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ID
5311390
Banca
FGV
Órgão
PC-RN
Ano
2021
Provas
Disciplina
Medicina Legal
Assuntos

Um dos métodos mais fidedignos para a pesquisa de pólvora na mão do atirador, também chamado de residuograma, é realizado por meio da:

Alternativas
Comentários
  • CORRETA: Letra C.

    A questão aborda conhecimentos acerca de criminalística e de balística forense.

    Uma arma de fogo, ao disparar, produz efeitos primários e efeitos secundários.

    • Efeitos PRIMÁRIOS: os causados somente pelo projétil (o ferimento perfurocontuso...).
    • Efeitos SECUNDÁRIOS: aquelas lesões causadas por outros elementos do disparo que não o projétil (fuligem, gases, pólvora que não sofreu queima, calor, chama, coluna de pressão de gás). Os efeitos secundários por sua vez, são chamados de Residuograma.

    Note que o projétil causa lesão de efeito primário, porém, só conseguimos definir a distância do disparo pela análise dos efeitos secundários.

    Qual o método mais fidedigno para a pesquisa de pólvora na mão de quem atirou?

    O método de microscopia eletrônica de varredura (MEV) é o mais atual e fidedigno para verificação de pólvora e outras substâncias na mão do atirador. Normalmente, é empregado em substituição ou em conjunto com o exame de reação de rodizonato de sódio, excluindo-se, definitivamente, a prova de parafina (difenilamina sulfúrica).

  • microscopia eletrônica de varredura (MEV):

    • É um dos equipamentos mais modernos do mundo na análise automatizada de bancada que permite detectar principalmente resíduos de disparo de arma de fogo;
    • Os critérios de pesquisa mais comuns no exame residuográfico são a presença de: chumbo, antimônio e bário;
    • critério para realização do exame:  Em pessoas vivas: a coleta deve ser realizada no máximo em até seis horas após o disparo da arma de fogo, e até doze horas quando o suspeito permanecer sob vigilância permanente.
  • "As partículas provenientes da espoleta e da pólvora são coletadas por uma fita adesiva nas mãos do atirador e em locais próximos ao disparo, e localizadas pelo microscópio em seu tamanho e forma característicos, distinguindo-as dos contaminantes."

  • se não me engano, naquele caso da morte do PC Farias, havia pólvora na mão dele, mas não havia chumbo, antimônio e bário

  • "Também através da pesquisa dos efeitos secundários do tiro sobre o alvo, no que diz respeito à composição química dos resíduos encontrados. Ou seja, pela análise do residuograma, que se constitui no estudo da origem e dos efeitos das partículas metálicas e não metálicas expelidas juntamente com o projétil, além do estudo das características físicas e químicas destas partículas de cada unidade de munição"

     "Para um diagnóstico seguro de tiro encostado, encontrar carboxi-hemoglobina no sangue do ferimento, assim como nitratos da pólvora, nitritos de sua degradação e enxofre decorrente da combustão da pólvora (in Medicina Legal e Toxicologia, op. cit.). 

  • Vivo está os dizeres do Prof. Roberto Blanco.

    Microscópio de varredura.

    Obs.: estudei pensando que isso nunca cairia em prova.

  • GAB. C

    Residuograma, é realizado por meio da = Microscopia eletrônica de varredura.

    • Efeitos SECUNDÁRIOS: aquelas lesões causadas por outros elementos do disparo que não o projétil (fuligem, gases, pólvora que não sofreu queima, calor, chama, coluna de pressão de gás). Os efeitos secundários por sua vez, são chamados de Residuograma.
    • O método de microscopia eletrônica de varredura (MEV) é o mais atual e fidedigno para verificação de pólvora e outras substâncias na mão do atirador. Normalmente, é empregado em substituição ou em conjunto com o exame de reação de rodizonato de sódio, excluindo-se, definitivamente, a prova de parafina (difenilamina sulfúrica).

  • GAB. C

    Residuograma, é realizado por meio da = Microscopia eletrônica de varredura.

  • Utiliza-se a microscopia eletrônica de varredura para a detecção de GSR (Gun Shot Residue) -chumbo, bário e antimônio-

    • Este teste é "padrão ouro", pois a partir dele é possível confirmar a realização do disparo de arma de fogo.

  • Aprofundando um pouquinho para os curiosos:

    1) O Microscópio Eletrônico de Varredura (MEV, ou em inglês, SEM) nem sempre possui a sonda de análise química acoplada, pois é essa que irá realizar a análise química do material. Portanto, a rigor, quem faz a análise química não é o MEV, mas uma sonda que é acoplada a ele (comprada a parte, inclusive). Na prática, quase todos os MEV's possuem essa sonda.

    2) Essa análise química deve ser feita com cuidado e recomenda-se sua utilização somente como análise qualitativa e não quantitativa. Esse erro de conhecimento do equipamento é tão comum que não são raras as dissertações e teses apresentando dados químicos em termos de quantidade com essa análise microscópica (mais de 5% de erro estimado).

    3) Como o MEV e sua sonda já atendem aos requisitos de um instituto de perícia (em tese), opta-se por sua compra ao invés de comprar outro equipamento específico para isso ou sondas mais caras (Fluorescência de raios-x, XPS, etc).

    4) O MEV é bastante caro e necessita de curso específico para operação. O preparo das amostras também é procedimento relativamente delicado. Sua manutenção também é cara, além de geralmente ser utilizado em espaço físico próprio e específico para o equipamento. Cobra-se por hora/uso e essa varia de R$ 150 a R$ 500. Não sei os valores atuais, mas variam muito (marca, opcionais, sistemas), algo entre 200 e 1mi (mil dólares).