SóProvas


ID
5315254
Banca
FGV
Órgão
PC-RN
Ano
2021
Provas
Disciplina
Criminologia
Assuntos

No livro “  Criminologia crÍtica e crÍtica do Direito Penal” Alessandro Baratta, ao apresentar determinada perspectiva teórica, explica que, para seus autores, perguntas centrais seriam aquelas dizendo respeito a “quem definido como desviante?” “que efeito decorre desta definição sobre o indivíduo? e “quem define quem?”.
O trecho citado se refere à perspectiva criminológica da teoria do(a):

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: C

    Labeling aproach/ etiquetamento social: para essa teoria as pessoas que cometem delitos são chamadas de DESVIADAS.

    meus resumos sobre essa teoria:

    • autores: Erving Goffman,Edwin Lemert e Howard Becker
    • surgiu em 1960
    • fundada na ideia de que a intervenção da justiça na esfera criminal pode acentuar a criminalidade.
  • GABARITO: Letra C

    1.  Labelling Approach  - Lembrando que a tradução de labbelling é etiquetar e Approuch significa método. Por meio dessa teoria ou enfoque, a criminalidade não é uma qualidade da conduta humana, mas a consequência de um processo em que se atribui tal “qualidade” (estigmatização). Assim, o criminoso apenas se diferencia do homem comum em razão do estigma que sofre e do rótulo que recebe. Por isso, o tema central desse enfoque é o processo de interação em que o indivíduo é chamado de criminoso. Sendo sua premissa principal que a rotulação dos criminosos cria um processo de estigma aos condenados, com caráter seletivo e discriminatório, uma vez que a prisão possui uma função reprodutora: o indivíduo rotulado como criminoso assume finalmente o papel que lhe é designado.

  • C.A.S.A. em CONSENSO não entra E.M. CONFLITO

    TEORIA DO CONSENSO:

    • Chicago
    • Anomia
    • Subcultura do delinquente
    • Associação diferencial

    TEORIA DO CONFLITO

    Etiquetamento / labelling aproach

    Marxista / crítica

    1. Teoria da Anomia: A anomia é uma situação social em que há falta de coesão e ordem, especialmente, no tocante a normas e valores sociais. Essa escassez resultaria em uma sociedade levada a um estado de precariedade pela falta de ordem, de modo que cada um seguiria suas próprias normas individuais.
    2. Teoria da Associação Diferencial: o comportamento criminoso dos indivíduos tem sua gênese pela aprendizagem, bem como contato com padrões de comportamento favoráveis à violação da lei.
    3. Teoria da Subcultura Delinquente: defende a existência de uma subcultura da violência, que faz com que alguns grupos passem a aceitar a violência como um modo normal de resolver os conflitos sociais. Sustenta que algumas subculturas, na verdade, valorizam a violência, e, assim como a sociedade dominante impõe sanções àqueles que deixam de cumprir as leis, tratando com desdém ou indiferença os indivíduos que não se adaptam aos padrões do grupo.
    4. Teoria Critica: sustenta que a criminalidade da classe pobre são questionadas/investigadas, no entanto, na classe alta isso não aconteceria. Parte da ideia de que exista uma certa seletividade por parte do controle social para com os crimes cometidos e seus autores.
    5. Teoria do Etiquetamento (Labeling Approach): marcada pela ideia de que as noções de crime e criminoso são construídas socialmente a partir de uma definição imputada ao sujeito, ou seja, uma especie de etiqueta. O seu Modus operandi, seus antecedentes, suas características, tatuagens, condições pessoais contribuiriam para que ele seja rotulado como delinquente ou não. Segundo esse entendimento, a criminalidade não é uma propriedade inerente a um sujeito, mas uma “etiqueta” atribuída a certos indivíduos que a sociedade entende como delinquentes.

  • Assertiva C

     etiquetamento socia = definido como desviante.

  • Alguém poderia explicar o que vem a ser criminologia verde?

  • crimes ambientais em que tem suspeito do delito ignorado ou desconhecido (cifra verde) algum erro, corrija-me pfvr

  • Gabarito: C

    Labelling Approach (Etiquetamento/ Rotulação Social/ Reação Social/ Interacionista):

    Contexto histórico: década de 60.

