"As abordagens de preservação digital
Lee classifica as metodologias de preservação digital existentes em duas grandes abordagens. A primeira delas é mais conservadora e procura adotar como estratégia a restauração plena do ambiente tecnológico original para decodificar os objetos digitais do futuro. Isto pode ser realizado de duas formas: preservando-se réplicas reais de plataformas de hardware e software para uso no futuro - chamada de estratégia de preservação da tecnologia; ou recriando-se virtualmente nos novos computadores, por meio de programas emuladores, as plataformas obsoletas. Esta estratégia é conhecida como emulação da tecnologia.
A outra vertente identificada por Lee procura superar a obsolescência dos formatos dos arquivos por meio de duas estratégias: a primeira delas se baseia na conversão de formatos e na renovação e transferência de mídias, e é conhecida como estratégia de migração; a outra estratégia é chamada de encapsulamento, onde tudo que é necessário para o acesso ao objeto digital é agrupado fisicamente ou logicamente, sendo então preservado, incluindo informações que são expressas por metadados.
Migração
[...] envolve basicamente um conjunto de atividades - que devem ser repetidas periodicamente - que consiste em copiar, converter ou transferir a informação digital do patamar tecnológico que a sustenta - mídias, software, formatos e hardware - para um outro mais atualizado e de uso corrente. Analisando com um grau a mais de profundidade, veremos que migração envolve transferir a informação digital de uma mídia que está se tornando obsoleta ou fisicamente deteriorada, ou instável, para um suporte mais novo ou tecnologicamente mais atualizado" (p. 134-135)
Preservação da tecnologia
Esta estratégia pressupõe que um museu de equipamentos e programas - plataforma de hardwares e periféricos, sistemas operacionais, drivers e o programa de aplicação original - podem ser preservados com a finalidade de replicar no futuro a configuração necessária para recuperar um objeto digital no seu ambiente digital." (p. 138)
MARCONDES, C. H. et aI. (org.). Bibliotecas digitais: saberes e práticas. 2. ed. Salvador:
EDUFBA; Brasília: Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia, 2006
Gabarito: E