Conforme Sayão (2005, p. 130, 132, 138-139):
Por mais surpreendente que seja, uma das estratégias mais comumente usadas no afã de se conservar o conteúdo intelectual de documentos digitais é fixá-lo em suportes analógicos, mesmo tendo-se em conta as perdas óbvias dos seus atributos digitais, tais como apresentação, funcionalidades, distribuição em rede, hipertextualidade e hipermídia.
[...], os padrões abertos permitem que os documentos digitais sejam representados em formatos mais duradouros e estáveis, dessa forma reduzindo a velocidade do ciclo de obsolescência dos objetos digitais.
A aplicação de padrões na preservação digital - na codificação, nos formatos e nos esquemas de representação - torna os processos de preservação digital mais fáceis, menos frequentes e mais baratos, à medida que reduzem a grande variedade de processos de preservação customizados, que são decorrentes da multiplicidade de formatos em que se traduzem os objetos digitais não padronizados.
Preservação da tecnologia: esta estratégia pressupõe que um museu de equipamentos e programas - plataforma de hardwares e periféricos, sistemas operacionais, drivers e o programa de aplicação original - podem ser preservados com a finalidade de replicar no futuro a configuração necessária para recuperar um objeto digital no seu ambiente original.
Emulação: esta estratégia está bem próxima à filosofia da preservação tecnológica, tendo em vista que envolve preservar programas aplicativos originais, os objetos digitais originais e todas as suas funcionalidades.
Gab. C
SAYÃO, Luís (Org.). Bibliotecas digitais: saberes e práticas. Salvador: EDUFBA; Brasília: IBICT, 2005. 342 p. Disponível em: https://livroaberto.ibict.br/handle/1/1013