    Principais autores: Erving Goffmann e Howard Becker

    A teoria vai criticar a visão tradicional de controle social,pois é ele quem vai definir o perfil da criminalidade. De acordo com a citada teoria a reação social dada pelas instâncias de controle é seletiva, estigmatizante e é determinante para a desviação secundária. Dispõe que a criminalização primária produz rotulação, que, por sua vez, produz reincidência.

  • Na teoria do etiquetamento social a prática de um crime se estende a um rótulo social (ex: criminoso).

  • GABARITO - C

    A Labeling Approach Theory, ou Teoria do Etiquetamento Social, é uma teoria criminológica marcada pela ideia de que as noções de crime e criminoso são construídas socialmente a partir da definição legal e das ações de instâncias oficiais de controle social a respeito do comportamento de determinados indivíduos

  • A Sociologia criminológica partiu para uma bipartição, analisando duas teorias macrossociológicas - Teoria do Conflito e Teoria Consensual.

    A Teoria do consenso, teoria da integração que tem cunho funcionalista entende que a sociedade atinge seu objetivo quando há o funcionamento perfeito das instituições, quando os indivíduos convivem e compartilham metas comuns concordando com a regra de convívio. Os sistemas sociais dependem da voluntariedade das pessoas e das instituições. São exemplos: Escola de Chicago, Teoria da Anomia, Teoria da Subcultura Delinquente, Teoria da Associação Diferencial

    A Teoria do Conflito, argumenta que a harmonia social vem da força e coerção. Relação de dominante e dominado, sem haver uma voluntariedade entre os personagens para pacificação social. Exemplo: Labelling Approach e a Teoria Crítica ou radical.

    Labelling approach, etiquetamento, interacionismo simbólico, rotulação, reação social

    São as nomenclaturas utilizadas nos anos 60. O enfoque dessa teoria é que a criminalidade não é uma qualidade atribuída a conduta humana, mas sim uma consequência da atribuição dessa qualidade (estigmatização).

    A Sociedade define uma conduta como desviante, ou seja, conduta perigosa, constrangedora e atribui sanções e condutas desviantes são aquelas que as pessoas de uma sociedade rotulam as outras que as praticam. Natureza definitorial do delito

    A pena funcionaria como uma geradora de desigualdades.

    O desvio primário produz a etiqueta ou rótulo que produz o desvio secundário (reincidência)

  • Muito interessante a passagem completa.

    Os criminólogos tradicionais examinam problemas do tipo "quem é o criminoso?" , como se torna desviante?, em quais condições um condenado se torna reincidente, com que meios se pode exercer controle sobre o criminoso?. Ao contrário os interacionistas, como em geral os autores que se inspiram no labeling aproach, se perguntam: “quem é definido como desviante?”, “que efeito decorre desta definição sobre o indivíduo?”, “em que condições este indivíduo pode ser tornar objeto de uma definição?” e, enfim, “quem define quem?”.” (BARATA, 2013, pp. 88-89)

  • C.A.S.A. em CONSENSO não entra E.M. CONFLITO

    TEORIA DO CONSENSO:

    • Chicago
    • Anomia
    • Subcultura do delinquente
    • Associação diferencial

