SóProvas


ID
5261821
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
SERPRO
Ano
2021
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto CB1A1-I
    Não estamos opondo máquinas a ecologia, como se as máquinas fossem aquelas coisas que só servem para violentar a Mãe Natureza e violar a harmonia entre o ser humano e a natureza ― uma imagem atribuída à tecnologia desde o fim do século XVIII. Também não estamos seguindo a hipótese de Gaia de que a Terra é um único superorganismo ou uma coletividade de organismos. Em vez disso, gostaria de propor uma reflexão sobre a ecologia das máquinas. Para dar início a essa ecologia das máquinas, precisamos primeiro voltar ao conceito de ecologia. Seu fundamento está na diversidade, já que é apenas com biodiversidade (ou multiespécies que incluam todas as formas de organismos, até mesmo bactérias) que os sistemas ecológicos podem ser conceitualizados. A fim de discutir uma ecologia de máquinas, precisaremos de uma noção diferente e em paralelo com a de biodiversidade ― uma noção a que chamamos tecnodiversidade. A biodiversidade é o correlato da tecnodiversidade, uma vez que sem esta só testemunharemos o desaparecimento de espécies diante de uma racionalidade homogênea. Tomemos como exemplo os pesticidas, que são feitos para matar certa espécie de insetos independentemente de sua localização geográfica, precisamente porque são baseados em análises químicas e biológicas. Sabemos, no entanto, que o uso de um mesmo pesticida pode levar a diversas consequências desastrosas em biomas diferentes. Antes da invenção dessas substâncias, empregavam-se diferentes técnicas para combater os insetos que ameaçavam as colheitas dos produtos agrícolas ― recursos naturais encontrados na região, por exemplo. Ou seja, havia uma tecnodiversidade antes do emprego de pesticidas como solução universal. Os pesticidas aparentam ser mais eficientes a curto prazo, mas hoje é fato bastante consolidado que estávamos o tempo todo olhando para os nossos pés quando pensávamos em um futuro longínquo. Podemos dizer que a tecnodiversidade é, em essência, uma questão de localidade. Localidade não significa necessariamente etnocentrismo ou nacionalismo, mas é aquilo que nos força a repensar o processo de modernização e de globalização e que nos permite refletir sobre a possibilidade de reposicionar as tecnologias modernas.
Yuk Hui. Tecnodiversidade. São Paulo: Ubu Editora, 2020, p. 122-123 (com adaptações).

Considerando as ideias, os sentidos e os aspectos linguísticos do texto CB1A1-I, julgue o item a seguir.

Conclui-se das ideias do texto que o autor concorda com a imagem que se tinha da tecnologia no fim do século XVIII.

Alternativas
Comentários
  • Gab. E

    Segundo o texto, o autor não se opõe a ideia de que se tem da tecnologia do fim do século XVIII. Concordar não é o mesmo de não se opor.

    —————————————————————————————————————————————————————

    Não estamos opondo máquinas a ecologia, como se as máquinas fossem aquelas coisas que só servem para violentar a Mãe Natureza e violar a harmonia entre o ser humano e a natureza ― uma imagem atribuída à tecnologia desde o fim do século XVIII."

    Tudo que há de bom: https://linktr.ee/pedrohtp

    bons estudos!

  • "Não estamos opondo máquinas a ecologia, como se as máquinas fossem aquelas coisas que só servem para violentar a Mãe Natureza e violar a harmonia entre o ser humano e a natureza ― uma imagem atribuída à tecnologia desde o fim do século XVIII."

  • Ele se opõe:

    "Não estamos opondo máquinas a ecologia, como se as máquinas fossem aquelas coisas que só servem para violentar a Mãe Natureza e violar a harmonia entre o ser humano e a natureza ― uma imagem atribuída à tecnologia desde o fim do século XVIII. Também não estamos seguindo a hipótese de Gaia de que a Terra é um único superorganismo ou uma coletividade de organismos. Em vez disso, gostaria de propor uma reflexão sobre a ecologia das máquinas."

    GAB: E

  • O autor apenas cita o exemplo, não se envolve em termos de opinião.

  • Conclui-se das ideias do texto que o autor concorda com a imagem que se tinha da tecnologia no fim do século XVIII.

    Pessoal, agora eu pergunto a vocês:

    - Tinha tecnologia no fim do século XVIII?

