SóProvas


ID
5429659
Banca
FGV
Órgão
SEFAZ-ES
Ano
2021
Provas
Disciplina
Contabilidade Geral
Assuntos

Em 01/01/X1, a sociedade empresária Y adquiriu uma máquina por R$ 400.000. A vida útil estimada da máquina era de 10 anos e a depreciação é realizada pelo método linear, sendo considerado valor residual de zero.
Os contadores da sociedade empresária Y fazem anualmente o teste de recuperabilidade de seus ativos imobilizados, estimando o valor justo líquido de despesas de venda e o valor em uso. Em relação à máquina, eles constataram que:

Ano Venda Uso
31/12/X1 350.000 380.000
31/12/X2 350.000 300.000
31/12/X3 210.000 200.000
31/12/X4 180.000 180.000
31/12/X5 180.000 210.000

Assinale a opção que indica a depreciação acumulada da máquina, em 31/12/X5.

Alternativas
Comentários
  • Depreciação = 400.000 / 10 = 40.000

    Em 31/12/X1: valor contábil (400.000 - 40.000 = 360.000) < valor recuperável (380.000), portanto não terá perda por teste de recuperabilidade.

    Em 31/12/X2: valor contábil (360.000 - 40.000 = 320.000) < valor recuperável (350.000), portanto também não terá perda por teste de recuperabilidade.

    Em 31/12/X3: valor contábil (320.000 - 40.000 = 280.000) > valor recuperável (210.000), portanto terá perda por teste de recuperabilidade.

    Perda = 280.000 - 210.000 = 70.000.

    Como houve mudança de estimativa contábil, temos uma nova depreciação. Além disso, como não é mencionado, o tempo de vida útil restante será o mesmo (7 anos):

    Nova Depreciação = 210.000 / 7 = 30.000

    Em 31/12/X4: valor contábil (210.000 - 30.000 = 180.000) = valor recuperável (350.000), portanto não terá perda por teste de recuperabilidade.

    A questão pede a depreciação acumulada em 31/12/X5, logo, basta somar as depreciações de cada ano (lembrando que também terá a depreciação do ano de X5):

    Depreciação acumulada = 40.000 + 40.000 + 40.000 + 30.000 + 30.000 = 180.000

    Gab - D

  • Gabarito: Letra D!

    Ano 1:

    Despesa de Depreciação = 400.000/10 = 40.000

    Valor Contábil = 400.000 – 40.000 = 360.000

    Valor Recuperável (maior entre Venda e Uso) = 380.000

    Não há perda por recuperabilidade

    Depreciação Acumulada = 40.000

    Valor Contábil Líquido = Valor Histórico - Depreciação Acumulada

    Valor Contábil Líquido = 400.000,00 - 40.000,00

    Valor Contábil Líquido = 360.000,00

    Ano 2:

    Despesa de Depreciação = 400.000/10 = 40.000

    Valor Contábil = 400.000 – 80.000 = 320.000

    Valor Recuperável (maior entre Venda e Uso) = 350.000

    Não há perda por recuperabilidade

    Depreciação Acumulada = 80.000

    Valor Contábil Líquido = Valor Histórico - Depreciação Acumulada

    Valor Contábil Líquido = 400.000,00 - 80.000,00

    Valor Contábil Líquido = 320.000,00

    Ano 3:

    Despesa de Depreciação = 400.000/10 = 40.000

    Valor Contábil = 400.000 – 120.000 = 280.000

    Valor Recuperável (maior entre Venda e Uso) = 210.000

    Há perda por recuperabilidade de R$ 70.000

    Depreciação Acumulada = 120.000

    Valor Contábil Líquido = Valor Histórico - Depreciação Acumulada - Perda por recuperabilidade

    Valor Contábil Líquido = 400.000,00 - 120.000,00 - 70.000,00

    Valor Contábil Líquido = 210.000,00

    Ano 4:

    De acordo com o CPC 01, Depois do reconhecimento da perda por desvalorização, a despesa de depreciação, amortização ou exaustão do ativo deve ser ajustada em períodos futuros para alocar o valor contábil revisado do ativo, menos seu valor residual (se houver), em base sistemática ao longo de sua vida útil remanescente.

    Despesa de Depreciação = 210.000/7 (vida útil remanescente) = 30.000

    Valor Contábil = 400.000 – 150.000 – 70.000 -30.000 = 180.000

    Valor Recuperável (maior entre Venda e Uso) = 180.000

    Não há perda por recuperabilidade

    Depreciação Acumulada = 150.000

    Valor Contábil Líquido = Valor Histórico - Depreciação Acumulada - Perda por recuperabilidade

    Valor Contábil Líquido = 400.000,00 - 150.000,00 - 70.000,00

    Valor Contábil Líquido = 180.000,00

    Ano 5:

    Despesa de Depreciação = 210.000/7 (vida útil remanescente) = 30.000

    Valor Contábil = 400.000 – 180.000 – 70.000 -30.000 = 150.000

    Valor Recuperável (maior entre Venda e Uso) = 210.000

    Houve aumento do valor recuperável, nesse caso, temos que fazer a reversão dessa perda. Para fazer a reversão temos que considerar qual seria o valor contábil desse ativo, caso nenhuma perda tivesse sido reconhecida.

    400.000/10 = 40.000 x 5 = 200.000.

    Ou seja, podemos reverter apenas 50.000. Assim temos que a perda por recuperabilidade fica no valor de 20.000.

