A liquefação é um fenômeno no qual um material rígido passa a se comportar, momentaneamente, como fluido. Ela ocorre quando o fluxo de água presente nesse material exerce uma força grande o suficiente para anular o peso e a aderência de suas partículas, fazendo com que elas fiquem soltas. Em outras palavras, acontece um aumento acentuado da poropressão do solo, o que leva a diminuição acentuada da tensão efetiva e, por consequência, queda na sua resistência ao cisalhamento.
De acordo com Terzaghi et. al (1996), os solos arenosos não coesivos apresentam alto potencial de liquefação quando sujeitos a condições não drenadas de carregamento e se encontram com alto índice de vazios.
Os solos coesivos são unidos por um espécie de "cola", formada pela atração elétrica entre as partículas, o que torna a liquefação bastante rara nesses solos (solos argilosos e siltosos) e muito comum em solos arenosos.
Portanto, a questão está ERRADA, corrigindo-a:
A liquefação está associada à ruptura de materiais geotécnicos com alta coesão não coesivos, quando submetidos a carregamentos não drenados, havendo redução da tensão efetiva e, consequentemente, queda na resistência ao cisalhamento não drenado.
Gabarito do Professor: ERRADO.
FONTE:
TERZAGHI, K., PECK, R.B., MESRI, G. (1996) – “Soil Mechanics in Engineering Practice" 3ª Edição, 516. New York, NY.
A liquefação é um processo de ruptura que ocorre em solos não coesivos, saturados e em
condições de carregamento não drenado. Durante a aplicação do carregamento, a poropressão
aumenta até um valor igual à tensão de confinamento inicial, a tensão efetiva ou inter-granular
existente no esqueleto do material é reduzida a zero e, em consequência, o material perde
praticamente toda sua resistência cisalhante, comportando-se como um líquido viscoso
(CASAGRANDE, 1975; CASTRO, 1969; POULOS, 1981; TERZAGHl; PECK; MESRI,
1 996). Durante a liquefação a posição relativa dos grãos está em constante mudança, de forma
que é mantida uma resistência mínima (Figura 3. 1).