GABARITO A - NAT
NAT — network address translation
Os endereços IP são escassos. Um ISP poderia ter um endereço /16, fornecendo 65.534 números de hosts. Se ele tiver um número maior do que esse de clientes, haverá um problema. Essa escassez levou à criação de técnicas para usar o endereço IP com cautela. Uma técnica é atribuir dinamicamente um endereço IP ao computador quando ele se conectar e usar a rede, tomando-o de volta quando o host se tornar inativo. Desse modo, um único endereço /16 poderá manipular até 65.534 usuários ativos.
A solução a longo prazo é a Internet inteira migrar para o IPv6, que tem endereços de 128 bits. Essa transição está ocorrendo com lentidão e a conclusão do processo demorará muitos anos. Para contornar a situação nesse meio tempo, foi necessário fazer uma rápida correção. Essa correção veio sob a forma da NAT (network address translation), descrita na RFC 3022.
A ideia básica por trás do NAT é atribuir a cada empresa um único endereço IP (ou, no máximo, um número pequeno deles) para tráfego na Internet. Dentro da empresa, todo computador obtém um endereço IP exclusivo, usado para roteamento do tráfego interno. Porém, quando um pacote sai da empresa e vai para o ISP, ocorre uma conversão do endereço IP interno para o endereço IP público. Essa tradução utiliza três intervalos de endereços IP que foram declarados como privativos. As redes podem utilizá-los internamente como desejarem. A única regra é que nenhum pacote contendo esses endereços pode aparecer na própria Internet. Os três intervalos reservados são:
10.0.0.0 – 10.255.255.255/8 (16.777.216 hosts)
172.16.0.0 – 172.31.255.255/12 (1.048.576 hosts)
192.168.0.0 – 192.168.255.255/16 (65.536 hosts)
Com frequência, o NAT é combinado em um único dispositivo com um firewall, que oferece segurança por meio do controle cuidadoso do que entra na empresa e do que sai dela. Também é possível integrar a NAT a um roteador ou modem ADSL.
Fonte: Redes de computadores - Tanenbaum - 5ª Edição