As respostas do Estado à questão social se realizam por meio de um sem número de organizações sociais, por meio da fragmentação e setorização das necessidades sociais (daí as políticas sociais no plural), recortando as em problemas sociais "particulares" como o desemprego, a fome, o analfabetismo, a doença etc.), dificultando a explicitação de sua raiz comum numa perspectiva de totalidade, provocando a atomização das demandas e a competição entre os segmentos demandantes do acesso a parcelas do fundo público.
Nesses termos, torna se importante romper com qualquer linearidade na análise das políticas sociais e dos espaços ocupacionais nos quais se inserem os assistentes sociais, ainda mais considerando as formas de enfrentamento do capital às suas crises de acumulação, que aprofundam e agravam as manifestações da questão social, mas também desencadeiam respostas da sociedade e do conjunto das classes trabalhadoras em seu movimento de resistência e defesa de direitos conquistados historicamente.
Essa análise exige desvelar o caráter contraditório do Serviço Social como prática polarizada pelos interesses das classes sociais, que tanto participa dos mecanismos de manutenção quanto de mudança, respondendo a interesses do capital e também do trabalho, participando dos processos de dominação e de resistência, continuidade e ruptura da ordem social, como bem analisou Iamamoto em sua ampla e significativa produção bibliográfica sobre o Serviço Social na sociedade capitalista madura.
Indo para a alternativa incorreta:
As diferentes concepções de políticas sociais, que portam os diversos projetos das classes ou das frações das classes sociais que a atuação do assistente social antagoniza, não são suficientes para conferir visibilidade à categoria profissional.
Creio que o erro esteja em restringir a atuação profissional quando na verdade nós temos por princípios a luta pela classe trabalhadora.