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ID
5444326
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
PM-AL
Ano
2021
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

   A sociedade que não proporciona liberdade — direito do homem que reconhece a ele o poder de escolha nos diversos campos da vida social — aos seus membros, a rigor, não se justifica. A liberdade, ainda que não absoluta, é meta e essência da sociedade.
   São extremos: de um lado, a utópica sociedade perfeita, ou seja, essencialmente democrática, liberal e sem injustiças econômicas, educacionais, de saúde, culturais etc. Nela, a liberdade é absoluta. Do outro lado, a sociedade imperfeita, desigual, não democrática, injusta, repleta dos mais graves vícios econômicos, de educação, de saúde, culturais etc. Nesta, a liberdade é inexistente.
   Entre os extremos está a sociedade real, a de fato, a verdadeira ou efetiva, aquela na qual os problemas econômicos, educacionais, de saúde, culturais etc. existem em infinitos níveis intermediários.
   As três sociedades — perfeita, imperfeita e real — “existem”, cada qual com a sua estabilidade interna de convivência, de forma que os seus membros experimentam relações entre si com a liberdade possível. Quanto mais imperfeita é a sociedade, menos liberdade os indivíduos possuem e maior é a tendência de convivência impossível. Na outra ponta, quanto mais a sociedade está próxima da perfeição, mais próximos da liberdade absoluta estão os indivíduos. Há a convivência ótima.
   A sociedade real, por seu turno, pode ter maior ou menor segurança pública. Numa sociedade real, a maior segurança pública possível é aquela compatível com o equilíbrio dinâmico social, ou seja, adequada à convivência social estável. Não mais e não menos que isso. Logo, para se ter segurança pública, há que se buscar constantemente alcançar e preservar o equilíbrio na sociedade real pela permanente perseguição à ordem pública.

  D’Aquino Filocre. Revisita à ordem pública. In: Revista de Informação Legislativa, Brasília, out.–
dez./2009. Internet: <senado.leg.br> (com adaptações).

A respeito das ideias e dos aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item.

O texto afirma que as sociedades cujos indivíduos têm liberdade absoluta existem em número bastante restrito.


Alternativas
Comentários
  • ERRADO. Ocorreu extrapolação, não há nada sobre isso no texto.

    " Na outra ponta, quanto mais a sociedade está próxima da perfeição, mais próximos da liberdade absoluta estão os indivíduos".... Não diz nada sobre número bastante restrito.

    Bons estudos!

  • O texto não fala sobre o que é pedido na questão. Então, gab E

  • Ocorreu extrapolação, haja vista que logo no início do segundo parágrafo o autor considera a sociedade perfeita - aquela que possui liberdade absoluta - como uma sociedade UTÓPICA. Destarte, não há o que se falar em quantitativo dessas sociedades(se estas possuem número restrito ou não). Bom, foi meu entendimento. Bons estudos!

  •  As três sociedades — perfeita, imperfeita e real — “existem”, cada qual com a sua estabilidade interna de convivência, de forma que os seus membros experimentam relações entre si com a liberdade possível

    Portanto, não há que se falar em liberdade absoluta

    Gabarito ERRADO

  • a " liberdade " não é absoluta.

  • Extrapolação, em nenhum momento a questão fala sobre numero restrito

  • O texto não falou nada sobre "indivíduos que têm liberdade absoluta''.

    ERRADO.

  • Em nenhum momento o texto fala sobre número restrito... Ela cita a liberdade absoluta, referindo à sociedade perfeita e os Infinitos níveis intermediários, que refere-se a sociedade real.

  • no meu entendimento,ele quis dizer,todas as sociedade sendo que apenas a perfeita tem liberdade absoluta.

  • extrapolação no contexto,o gab se dar por errado pelo simples fato da questao dizer que o texto afirma tal fato, e no quarto paragrafo vemos uma proporção.