    O que havia era tecnodiversidade que é diferente de tecnologia ( em nenhum momento fala de tecnologia, fala-se em técnicas que eram usadas antes das invenções como a do pesticida)

    A biodiversidade é o correlato da tecnodiversidade, uma vez que sem esta só testemunharemos o desaparecimento de espécies diante de uma racionalidade homogênea. Tomemos como exemplo os pesticidas, que são feitos para matar certa espécie de insetos independentemente de sua localização geográfica, precisamente porque são baseados em análises químicas e biológicas. Sabemos, no entanto, que o uso de um mesmo pesticida pode levar a diversas consequências desastrosas em biomas diferentes. Antes da invenção dessas substâncias, empregavam-se diferentes técnicas para combater os insetos que ameaçavam as colheitas dos produtos agrícolas ― recursos naturais encontrados na região, por exemplo. Ou seja, havia uma tecnodiversidade antes do emprego de pesticidas como solução universal. Os pesticidas aparentam ser mais eficientes a curto prazo, mas hoje é fato bastante consolidado que estávamos o tempo todo olhando para os nossos pés quando pensávamos em um futuro longínquo. Podemos dizer que a tecnodiversidade é, em essência, uma questão de localidade. Localidade não significa necessariamente etnocentrismo ou nacionalismo, mas é aquilo que nos força a repensar o processo de modernização e de globalização e que nos permite refletir sobre a possibilidade de reposicionar as tecnologias modernas.

  • Como que o autor vai concordar com a imagem que se tinha da tecnologia no sec xviii se ele nem era nascido nessa epoca? ASHUAHSUA ja pegou a era da modernidade

  • ERRADO

    Fragmentos do texto:

    1. Não estamos opondo máquinas a ecologia, como se as máquinas fossem aquelas coisas que só servem para violentar a Mãe Natureza e violar a harmonia entre o ser humano e a natureza
    2. Também não estamos seguindo a hipótese de Gaia de que a Terra é um único superorganismo ou uma coletividade de organismos.
    3. O autor não concorda e nem descorda.
  • Não estamos opondo máquinas a ecologia, como se as máquinas fossem aquelas coisas que só servem para violentar a Mãe Natureza e violar a harmonia entre o ser humano e a natureza ― uma imagem atribuída à tecnologia desde o fim do século XVIII. Também não estamos seguindo a hipótese de Gaia de que a Terra é um único superorganismo ou uma coletividade de organismos. Em vez disso, gostaria de propor uma reflexão sobre a ecologia das máquinas.

  • Este parágrafo coaduna com o gabarito:  "Não estamos opondo máquinas a ecologia, como se as máquinas fossem aquelas coisas que só servem para violentar a Mãe Natureza e violar a harmonia entre o ser humano e a natureza ― uma imagem atribuída à tecnologia desde o fim do século XVIII. "

    Justamente, por não ser nem máquinas nem a ecologia, mas que o autor o tempo todo fala sobre isso no texto. E também tem o risco dos pesticidas no campo. E daí veio o uso das máquinas também.

    GAB CERTO.

  • O fato dele não se opôr não quer dizer que seja favorável, principalmente por estimular a ideia de relação conjunta entre máquinas e ecologia. Se ele fosse tão favorável às máquinas teria apoiado 100% o seu uso logo de cara na introdução do texto. Dizer que ele é favorável pela introdução é simplesmente cometer o erro da extrapolação.

  • Gabarito: Errado.

    Em nenhum momento do texto entende-se que o autor ''concorda com a imagem que se tinha da tecnologia no fim do século XVIII.'' Pelo contrário, ao decorrer do texto o autor levanta outro pensamento. Vejamos: ''Não estamos opondo máquinas a ecologia, como se as máquinas fossem aquelas coisas que só servem para violentar a Mãe Natureza e violar a harmonia entre o ser humano e a natureza ― uma imagem atribuída à tecnologia desde o fim do século XVIII. " (L. 1-2)

    ''Em vez disso, gostaria de propor uma reflexão..'' (L.3-4)

  • Errado

    Extrapolou!

  • Assertiva E

    Conclui-se das ideias do texto que o autor concorda com a imagem que se tinha da tecnologia no fim do século XVIII. L13

  • Ao ler o texto você percebe que o posicionamento do autor não é o do Século citado (Que as máquinas são ofensivas e desmataram o planeta), mas sim de reposicionamento das tecnologias de acordo com as localidades.