    TEORIA DO CONFLITO

    Etiquetamento / labelling aproach

    Marxista / crítica

    1. Teoria da Anomia: A anomia é uma situação social em que há falta de coesão e ordem, especialmente, no tocante a normas e valores sociais. Essa escassez resultaria em uma sociedade levada a um estado de precariedade pela falta de ordem, de modo que cada um seguiria suas próprias normas individuais.
    2. Teoria da Associação Diferencial: o comportamento criminoso dos indivíduos tem sua gênese pela aprendizagem, bem como contato com padrões de comportamento favoráveis à violação da lei.
    3. Teoria da Subcultura Delinquente: defende a existência de uma subcultura da violência, que faz com que alguns grupos passem a aceitar a violência como um modo normal de resolver os conflitos sociais. Sustenta que algumas subculturas, na verdade, valorizam a violência, e, assim como a sociedade dominante impõe sanções àqueles que deixam de cumprir as leis, tratando com desdém ou indiferença os indivíduos que não se adaptam aos padrões do grupo.
    4. Teoria Critica: sustenta que a criminalidade da classe pobre são questionadas/investigadas, no entanto, na classe alta isso não aconteceria. Parte da ideia de que exista uma certa seletividade por parte do controle social para com os crimes cometidos e seus autores.
    5. Teoria do Etiquetamento (Labeling Approach): marcada pela ideia de que as noções de crime e criminoso são construídas socialmente a partir de uma definição imputada ao sujeito, ou seja, uma especie de etiqueta. O seu Modus operandi, seus antecedentes, suas características, tatuagens, condições pessoais contribuiriam para que ele seja rotulado como delinquente ou não. Segundo esse entendimento, a criminalidade não é uma propriedade inerente a um sujeito, mas uma “etiqueta” atribuída a certos indivíduos que a sociedade entende como delinquentes.

  • Labeling Approach Theory ou Teoria do Etiquetamento Social, é uma teoria criminológica marcada pela ideia de que as noções de  e  são construídas socialmente a partir da definição legal e das ações de instâncias oficiais de controle social a respeito do comportamento de determinados indivíduos.

    Segundo esse entendimento, a criminalidade não é uma propriedade inerente a um sujeito, mas uma “etiqueta” atribuída a certos indivíduos que a sociedade entende como delinquentes. Em outras palavras, o te é aquele rotulado como tal.

    ...

    Fonte: < https://draflaviaortega.jusbrasil.com.br/noticias/322548543/teoria-do-etiquetamento-social >

  • quero saber o que Baratta tem em comum com a teoria do etiquetamento. Etiquetamento é Becker e Goffman. Baratta é teória crítica -> relação com o capitalismo. Enfim... Rodei Legal! Quem puder explicar a influencia de Baratta na Teoria do etiquetamento por favor explica ai...

  • Os criminólogos tradicionais examinam problemas do tipo "quem é criminoso?", "como se torna desviante?", "em quais condições um condenado se torna reincidente?", "com que meios -se pode exercer controle sobre o criminoso?". Ao contrário, os interacionistas, como em geral os autores que se inspiram no labeling approach, se perguntam: quem é definido como desviante?", "que efeito deçorre desta definição sobre o indivíduo?", "em que condições este indivíduo pode se tornar objeto de uma definição?" e, .. enfim, "quem define quem?".

    CRIMINOLOGIA CRÍTICA E CRÍTICA DO DIREITO PENAL. Alessandro Barata. Pag. 88

  • Falou em DESORGANIZAÇÃO---> Escola de chicago/ecológica;

    Falou em Etiquetamento, estigmatização, rotulação---> Labelling Aproach;

    Falou em crimes de colarinho branco---> Associação diferencial;

    Falou em busca de status, ter prazer de infringir normas sociais, ter delinquentes como ídolos----> Subcultura delinquente;

    Falou em ausência de norma ou não haver estímulo para respeitá-las, ex: tempo de guerra---> Anomia;

  • Questao absolutamente IDENTICA caiu na DPCMG 2018 pela banca Fumarc!

  • creio que o paralelo não foi feito entre Baratta e o etiquetamento, mas entre este e a estigmatização referenciada nas próprias indagações do enunciado (@ Marcos Renan)

  • GAB. C

    Labeling aproach/ etiquetamento social.

  • A questão exige do candidato o conhecimento acerca das teorias sociológicas da criminologia, dando destaque maior para as “novas” teorias críticas:

     

    a) Incorreta. A criminologia dos poderosos (crimes of the powerful) pode ser considerada como uma “vertente” ou “ampliação da teoria crítica”. De acordo com Gregg Barak(2015) tais delitos, referem-se aos crimes da economia ou aos crimes de acumulação e reprodução de capital, dizem respeito àquelas transgressões que normalizam a vitimização como o preço a se pagar pelo risco do negócio.