    Depreciação Acumulada = 180.000

    Valor Contábil Líquido = Valor Histórico - Depreciação Acumulada - Perda por recuperabilidade

    Valor Contábil Líquido = 400.000,00 - 180.000,00 - 20.000,00

    Valor Contábil Líquido = 200.000,00

    A questão solicita o valor da depreciação acumulada em 31/12/X5, que é de R$ 180.000,00.

  • Inicialmente vamos calcular o valor da despesa anual de depreciação da máquina.

    Com isso, o valor contábil do item em 31/12/x1 será o seguinte:

               Custo           R$ 400.000

    ( – )   Depreciação Acumulada           (R$ 40.000)           →           depreciação de X1

    ( = )   Valor Contábil          R$ 360.000

    Pela tabela fornecida percebe-se que em 31/12/20x1 não há necessidade de reconhecimento de perda por desvalorização, pois o valor recuperável (R$ 380.000) é superior ao valor contábil (R$ 360.000) do item.

    Vamos, então, calcular o valor contábil do item em 31/12/x2.

               Custo           R$ 400.000

    ( – )   Depreciação Acumulada           (R$ 80.000)           →           depreciação de X1 e X2

    ( = )   Valor Contábil          R$ 320.000

    Pela tabela fornecida percebe-se que em 31/12/20x2 não há necessidade de reconhecimento de perda por desvalorização, pois o valor recuperável (R$ 210.000) é superior ao valor contábil (R$ 320.000) do item.

    Vamos, então, calcular o valor contábil do item em 31/12/x3.

               Custo           R$ 400.000

    ( – )   Depreciação Acumulada           (R$ 120.000)           →           depreciação de X1 a X3

    ( = )   Valor Contábil          R$ 280.000

    Pela tabela fornecida percebe-se que em 31/12/20x3 há necessidade de reconhecimento de perda por desvalorização, pois o valor recuperável (R$ 210.000) é inferior ao valor contábil (R$ 280.000) do item. Assim, nesta data a entidade realizará o seguinte lançamento contábil:

               D – Perda por Desvalorização           R$ 70.000           ( ↓ Resultado)

               C – Perda por Desvalorização Acumulada           R$ 70.000           ( ↓ ANC)

    Com isso, em 31/12/2003, após o reconhecimento da perda, o item será evidenciado da seguinte maneira:

               Custo           R$ 400.000

    ( – )   Depreciação Acumulada           (R$ 120.000)           →           depreciação de X1 a X3

    ( – )   Perda por Desvalorização Acum.           (R$ 70.000)           

    ( = )   Valor Contábil          R$ 210.000

    A partir disso precisamos calcular uma nova despesa anual de depreciação. 

    Vamos, então, calcular o valor contábil do item em 31/12/x4.

               Custo           R$ 400.000

    ( – )   Depreciação Acumulada           (R$ 150.000)           →           depreciação de X1 a X4

    ( – )   Perda por Desvalorização Acum.           (R$ 70.000)           

    ( = )   Valor Contábil          R$ 180.000

    Pela tabela fornecida percebe-se que em 31/12/20x4 não há necessidade de reconhecimento de perda por desvalorização, pois o valor recuperável (R$ 180.000) é igual ao valor contábil (R$ 180.000) do item.

    Por fim, vamos calcular o valor contábil do item em 31/12/x5.

               Custo           R$ 400.000

    ( – )   Depreciação Acumulada           (R$ 180.000)           →           depreciação de X1 a X5

    ( – )   Perda por Desvalorização Acum.           (R$ 70.000)           

    ( = )   Valor Contábil          R$ 150.000

    Pela tabela fornecida percebe-se que em 31/12/20x3 há necessidade de reconhecimento da reversão da perda por desvalorização reconhecidas em anos anteriores, pois o valor recuperável (R$ 210.000) é superior ao valor contábil (R$ 150.000) do item, indicando que a perda por desvalorização reconhecida anteriormente não mais existe.

    O único cuidado que temos que ter na análise da reversão da perda por desvalorização é que o aumento do valor contábil de um ativo atribuível à reversão de perda por desvalorização não deve exceder o valor contábil que teria sido determinado (líquido de depreciação), caso nenhuma perda por desvalorização tivesse sido reconhecida para o ativo em anos anteriores. Assim, vamos analisar qual seria o valor contábil do item em 31/12/20x5 caso não houvesse o teste de recuperabilidade na contabilidade!

               Custo           R$ 400.000

    ( – )   Depreciação Acumulada           (R$ 200.000)           →           depreciação de X1 a X5

    ( = )   Valor Contábil          R$ 200.000

    Perceba, portanto, que devemos reverter apenas R$ 50.000 da perda por desvalorização do item, de modo que ele fique contabilizado da seguinte forma:

               Custo           R$ 400.000

    ( – )   Depreciação Acumulada           (R$ 180.000)           →           depreciação de X1 a X5

    ( – )   Perda por Desvalorização Acum.           (R$ 20.000)           

    ( = )   Valor Contábil          R$ 200.000

    Se você reverter toda a perda por desvalorização, de R$ 70 mil, chegará num valor contábil de R$ 220 mil, o que é vedado pelas regras de reversão da perda por desvalorização.

    Com isso, correta a alternativa D, dado que o saldo da depreciação acumulada em 31/12/x5 será de R$ 180 mil.

  • Devemos calcular os valores da depreciação acumulada ano a ano pois deve ser feita a análise da redução ao valor recuperável. TRABALHOSO !! Ver resolução de Lucas Nascimento ou do TEC Concursos.