Um dos primeiros objetivos, com o qual historicamente nasce a higiene mental, figura ou se encontra entre os propósitos do movimento que moveu o livro de C. W. Beers, publicado em 1908: "fazer algo pelo doente mental", no sentido de modificar a assistência psiquiátrica, levando-a a condições mais humanas (melhores hospitais e melhor atenção) e com isto à possibilidade de uma maior proporção de curas.
Um segundo passo histórico de fundamental importância se dá ao colocar como objetivo já não só o propósito anterior e sim também, basicamente, o diagnóstico precoce das doenças mentais, com o que se possibilita não só uma taxa mais elevada de curas como também diminuição de sofrimentos e do tempo necessário de internação, chegando-se a que esta seja em algumas ocasiões desnecessária.
Um terceiro objetivo, que foi se delineando cada vez mais firme e nitidamente, já não se refere somente à possibilidade do diagnóstico precoce, e sim basicamente à profilaxia ou prevenção das doenças mentais, agindo antes que estas façam sua aparição e, em consequência, evitando-as. Enquanto que se têm desenvolvido, em certa medida, os objetivos anteriores, aparece na higiene mental a necessidade de atender à reabilitação, quer seja do paciente que deve se reintegrar à vida plena, quer seja do curado com déficits ou sequelas, ou quer seja daquele por quem a medicina curativa não pode fazer nada.
O objetivo historicamente mais recente da higiene mental não se refere tão só à doença ou à sua profilaxia, e sim também à promoção de um maior equilíbrio, de um melhor nível de saúde na população. Desta maneira, já não interesse somente a ausência de doença e sim o desenvolvimento pleno dos indivíduos e da comunidade total.