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ID
5464816
Banca
FAUEL
Órgão
Prefeitura de Maringá - PR
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto a seguir e responda à questão:

O ambicioso plano da Apple para destronar a Netflix

Do continente ao conteúdo. A Apple decidiu não ser só mais uma maçã no cesto — piada ruim — da indústria televisiva e fará a mudança entrando como um elefante em uma loja de cristais. Em plena guerra pela hegemonia do modelo de negócio entre as redes tradicionais e as plataformas de streaming como a Netflix, Hulu e Amazon, o gigante de Cupertino promete dinamitar o campo da batalha com seu talão de cheques e contatos. Um bilhão de dólares (3,5 bilhões de reais) de investimento como entrada e um milagre já creditado em sua conta: a volta à telinha, quinze anos depois, de quem foi sua rainha incontestável, Jennifer Aniston. Uma estratégia colocada em andamento em março e cuja aterrissagem e funcionamento ainda é uma incógnita aos espectadores.
As contratações de grandes nomes não acabam aí. Steven Spielberg produzirá o remake de sua própria série dos anos 80 Amazing Stories, com um orçamento de mais de 5 milhões de dólares (17 milhões de reais) por episódio.

(Trecho adaptado. Carlos Megía. El País Brasil. 5 de maio de 2018. Disponível em: <https://brasil.elpais.com/brasil/2018/05/05/cultura/1525554713_818878.html>)

a volta à telinha


A respeito da presença da crase, na oração destacada, as alternativas estão corretas, EXCETO:

Alternativas
Comentários
  • Leia-se o fragmento textual:

    "(...) a volta à telinha."

    Atente para o enunciado: requer-se, em especial, a análise apenas do pequeno trecho em que ocorre o fenômeno crásico. Analisando item a item:

    a) O verbo “voltar”, neste contexto, exige um complemento indireto.

    Correto. O complemento verbal indireto a que se refere o enunciado da questão nada mais é do que um objeto indireto encabeçado pelo "a" craseado;

    b) O substantivo feminino “telinha” aceita artigo.

    Correto. Exatamente por isso se origina o fenômeno crásico: volta a + a telinha = volta à telinha;

    c) Há uma fusão entre a preposição “a” e o artigo “a”.

    Correto. O mesmo raciocínio da alternativa B se estende para cá: se existe a crase em "volta à telinha", é porque o verbo demanda o uso da preposição "a" e esta se funde com o artigo "a" determinante do substantivo feminino "telinha";

    d) A preposição “a” é obrigatória diante de substantivo feminino.

    Incorreto. Em língua portuguesa, em consonância com a lição de Celso Pedro Luft, em Dicionário Prático de Regência Nominal, dá-se a denominação de "nome" às palavras que se ajustam à classe dos adjetivos, substantivos ou advérbios. Assim sendo, pode-se afiançar que tudo aquilo que integra essas três classes (adjetivo, substantivo e advérbio) podemos chamar de "nome". Esse extenso e quase infinito grupo rege também as preposições — estas não cabem somente ao verbo. No caso em apreço, entretanto, o que rege a preposição é o verbo "voltar", a despeito de certos nomes, consoante já explicitado, igualmente a regerem.

    Letra D

  • GABARITO D

    D) A preposição “a” é obrigatória diante de substantivo feminino.

    Não é obrigatória, pois a preposição é para definir se o local é conhecido. Porém o sentido muda, mas não foi o que a questão cobrou.

    Espero ter ajudado. Qualquer coisa corrijam-me.

  • A questão é sobre crase e quer que identifiquemos a alternativa incorreta em relação ao trecho “a volta à telinha”. Vejamos:

     .

    A) O verbo “voltar”, neste contexto, exige um complemento indireto.

    Certo. O verbo voltar exige um objeto indireto: quem volta, volta A algum lugar.

     .

    B) O substantivo feminino “telinha” aceita artigo.

    Certo. "Telinha" aceita o artigo feminino "a": "a telinha".

     .

    C) Há uma fusão entre a preposição “a” e o artigo “a”.

    Certo. A crase ocorre nesse caso, pois temos a fusão da preposição "a" exigida pelo verbo "voltar" (volta A) + o artigo feminino "a" de "A telinha": A + A = À (volta A + A telinha = volta À telinha).

     .

    D) A preposição “a” é obrigatória diante de substantivo feminino.

    Errado. Nesse caso, quem exige a preposição "a" é o verbo e não o substantivo "telinha". Portanto, não há que se falar, nesse caso, que a preposição é obrigatória diante do substantivo feminino "telinha", uma vez que "telinha" poderia até aparecer sem artigo.

     .

    Para complementar:

     .

    CRASE ocorre mediante a fusão da preposição "a" com:

     

    a) o artigo feminino "a" ou "as"

    Ex.: Fui à faculdade. (Fui A + A faculdade)

    b) o “a” dos pronomes demonstrativos “aquele (s), aquela (s), aquilo"

    Ex.: Você compareceu àquele cursinho? (Compareceu A + Aquele cursinho)

    c) o “a” dos pronomes relativos “a qual / as quais”

    Ex.: A aluna à qual me referi passou em primeiro lugar. (Quem se refere, refere-se A alguma coisa, A alguém + A qual)

    d) o pronome demonstrativo “a / as” (= aquela, aquelas)

    Ex.: Esta gramática é semelhante à que me deste. (Semelhante A + A que me deste)

     .

    Gabarito: Letra D

  • GABA D

    A) CORRETO - o objeto indireto craseado é justamente antecipado pelo “A” craseado.  

    B) CORRETO - crase nada mais é que a fusão da PREPOSIÇÃOA” + “AARTIGO              

    C) CORRETO - fusão da PREPOSIÇÃOA” + “AARTIGO que antecede a palavra telinha

    D) INCORRETO - NÃO É OBRIGATÓRIA, mas sua ausência pode causar ambiguidade ou mudança de sentido. 

    pertencelemos!