SóProvas


ID
5325976
Banca
IADES
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2021
Provas
Disciplina
História
Assuntos

    A guerra civil deixou 10 mil vítimas, das quais mais de mil morreram degoladas. A prática da degola dos prisioneiros foi utilizada por ambos os lados, e era justificada pela incapacidade das forças em combate de fazer prisioneiros, mantê-los encarcerados e alimentá-los, pois as tropas lutavam em situação de grande penúria. Também teria por objetivo poupar munição. Muitos federalistas – calcula-se que em torno de 2.500 – emigraram para Montevidéu, enquanto outros foram para Buenos Aires.

ABREU, Alzira Alves. Revolução Federalista. In: ABREU, Alzira Alves.

Dicionário histórico-biográfico da Primeira República 1889-1930. CPDOC, com adaptações.

No que se refere aos levantes ocorridos no governo de Floriano Peixoto, julgue (C ou E) o item a seguir.

A Revolução Federalista e a Revolta da Armada possuíam causas e objetivos similares, motivo por que foi possível uma aliança para enfrentar as tropas legalistas de Floriano Peixoto.

Alternativas
Comentários
  • A revolta da Armada ocorreu durante o governo de Deodoro

  • A Revolução Federalista foi o conflito entre federalistas, contrários ao autoritarismo do governo federal e defensores do parlamentarismo tal qual no período monárquico, e republicanos, favoráveis à concentração de poderes nas mãos do presidente para consolidar-se a república no Brasil. A Revolta da Armada foi um movimento de rebelião ocorrido em 1893 e liderado por algumas unidades da Marinha Brasileira contra o governo do presidente Floriano Peixoto.
  • passível de recurso, houve uma 2º revolta armada no governo de Floriano Peixoto.

  • Houve duas revoltas da armada realmente, o erro da questão não está aí. A mais comentada em HB é realmente a ocorrida no governo Floriano.

    Combatentes das duas revoltas se unem no desenrolar, mas as motivações são DIFERENTES.

    A Revolta da Armada (ou Segunda Revolta da Armada) advém de uma manifestação militar para que ocorressem novas eleições, conforme a Constituição de 1891. Consideravam o mandato de Floriano, portanto, ilegítimo.

    Já a Rev. Federalista é um embate entre o grupo de positivistas de Julio de Castilhos (apoiadores de Floriano e defensores de um poder central mais forte) vs os liberais de Silveira Martins, propensos ao federalismo. Castilhos havia sido eleito gov do RS em 1893, causando revolta dos federalistas. Floriano mandou tropas em defesa dos castilhistas e por isso o conflito escala.

  • A Primeira Revolta da Armada ocorreu em resposta ao fechamento do Congresso e ao estado de sítio pelo presidente Deodoro da Fonseca. Tais atitudes estavam em contra a Constituição de 1891.

    Liderado pelo Almirante Custódio de Melo, Ministro da Marinha, o levante teve início em 1891. Os navios de guerra ancorados no Rio foram tomados pelos rebelados e passaram a patrulhar a baía de Guanabara, lançando bombas contra a então capital da República.

    As fortalezas que defendiam a baía de Guanabara, porém, permaneceram leais ao governo e as lutas foram intensas.

    Como resultado, os revoltosos conseguiram a renúncia do presidente Deodoro da Fonseca, em 23 de novembro de 1891.

    A segunda Revolta da Armada surge da insatisfação da classe oligárquica contra o governo de Floriano Peixoto.

    O texto constitucional afirmava que, se o presidente não havia cumprido dois anos de mandato, novas eleições deveriam ser convocadas. Ora, Deodoro havia permanecido apenas nove meses na presidência e um novo pleito deveria ser celebrado.

    Por isso, treze generais assinaram um manifesto exigindo que Floriano Peixoto convocasse novas eleições. A resposta do presidente foi prender estes oficiais.

