De acordo com Christofolletti (2014), a classificação RMR para maciços rochosos leva em conta os 6 parâmetros a seguir:
- Resistência à compressão uniaxial da rocha intacta ou índice de compressão puntiforme;
- RQD (“Rock Quality Designation");
- Espaçamento entre as descontinuidades;
- Condição das descontinuidades;
- Influência da água subterrânea;
- Orientação das descontinuidades
Segundo Fabrício
et al. (2015), o somatório dos pesos atribuídos a cada um destes parâmetros constitui um índice, que corresponde a uma das
cinco classes de qualidade de maciços (ver tabela).
FONTE: FABRÍCIO, J. F. et al. (2015).
A questão diz que a classe V corresponde a um maciço de muito boa qualidade, quando na verdade corresponde a um maciço rochoso muito fraco. Portanto, a questão está INCORRETA.
Gabarito do Professor: ERRADO.
FONTE:
CHRISTOFOLLETTI, Caio (2014). Correlação entre a classificação geométrica RMR e Q e sua relevância geológica. Dissertação de Mestrado. São Paulo.
FABRÍCIO, J. F. et al. (2015). Análise e Interpretação de Parâmetros de Qualidade de Maciço para Proposição de Modelo Geomecânico. Revista Monografias Ambientais (Edição Especial Unipampa), 62-79 p
A classificação geomecânica serve para classificar os maciços através de um conjunto de propriedades identificadas por observação directa, ensaios realizados in situ e ensaios laboratoriais em amostras recolhidas em sondagens. O objectivo é sistematizar o conjunto de elementos geotécnicos que interessa caracterizar num determinado maciço. Nos maciços rochosos a caracterização é feita, fundamentalmente, através da realização de ensaios e na utilização de metodologias empíricas, como o sistema RMR de Bieniawski (1989).
Bieniawski (1974) introduziu e desenvolveu um sistema de classificação geomecânica, Rock Mass Rating (RMR), num determinado maciço rochoso e pressupõe o seu zonamento. A definição das zonas é efectuada tendo em atenção as características litológicas, estruturais ou o grau de alteração das formações rochosas. O sistema RMR é usado para a finalidade para a qual ele foi desenvolvido e não como a resposta para todos os problemas (Bieniawski, 1989).
Cada um dos parâmetros é classificado em termos de valores ponderais, procede-se ao somatório desses valores no sentido de definir um índice que é designado como RMR e que apresenta uma variação entre 0 e 100 (Alberto, 2010).
Os resultados obtidos classificam o maciço em cinco tipos, desde o muito bom (classe 1) ao muito fraco (classe 5), a que lhe são atribuídos uma qualidade e características geotécnicas, bem como define-se os valores da coesão e do ângulo de atrito interno dos maciços rochosos.
https://core.ac.uk/download/pdf/62478308.pdf