Em novembro de 2015, o rompimento de uma barragem da mineradora Samarco provocou uma enxurrada de
lama que devastou o distrito de Bento Rodrigues, no município de Mariana, em Minas Gerais, deixando um rastro
de destruição à medida que a lama avançava pelo Rio Doce. Cerca de um ano depois, alguns biólogos têm
levantado a possibilidade de existir uma relação entre o recente aumento da incidência de casos de febre
amarela, em Minas Gerais e Espírito Santo, com o acidente ambiental relatado. As suspeitas dos biólogos são
pautadas no fato de as cidades em que foram identificados casos de pacientes com sintomas dessa doença
serem próximas ao Rio Doce e no fato de terem sido encontrados macacos mortos infectados pelo vírus da febre
amarela próximo à cidade de Colatina, no estado do Espírito Santo, cidade também afetada pela tragédia de
Mariana. Sobre as contribuições do desequilíbrio ecológico para a proliferação de doenças, verifica-se que