SóProvas


ID
5325958
Banca
IADES
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2021
Provas
Disciplina
Conhecimentos Gerais
Assuntos

    Quanto mais precária se tornava a posição militar paraguaia, mais intenso se tornou o culto à personalidade de Solano López e, de outro lado, aumentou a repressão para prevenir o surgimento de um movimento de oposição. Solano Ló pez sempre procurou identificar sua pessoa com o Estado, e sua figura era apresentada com aspectos sobre-humanos. Em um país onde o que se escrevia nos jornais era apenas o que seu chefe de Estado desejava, o Cabichuı́ , em 1867, comparou o lı́ der paraguaio a Moisés pois, assim como este tivera por missão libertar o povo hebreu do jugo egípcio, o marechal era “o caudilho destinado por Deus a libertar o Povo Paraguaio da prepotência de seus inimigos”. No ano seguinte, o mesmo jornal afirmou que Solano Ló pez era a maior e mais portentosa “centelha de Divindade representada no homem” e que “sua notável personalidade” era o maior astro já visto a emitir luz sobre a terra.

DORATIOTO, Francisco Fernando Monteoliva. Maldita guerra: nova história da Guerra do Paraguai. São Paulo: Companhia das Letras, 2002, p. 314.

A respeito da Guerra do Paraguai, julgue (C ou E) o item a seguir.


O agravamento das tensões na região platina e a iminência da guerra levaram o gabinete liberal a enviar José Maria Paranhos em missão ao Prata. Paranhos obteve a garantia do presidente argentino Bartolomé Mitre quanto à aplicação do Tratado de 1857, por meio do qual os dois países se comprometeram a agir em conjunto se o governo paraguaio atacasse um deles.

Alternativas
Comentários
  • Errado.

    "A gravidade do quadro platino levou o gabinete liberal, presidido pelo conselheiro Furtado, a enviar em missão ao Prata um conhecedor da região, o político conservador José Maria da Silva Paranhos."

    "Ao propor ao governo argentino a aliança contra o Paraguai, Paranhos reivindicava a aplicação do Tratado de 1857, assinado entre a Confederação Argentina e o Império. Por esse documento, os dois países se comprometiam a agir de comum acordo se o governo paraguaio atacasse um deles. O chanceler Rufino de Elizalde e o general Gelly y Obes, ministro da Guerra, concordavam com o pleito de Paranhos, mas o presidente Mitre e os outros ministros não reconheciam a obrigação assumida em 1857"

    DORATIOTO, Francisco. Maldita Guerra: Nova história da Guerra do Paraguai. 2. ed. São Paulo: Companhia da Letras, 2002. Páginas 71 e 72.