utilitarismo é uma doutrina ética proposta primeiramente por Jeremy Bentham (1748-1832) e John Stuart Mill (1806-1873). Tal doutrina fundamenta-se no princípio de utilidade, que determina que a  deve basear-se sempre em contextos práticos, pois o agente moral deve analisar a situação antes de agir, e sua ação deve ter por finalidade proporcionar a maior quantidade de prazer (bem-estar) ao maior número de pessoas possível para que seja moralmente correta. Dessa maneira, o utilitarismo descarta por completo o imperativo categórico kantiano, tirando toda a correção moral de uma razão universal e oferecendo-a ao sujeito.

    (...)

    PORFíRIO, Francisco. "Utilitarismo"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/filosofia/utilitarismo.htm. Acesso em 20 de junho de 2021.

  • Errado

    Teoria do Utilitarismo

    "Visa a maior felicidade, não do próprio agente, mas a maior felicidade ao maior número de pessoas envolvidas. Também é defendida a nobreza de caráter, avaliada e classificada de acordo com extensão de seus efeitos ao bem comum."

    • Ou seja, felicidade para o maior número de pessoas.

     BENTHAM, Jeremy. Os pensadores. São Paulo: Abril Cultural, 1979 p.65

  • Lembrando que a teoria utilitarista utiliza o homem como instrumento para maximizar o bem-estar da coletividade, o que lhe importa são as consequências.

    Enquanto a teoria moral de Kant, em oposição, diz que o indivíduo não é instrumento, mas um fim em si mesmo, o que vale são as intenções do ato que o sujeito está praticando, independente das consequências.

  • A questão em comento demanda conhecimento basilar do utilitarismo.

    O utilitarismo, forte em autores como Benthan, tem por base o bem estar geral, a felicidade coletiva, e não tão somente a felicidade individual.

    Logo, a assertiva está incorreta.

    GABARITO DO PROFESSOR: ERRADO

  • GABARITO: ERRADO

    O utilitarismo é uma doutrina que avalia a moral e, sobretudo, as consequências dos atos humanos. Caracteriza-se pela ideia de que as condutas adotadas devem promover a felicidade ou prazer do coletivo, evitando assim as ações que levam ao sofrimento e a dor.

    Fonte: https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/filosofia/utilitarismo

  • Aí eu lembro da palavra utilidade pública.....

  • Complementando :

    POSITIVISMO doutrina formulada pelo francês Augusto Comte, que buscou entender os fenômenos sociais a partir de uma lógica filosófica, sociológica e política.

    O Utilitarismo busca a maior utilidade possível para a COLETIVIDADE, doutrina ética defendida por John Stuart Mill e Jeremy Bentham, o utilitarismo não busca a valoração das atitudes em si, mas de suas consequências, para o Utilitarismo, uma AÇÃO RUIM pode apresentar consequências positivas.

    Subjetivismo é a escola filosófica que entende que as escolhas morais dependem do modo de sentir dos indivíduos, essa escola filosófica entende que não existe uma ética universal, a Ética se concentra na PERCEPÇÃO PESSOAL, não existe ÉTICA UNIVERSAL.

    PRETORIANISMO Consiste em uma forma de organização de governo com a dominância de pequenos núcleos de elite militar, propõe-se a exercer uma dominância política, assumindo o controle de decisões internas que favoreçam os interesses da classe militar, muitos doutrinadores dizem que pode-se relacionar ao Pretorianismo ao Regime Militar ou Ditadura.

    ETNOCENTRISMO O etnocentrismo é adotado por um grupo quando existe o entendimento de que suas próprias normas e valores culturais (morais) são superiores às de outras nações ou grupos

    UNIVERSALISMO a teoria da moralidade universalista propõe a aplicação de uma ética única a todos os indivíduos em situação semelhante, independentemente de etnia, cor, religião, nacionalidade, religião ou outros. O Universalismo NÃO considera diferenças entre culturas, tradições etc.

  • é preciso distinguir UTILITARISMO CLÁSSICO (BENTHAM) X UTILITARISMO NEOCLÁSSICO (VILFREDO PARETO)

    UTILITARISMO CLÁSSICO DE BENTHAM= Comparação Interpessoal de Utilidade CIU

    Porém, uma pergunta surge: Se cabe ao Estado proporcionar a maior felicidade para o maior número de pessoas, poderia ele promover algum tipo de (RE) distribuição?

    RESPOSTA: SIM!! Ele desenvolveu a Teoria da Comparação Interpessoal de Utilidade CIU (de maneira simples: trata-se de uma teoria REDISTRBUTIVA, que “tira” do rico para dar ao pobre).

    Se o Estado deve maximizar a maior felicidade para o maior número possível de pessoas, ao comparar a utilidade (entre alguém muito rico e alguém muito pobre é possível que se tenha uma utilidade líquida social maior se um pouco do que sobra pro rico seja dado para o pobre).

     

    Ademais, para o utilitarismo, quanto mais rico e com mais acesso aos bens eu tiver, menor a utilidade e a felicidade que um novo bem pode me dar.

    Exemplo: se eu compro um carro, ele me gera muita felicidade. Mas se eu adquiro um 2º carro, a felicidade não é tão grande (como quando eu adquiri o 1º carro).

     

    Ou seja, a minha margem de felicidade vai diminuindo conforme eu vou adquirindo mais bens (trata-se da utilidade marginal decrescente). Observe que a linha de utilidade nunca vai parar de crescer, embora em proporção maior, mas cresce.

    Portanto, o utilitarismo clássico de Bentham é REDITRIBUCIONISTA (REVOLUCIONÁRIO) porque faz comparações de utilidade entre as pessoas: “A lógica do utilitarismo clássico era, portanto, simpática à ideia de que o Estado deveria se envolver em uma redistribuição maciça, da excessivamente afluente aristocracia inglesa para os pobres existentes, começando por transferir os mais ricos pros mais pobres”.

    Em que pese ser redistributivista Bentham estava ciente de que havia um limite ara esse processo, cuja ultrapassagem poderia gerar o efeito oposto:

    A) A universalização do temor entre os ricos, diante da perspectiva de redistribuição;

    B) O desestimulo à produção, com a extinção da indução ao trabalho;

    C) Sem o incentivo à propriedade do que se produz, os riscos poderiam, inclusive, preferir destruir suas riquezas antes de dar aos pobres;

    Assim, e termos práticos, deve existir um limite na redistribuição das riquezas dos ricos para os pobres, sob pena de efeito reverso de não geração de riquezas.

    Essa é a mesma lógica que permeia a discussão da taxação das grandes riquezas. O argumento é que: ao taxar as grandes riquezas, o país afugentará os grandes investidores; o que gerará a falta de investimentos, empregos e de recursos (até para serem redistribuídos.

    FONTE: AULA PROF RICARDO MELO JR/ GRANCURSOS