Crenças centrais, também denominadas crenças nucleares, são as nossas idéias e conceitos, que são rígidos, globais e supergeneralizados. As pessoas desenvolvem suas crenças desde a infância por sua interação com as outras pessoas e pelas experiências de aprendizado, que se fortalecem ao longo do tempo e influenciam a interpretação dos acontecimentos. As crenças são consideradas verdades absolutas, como exemplos de crenças centrais podemos citar: “sou fraca”, “sou amável”, “sou incapaz”, “eu sou um ser humano funcional”, “preciso sempre agradar os outros”, “eu sou digno (Beck, 1997; Knapp, 2004; Saffi et ai, 2008). As crenças centrais podem ser divididas em crenças centrais sobre si mesmo, sobre os outros e sobre o mundo.
As crenças intermediárias, também chamadas de pressupostos subjacentes, são atitudes, regras, supo�sições e normas, que ocorrem na forma de afirmações “se..., então...” Por exemplo: “se eu não for perfeita, então ninguém vai gostar de mim”. Essas crenças interferem na nossa percepção dos eventos e guiam a nossa conduta. São crenças identificadas como regras e, se forem cumpridas, não ocorrerão problemas, e tudo ficará estável, caso contrário, quando as crenças intermediárias negativas são ativadas, o indivíduo se torna vulnerável (Knapp, 2004; Saffi et al., 2008).
Os pensamentos automáticos são pensamentos ou imagens breves e espontâneas que surgem de modo inesperado, são específicos a determi�nados eventos e ocorrem em um nível mais superficial da cognição. Um exemplo de pensamento automático é “ela gosta mais dele do que de mim”. Os pensamentos automáticos são importantes porque influenciam as emoções e os comportamentos dos indivíduos, e eles podem ser positivos ou negativos, racionais ou irracionais (Knapp, 2004; Wright et ai, 2008; Saffi et al., 2008; Sudak, 2008)
Fonte: OLIVEIRA, Margareth da Silva; Ilana Andretta (org.). Manual prático de terapia cognitivo comportamental. São Paulo: Casa do psicólogo, 2011. E-book