- ID
- 5475385
- Banca
- IBFC
- Órgão
- Prefeitura de São Gonçalo do Amarante - RN
- Ano
- 2021
- Provas
-
- IBFC - 2021 - Prefeitura de São Gonçalo do Amarante - RN - Administrador
- IBFC - 2021 - Prefeitura de São Gonçalo do Amarante - RN - Administrador - Especializado em Recursos Humanos e Gestor de RH
- IBFC - 2021 - Prefeitura de São Gonçalo do Amarante - RN - Analista Ambiental
- IBFC - 2021 - Prefeitura de São Gonçalo do Amarante - RN - Analista de Controle Interno - Contador
- IBFC - 2021 - Prefeitura de São Gonçalo do Amarante - RN - Analista de Sistema e Tecnólogo de Informação
- IBFC - 2021 - Prefeitura de São Gonçalo do Amarante - RN - Arquiteto
- IBFC - 2021 - Prefeitura de São Gonçalo do Amarante - RN - Arquiteto - Especializado em Trânsito e Engenheiro Civil
- IBFC - 2021 - Prefeitura de São Gonçalo do Amarante - RN - Arte Educador
- IBFC - 2021 - Prefeitura de São Gonçalo do Amarante - RN - Assistente Social
- IBFC - 2021 - Prefeitura de São Gonçalo do Amarante - RN - Auditor Fiscal do Tesouro Municipal
- IBFC - 2021 - Prefeitura de São Gonçalo do Amarante - RN - Biólogo|
- Disciplina
- Português
- Assuntos
Leia o texto abaixo para responder à questão.
Guerra de narrativas (adaptado)
Quando o sol parte e ficamos entretidos ao
redor da fogueira ou de frente à telinha, passamos a
uma dimensão em que é tênue a fronteira entre o real
e o imaginário, o território dos mitos, as sutis
engrenagens do nosso modelo social. Esse ritual
repete-se há pelo menos 50 mil anos. E, como é da
natureza do que é fundamental, histórias são simples.
Todas têm começo, meio e fim; personagens e
protagonistas; um cenário e um tempo. E mais: toda
trama possui um narrador, alguém que escolhe que
causo contar, onde o enredo começa e onde termina, o
que entra e o que sai. Esse narrador nem sempre é
visível, não há como apontar o autor de um mito ou do
que entendemos como senso comum.
Repetimos a balela do descobrimento da
América sem pensar que aqui já viviam pessoas antes
da invasão europeia. Se o uso da linguagem amplifica
a capacidade de colaboração, histórias determinam e
influenciam o comportamento social. Se repetimos a
narrativa de opressão, perpetuamos sua essência.
A habilidade narrativa determina quem tem voz.
A tensão entre grupos em disputa pela narrativa é tão
velha quanto a linguagem. Religiões e impérios sempre
espalharam suas falas e disputaram a atenção.
Identificar essas narrativas e a quem servem é o
caminho para delimitar quem nos fala e inferir o que nos
isola ou ajuda a colaborar.
Não existe narrador isento. Por mais cuidadoso
que seja, cada um carrega seu conjunto de valores e é
perpassado pelos julgamentos e assunções que vêm
com a cultura do grupo. Mesmo que não tenha
mensagem específica, o contador de histórias sempre
parte de sua visão de mundo.
https://vidasimples.co/conviver/guerra-de-narrativas/
De acordo com o sentido do texto, leia as
afirmativas abaixo.
I. O narrador do senso comum é a voz que
personifica o narrador invisível, cujo interesse
narrativo é desmotivado de intenções políticas
e econômicas, já que assim como o narrador
mítico ele não se mostra visível.
II. A ideia de que a América foi descoberta pelos
europeus faz parte de uma narrativa
eurocêntrica que desconsidera os nativos do
continente americano como sujeitos que já
haviam descoberto esse espaço geográfico.
III. A disputa pela narrativa pode ser considerada
uma guerra ideológica, que movimenta
interesses políticos há milhares de anos.
Assinale a alternativa correta.