    Embora não exista um posicionamento veemente no texto, fica claro que a ideia do autor não se alinha às do século mencionado.

  • ERRADO

    Extrapolação.

    Desde o início o autor SE ISENTA de fazer comparações:

    ''Não estamos opondo máquinas a ecologia, como se as máquinas fossem aquelas coisas que só servem para violentar a Mãe Natureza e violar a harmonia entre o ser humano e a natureza ― uma imagem atribuída à tecnologia desde o fim do século XVIII''.

  • Gabarito: Errado

    Para corroborar o gabarito, perceba que o autor não expressa opinião favorável ou não. Ele apenas traz uma reflexão sobre a ecologia das máquinas, ou seja, tem um discurso neutro acerca da imagem atribuída.

    Fragmento:

    • ''Não estamos opondo máquinas a ecologia, uma imagem atribuída à tecnologia desde o fim do século XVIII.''

    Bons estudos.

  •  nós Não estamos opondo máquinas a ecologia, como (comparação) se as máquinas fossem aquelas coisas que só servem para violentar a Mãe Natureza e violar a harmonia entre o ser humano e a natureza ― uma imagem atribuída à tecnologia desde o fim do século XVIII. Também nós não estamos seguindo a hipótese de Gaia de que a Terra é um único superorganismo ou uma coletividade de organismos.

    rapidamente,

    ele se inclue e nos envolve nessa trama! Cita ideias, pensamentos que não são dele, mas que nos assola (século 18 e Gaia). Há momentos no texto que ele demonstra indiretamente que não corrobora com eles, embora tente se mostrar impessoal, pois em momento algum os critica ou os ofende, só propõe uma reflexão, e, de certo modo, tenta passar uma mensagem; por conseguinte, essas ideias só foram usadas para contextualizar o que iria ser explanado mais adiante).

  • "Não estamos opondo máquinas a ecologia, como se as máquinas fossem aquelas coisas que só servem para violentar a Mãe Natureza e violar a harmonia entre o ser humano e a natureza ― uma imagem atribuída à tecnologia desde o fim do século XVIII."

  • Parabéns ao elaborador de português, texto horrível.

  • justamente o autor simplesmente dar uma opinião.

  • no início do texto o autor não se opôe a nova tecnologia mas também não expressa que é a favor dela no século XVIII apenas cita sua opinião.

  • Trecho do texto:

    "(...) A biodiversidade é o correlato da tecnodiversidade, uma vez que sem esta só testemunharemos o desaparecimento de espécies diante de uma racionalidade homogênea". (...)

     

    Assertiva: É possível se concluir a imagem de que o autor concorda com (...) "violentar a Mãe Natureza e violar a harmonia entre o ser humano e a natureza" (visão do fim do século XVIII)? Não.

  • Gabarito: Errado.

    Penso que a extrapolação textual também serve como justificativa. Note que em nenhum momento do texto o autor fala sobre concordar. Ele, na verdade, propõe uma reflexão sobre a temática.

    Bons estudos!

  • O autor apenas cita o exemplo, não se envolve em termos de opinião. Não concoda nem discorda.

    Errada

  • Ele não concorda e nem discorda, apenas cita.

  • O AUTOR NÃO SE CON TRAPÕE, OU SEJA, FICA NEUTRO.

  • Ele não se opõe a nada. Uma hora diz que sim e outra hora diz que não. Na verdade ninguém sabe o que o autor quer dizer nesse texto chato pra c...!!!

  • É o famoso isentão!

  • Não estamos opondo máquinas a ecologia, como se as máquinas fossem aquelas coisas que só servem para violentar a Mãe Natureza e violar a harmonia entre o ser humano e a natureza ― uma imagem atribuída à tecnologia desde o fim do século XVIII. Também não estamos seguindo a hipótese de Gaia de que a Terra é um único superorganismo ou uma coletividade de organismos.

    O autor deixa claro com a expressão "Também não" que ele não está seguindo a imagem atribuída a tecnologia desde o fim do século XVII nem a Hipótese de Gaia.

  • ERRADO -> vejamos

     Não estamos opondo máquinas a ecologia, como se as máquinas fossem aquelas coisas que só servem para violentar a Mãe Natureza e violar a harmonia entre o ser humano e a natureza ― uma imagem atribuída à tecnologia desde o fim do século XVIII. Ou seja, no final desse período esta afirmando que as pessoas do século XVIII viam a tecnologia como ameaça para a natureza e não como se afirma no enuciado da questão de que o autor concorda com a pronúcia desse período, o que é ao contrario.

