Tanto a afetividade como a racionalidade
desenvolvem-se a partir das interações sociais,
desde a infância e durante a vida toda. Como
representam a base da moral, esta base também se
desenvolve. Quanto ao respeito próprio, sua
necessidade está presente em crianças ainda bem
pequenas. Uma criança que passa por violências, por
constantes humilhações, estará inclinada a se
desvalorizar, a ter muito pouca confiança em si
mesma; vale dizer que sua afetividade será
provavelmente muito marcada por essas experiências
negativas. Vários autores já apontaram as
desastrosas consequências dos sentimentos de
humilhação e vergonha para o equilíbrio psicológico.
Isso não significa que sempre se devam fazer
avaliações positivas das condutas das crianças. Pelo
contrário. Se a criança perceber que, seja qual for
sua realização, ela recebe elogios, chegará
facilmente à conclusão de que tais elogios são falsos,
sem valor. E pior ainda: acabará justamente por
atribuir pouco valor a si mesma por pensar que os
elogios representam uma forma de consolá-la por
seus fracassos reais. Portanto, não se trata em
absoluto de, a todo momento, dar sinais de
admiração à criança, ou de induzi-la a pensar que é
perfeita. A crítica de suas ações é necessária.
Trata-se, isto sim, de dar-lhe todas as possibilidades
de ter êxito no que empreender, e demonstrar
interesse por esses empreendimentos, ajudando-a a
realizá-los. (...)
(http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/livro082.pdf)
- (p.15/6)
Os juízos e condutas morais também se
desenvolvem com a idade, já que estão assentados: