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ID
5473228
Banca
IDECAN
Órgão
PEFOCE
Ano
2021
Provas
Disciplina
Medicina Legal
Assuntos

Sabe-se que, após a entrada do projétil de arma de fogo no corpo da vítima, forma-se a cavitação temporária, fenômeno que é consequente à dissipação de energia do projétil assim como as características dos orifícios de entrada e saída. Assinale a alternativa correta quanto às características dos ferimentos por projéteis de arma de fogo. 

Alternativas
Comentários
  • Quando a lesão for transfixante, observa-se um segundo orifício, o orifício de saída, que apresenta,em regra, diâmetro maior do que o orifício de entrada. No mais, as bordas do orifício de saída costumam ser irregulares, dilaceradas e reviradas para fora.
  • A) O orifício de entrada tem bordas regulares, evertidas e forma redonda. ( Quem tem boda evertida são os orifícios de SAÍDA. (ERRADA) EvertidaS --> Saídas

    B) O orifício de saída tem forma elíptica e bordas regulares evertidas. ( O orifício de saída tem bordas IRREGULARES)

    C) O orifício de saída é maior do que o de entrada.  (CORRETA)

    D) O orifício de entrada sempre tem orla de queimadura.  (ERRADA)

    E) O orifício de saída tem o dobro do tamanho do orifício de entrada. ( O Diâmetro, de fato, é maior (S> E), mas não dá pra dizer que é o dobro (2x)

    GAB C

  • A letra C é a menos errada. Depende do tipo de projetil utilizado.

  • A letra C é a menos errada. Depende do tipo de projetil utilizado.

  • Aprimorando...

    Para estudar as lesões causadas por projéteis de arma de fogo é necessário levar em consideração o ferimento de entrada, o ferimento de saída e o trajeto. Todavia, antes de adentrar nesse estudo, é necessária elucidação de alguns conceitos:

    Orla de escoriação ou de contusão: ocorre em detrimento do arrancamento da epiderme devido ao movimento de rotação do projétil antes de penetrar no corpo. Logo, ao redor do local de impacto na pele, surge uma região escoriada ou desepitelizada. Se o projétil encontrar um obstáculo antes de entrar no corpo, pode ser que sejam perdidos uma parte ou a totalidade do movimento e da rotação, fato que desencoraja a formação da orla de escoriação, nas lesões por projéteis.

    Bordas invertidas da ferida: ocorrem devido à ação traumática do projétil de fora para dentro sobre a natureza elástica da pele.

    Halo ou zona de tatuagem: é resultado da impregnação dos resíduos de combustão e semicombustão da pólvora, e das partículas sólidas do próprio projétil. Pode adquirir formatos arredondados nos tiros perpendiculares ou forma de crescente no caso de tiros oblíquos. Possui variações de cor, forma, extensão e intensidade conforme a pólvora. Através da análise da zona de tatuagem, a perícia pode estabelecer a distância exata do tiro ao utilizar a mesma arma e a mesma munição em vários tiros de prova.

    Zona ou orla de esfumaçamento: é chamada também de zona de falsa tatuagem, já que ao ser lavada ela desaparece. É resultado do depósito deixado pela fuligem que envolve a ferida de entrada, sendo formada pelos resíduos finos e impalpáveis da pólvora combusta.

    Zona de queimadura: é chamada de zona de chama ou zona de chamuscamento. A ação superaquecida dos gases que atingem e queimam o alvo são os agentes responsáveis por essa zona. Em regiões cobertas de pelos, há um verdadeiro chamuscamento mostrando-os crestados, entortilhados e quebradiços.

    Aréola equimótica é representada por uma zona superficial e relativamente difusa, próxima às redondezas do ferimento de entrada, de tonalidade violácea, pode estar encoberta por outros elementos. Decorre do extravasamento de sangue oriundo da ruptura de pequenos vasos localizados na periferia do ferimento.

    Halo de enxugo: o halo de enxugo é concêntrico nos tiros perpendiculares, já nos oblíquos, em meia lua. Geralmente, a tonalidade é escura, mas pode variar de acordo com as substâncias que o projétil leva consigo ao penetrar no alvo. O halo é decorrente da passagem do projétil através do tecido, atritando e contundido, limpando neles suas impurezas.

  • Geralmente, ferimento de entrada do tiro à longa distância tem diâmetro menor que o do projétil devido à elasticidade e à retratibilidade dos tecidos cutâneos, forma arredondada quando o tiro é perpendicular ou elíptica quando a inclinação do tiro é oblíqua. Presença de orla de escoriação, orla de enxugo, aréola equimótica e bordas invertidas. Não há os efeitos secundários do tiro.

    O tiro à curta distância é aquele em que o projétil é lançado contra o alvo há uma distância capaz de causar o ferimento de entrada e os efeitos secundários, os quais são as lesões decorrentes da ação dos resíduos de combustão e semicombustão da pólvora, e das partículas sólidas do projétil. Não há uma espaço em centímetros que determine o tiro à curta distância, sendo esse determinado pela presença dos efeitos secundários. O ferimento desse tipo de tiro pode ter borda arredondada ou elíptica, orla de escoriação, zona de tatuagem, bordas invertidas, halo de enxugo, zona de esfumaçamento, zona de queimadura, aréola equimótica e zona de compressão de gases.

    O tiro à queima-roupa é uma forma de tiro à curta distância que além das zonas de tatuagem e de esfumaçamento, há a queimadura superficial dos pelos, cabelos, pele e zona de compressão de gases.

    As lesões de saída além de forma irregular, possuem bordas evertidas, halo equimótico e muitas vezes, fragmentos de tecidos. Ademais, as dimensões são maiores que as de entrada já que, o projétil possui ação mais contundente do que perfurante devido a algumas alterações ao longo do seu trajeto, causando deformidades. Por fim, por conta dessas características, tornam-se mais sangrantes em comparação às lesões de entrada.

  • INvertidas/INvaginadas = bordas voltadas para dentro;

    Evertidas/Evaginadas = bordas voltadas para fora