  • O autor, em momento algum, coloca no texto sua opinião sobre x ou y. Apenas cita alguns fatos.

  • Extrapolação

  • Não estamos opondo máquinas a ecologia, como se as máquinas fossem aquelas coisas que só servem para violentar a Mãe Natureza e violar a harmonia entre o ser humano e a natureza ― uma imagem atribuída à tecnologia desde o fim do século XVIII....Em vez disso, gostaria de propor uma reflexão

    Não se opõe concorda

  •  Não estamos opondo máquinas a ecologia, como se as máquinas fossem aquelas coisas que só servem para violentar a Mãe Natureza e violar a harmonia entre o ser humano e a natureza ― uma imagem atribuída à tecnologia desde o fim do século XVIII

  • Não estamos opondo máquinas a ecologia, como se as máquinas fossem aquelas coisas que só servem para violentar a Mãe Natureza e violar a harmonia entre o ser humano e a natureza ― uma imagem atribuída à tecnologia desde o fim do século XVIII. 

    O como se ao meu ver expõe que o autor não concorda que as máquinas fossem aquelas coisas que só servem para violentar a Mãe Natureza e violar a harmonia entre o ser humano e a natureza..

    Ele quis dizer que é como se fosse, mais não é.

  • Observe o trecho "A IMAGEM QUE SE TINHA" na pergunta.

    "Conclui-se das ideias do texto que o autor concorda com A IMAGEM QUE SE TINHA da tecnologia no fim do século XVIII."

    Obs: A palavra TINHA remete a ideia de algo encerrado, ou seja, diz que a imagem negativa da tecnologia não existe mais.

    Agora, observe o que o autor fala.

    "uma imagem atribuída à tecnologia desde o fim do século XVIII"

    Obs: o autor não diz que a imagem negativa da tecnologia se encerrou, ele diz que ela começou no século XVIII e se estende até os dias atuais.

    Você só precisava se atentar a isso para acertar a questão.

  • Não estamos opondo máquinas a ecologia, como se as máquinas fossem aquelas coisas que só servem para violentar a Mãe Natureza e violar a harmonia entre o ser humano e a natureza ― uma imagem atribuída à tecnologia desde o fim do século XVIII.

  • Esta é uma questão de interpretação textual e exige, portanto, uma leitura atenta do texto. No fragmento, o autor apresenta o conceito de tecnobiodiversidade.

    De acordo com o texto, a ideia de que as máquinas e a ecologia estão em lados opostos é uma imagem datada da tecnologia. Tal construção remete ao fim do século XVIII em que havia um entendimento de que a tecnologia iria apenas se apropriar da natureza por meio da exploração, violando a harmonia entre o ser humano e a natureza. 

    Para o autor, a reflexão atual deve ser pautada na ecologia das máquinas e na tecnodiversidade. Essa seria uma forma de "repensar o processo de modernização e de globalização" e de "refletir sobre a possibilidade de reposicionar as tecnologias modernas". Os conhecimentos locais seriam respeitados sem abrir mão do uso das tecnologias que estão à disposição.

    Sendo assim, o autor discorda da imagem da tecnologia do fim do século XVIII - uma imagem pautada na violência contra a natureza por parte dos avanços tecnológicos.

    Gabarito da Professora: ERRADO.
  •  Não estamos opondo máquinas a ecologia, como se as máquinas fossem aquelas coisas que só servem para violentar a Mãe Natureza e violar a harmonia entre o ser humano e a natureza ― uma imagem atribuída à tecnologia desde o fim do século XVIII. 

  • o texto deixa claro, desde o início, que não se propõe a discutir uma dualidade excludente entre ecologia e tecnologia (máquinas), assim como se pensava no fim do século XVIII. Em vez disso, o autor propõe uma reflexão sobre a aproximação entre esses conceitos, convergência essa que o autor denomina de “tecnodiversidade”

  • Conclui-se que o autor não quer entrar em polêmica kkkk

    Aqui não cabe a premissa de que quem não se posiciona favorece um lado.

  •   Acertei lendo esse trecho "uma imagem atribuída à tecnologia desde o fim do século XVIII. Também não estamos seguindo a hipótese de Gaia de que a Terra é um único superorganismo ou uma coletividade de organismos"