    Igualmente, a Marinha se articulou apreendendo os navios de guerra da baía de Guanabara. Os principais líderes eram os almirantes Luís Filipe de Saldanha da Gama e Custódio José de Melo, que atacaram o Rio de Janeiro e a cidade de Niterói. Reprimidos pelo exército, alguns rebeldes se juntaram com a Revolução Federalista que ocorria no sul do país.

    Diante dos bombardeios, a população abandonou o Rio de Janeiro e a capital do país foi transferida para a cidade Petrópolis temporariamente.

  • ERRADA -> mas, a questão foi feita para confundir e atrapalhar até mesmo os candidatos mais bem preparados.

    Primeiro, não ha nem debate sobre qual reforma se refere o item, pois, o comando explicita que é no governo Floriano, portanto, só e possível que seja a Segunda Revolta.

    Isso dito, o manifesto dos 13 generais que é o "estopim" da segunda revolta da armada continha sim menção de apoio aos federalistas no sul, criticava a intervenção das tropas legalistas de floriano em apoio ao Castilhos. Em 1894 quando acaba a revolta da armada, cerca de 254 revoltosos, que tinham se refugiado em corvetas portuguesas no RJ (motivo do rompimento de Floriano com Portugal), fogem e se juntam as tropas federalistas do sul. MAS!!! Os motivos e causas não são os mesmo, não obstante a solidariedade e a ajuda entre os revoltosos da armada e da federalista e a sobreposição dos problemas políticos causados por ambas revoltas no governo de floriano.

  • ERRADO

    Os anos de governo de Floriano Peixoto ficaram marcados pelos acontecimentos relacionados à Revolta da Armada e à Revolução Federalista. A repressão a esses dois movimentos de rebelião contra o governo deu para Floriano a alcunha de “marechal de ferro”.

    ESTÁ REVOGADA TODAS AS OPINIÕES CONTRARIAS. ESTÁ RESPONDIDO E JUSTIFICADO. BOA PROVA !!!

  • Resposta da banca a um recurso: em que pese as similaridades indicadas no enunciado, as causas que agiam sobre cada um desses focos eram-lhes particulares; a comum situação de opositores ao governo, no entanto, tornava aconselhável uma coordenação de estratégia e ação entre eles. RICUPERO, Rubens. A diplomacia na construção do Brasil: 1750-2016. Rio de Janeiro: Versal Editores, 2017.

  • Fonte: História das Rel. Int. do Brasil, Doratioto e Vidigal, 2014 p. 40 e História do Brasil, Bóris Fausto, 2012, p.220 Revolta da Armada: quando: iniciada em 1893 objetivo: segundo Doratioto e Vidigal, o objetivo era depor Floriano Peixoto, acusado de permanecer ilegalmente no poder. Boris Fausto acrescenta ainda como causas do conflito as rivalidades entre Exército e Marinha e o desejo de Custódio de Melo de suceder a Floriano como presidente da República. Contexto: Floriano assume após a renúncia do Mal Deodoro. Porém, a Constituição recomendava a realização de eleições, coisa que Floriano não fez. onde: Rio de Janeiro Apoio externo: os EUA atuaram ao lado de Floriano, pois queriam mantê-lo no poder Desfecho: como não conseguiram atacar a capital, a revolta não atinge seus objetivos. Revolução Federalista: Onde: Rio Grande do Sul Quando: 1893 a 1895 Motivos: guerra civil entre dois grupos de oposição no RS: por um lado, os federalistas, compostos principalmente por estancieiros de campanha, ligados à elite política tradicional; por outro, os republicanos - populações do litoral e da serra, elite mais recente. Segundo Fausto, p. 220: "O ponto alto da revolução ocorreu em fins de 1893, quando colunas de maragatos - apelido dado aos federalistas - avançaram sobre Santa Catarina, juntando-se aí aos integrantes da Revolta da Armada".
  • A Revolução Federalista e a Revolta da Armada foram movimentos com causas e objetivos distintos.

     Gabarito: Errado.