    b) Incorreta. A Criminologia Verde pode ser considerada como uma “vertente” ou “ampliação da teoria crítica. Suas origens remontam à década de 1990, sobretudo a partir do trabalho de Lynch. Tal vertente busca prover um espectro de estudos voltados à análise entre os danos ambientais e definição de crimes e suas vítimas. O objeto de estudo abrange os danos causados aos animais, considerados partes integrantes do sistema ambiental (tal qual os humanos e os recursos naturais).

    c) Correta. O labelling approach (teoria do etiquetamento, da reação social) abandona o paradigma etiológico (busca da causa do crime), substituindo a busca das causas da criminalidade pela análise das reações das instâncias oficiais de controle social. Há uma quebra de paradigma na Criminologia. A partir do labelling não mais se indaga o porquê do criminoso cometer os crimes (“por que alguém comete um crime?”), passa-se a indagar a razão de certa conduta ser etiquetada com o rótulo de desviada: “por que algumas condutas são selecionadas como criminosas pelos poderosos filtros de seleção do sistema criminal? Por que é que algumas pessoas são tratadas como criminosas, quais as consequências desse tratamento e qual a fonte de sua legitimidade?”. Em síntese, a criminologia desloca o problema do plano da ação (conduta criminosa) para o plano da reação social (controle social).

    d) Incorreta. Teoria da Associação Diferencial é uma teoria pertencente à categoria “teorias do consenso”. A teoria tem seus aportes iniciais com o pensamento de Edwin Sutherland (1883-1950), nos idos de 1924, com base no pensamento originário de Gabriel Tarde. A teoria da associação diferencial parte da ideia segundo a qual o crime não pode ser definido simplesmente como disfunção ou inadaptação de pessoas de classes menos favorecidas, não sendo ele exclusividade destas.

    e) Incorreta. A criminologia queer pode ser considerada como uma “vertente” ou “ampliação da teoria crítica”. É uma abordagem teórica e prática que vida a ressaltar e colocar em discussão a estigmatização, a criminalização e as diversas formas de rejeição enfrentadas pela população queer no sistema penal, tanto no papel de vítimas como no papel de agressoras. Na década de 80, começa a surgir a Teoria Queer, consolidada Judith Butler na obra “Problemas de Gênero”. O queer, então, começou a ser entendido como aquilo que é, por essência, “estranho”, ou seja, fora dos padrões sociais.

     

    Gabarito: C

     

  • Teorias do Consenso

    Sustentam que os objetivos da sociedade ocorrem quando há concordância com as regras de convívio. Existindo harmonia entre as instituições, de modo que a sociedade compartilhe de objetivos comuns e aceitem as normas vigentes, então a finalidade da sociedade será atingida.

    Teorias do Conflito

    Por sua vez, afirma que o entendimento social decorre da imposição de alguns valores e sujeição de outros. São teorias de cunho revolucionário, que partem da ideia de que os membros do grupo não compartilham dos mesmos interesses da sociedade, e com isso o conflito seria natural, às vezes até mesmo desejado, para que, quando controlado, leve a sociedade ao progresso.

    C.A.S.A. em CONSENSO não entra E.M. CONFLITO

    TEORIA DO CONSENSO:

    • Chicago
    • Anomia
    • Subcultura do delinquente
    • Associação diferencial

    TEORIA DO CONFLITO

    Etiquetamento / labelling aproach

    Marxista / crítica

  • Falou em DESORGANIZAÇÃO---> Escola de chicago/ecológica;

    Falou em Etiquetamento, estigmatização, rotulação---> Labelling Aproach;

    Falou em crimes de colarinho branco---> Associação diferencial;

    Falou em busca de status, ter prazer de infringir normas sociais, ter delinquentes como ídolos----> Subcultura delinquente;

    Falou em ausência de norma ou não haver estímulo para respeitá-las, ex: tempo de guerra---> Anomia;

    Desorganização - Escola de Chicago/Ecológica

    Etiquetamento, estigmatização, rotulação - labeling Aproach

    colarinho branco - associação diferencial

    busca de status, ter prazer de infringir normas sociais, ter delinquentes como ídolos - subcultura deliquente

    ausência de norma ou não haver estímulo para respeitá-las.

  • Para mim, a parte do "Quem define quem?" deu a resposta.