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ID
5486626
Banca
VUNESP
Órgão
Prefeitura de Ferraz de Vasconcelos - SP
Ano
2021
Provas
Disciplina
Psicologia
Assuntos

Um dos princípios básicos que caracterizam os grupos, sejam eles operativos ou terapêuticos, evidencia que

Alternativas
Comentários
  • uma interação afetiva, de natureza múltipla e variada, sempre ocorre entre os integrantes de um grupo.

  • Alguém tem a referência?

  • “É inerente à conceituação de grupo a existência entre os seus membros de uma interação afetiva, a qual costuma ser de natureza múltipla e variada.”

    ZIMERMAN, David E.  Fundamentos básicos das grupoterapias. 2.ed. Porto Alegre : Artmed, 2000. 244p.

  • SEMPRE ??

  • Zimerman (1993) apresenta algumas condições básicas para que um agrupamento de pessoas se configure como um grupo:

    - O grupo se constitui numa nova entidade.

    O grupo não é um somatório de indivíduos. Pelo contrário, ele se constitui como uma nova entidade, com leis e mecanismos próprios e específicos. Assim como todo indivíduo se comporta como um grupo (de personagens internos), da mesma forma todo grupo se comporta como se fosse uma individualidade.

    - Possui objetivos comuns.

    Todos os integrantes de um grupo estão reunidos em tomo de uma tarefa e de um objetivo comuns.

    - Existe um tamanho de grupo ideal.

    O tamanho do grupo não pode exceder o limite que ponha em risco a indispensável preservação da comunicação, tanto a visual, como a auditiva, a verbal e a conceitual.

    - Necessita de um enquadre.

    Além de ter os objetivos claramente definidos, o grupo deve levar em conta uma estabilidade de espaço (local das reuniões), de tempo (horários, férias.-), algumas regras e outras variáveis equivalentes que delimitam e normatizam a atividade grupal proposta. Isso caracteriza o enquadre (setting) do grupo, o qual deverá ter cumpridas das combinações nele feitas.

    - Manifesta-se como uma totalidade.

    O grupo é uma unidade que se manifesta como uma totalidade, de modo que tão importante como o fato de ele se organizar a serviço de seus membros é, também, a recíproca disso - os membros se organizam à serviço do grupo.

    - Identidades individuais são preservadas.

    Apesar de um grupo se configurar como uma nova entidade, como uma identidade grupal genuína, é também indispensável que fiquem claramente preservadas as identidades específicas de cada um dos indivíduos componentes.

    - Forma-se um campo grupal.

    É inevitável a formação de um campo grupal dinâmico, em que gravitam fantasias, ansiedades, identificações, papéis, etc.

    - Existe interação afetiva.

    É inerente à conceituação de grupo a existência entre os seus membros de uma interação afetiva, a qual costuma ser de natureza múltipla e variada.

    - Possui duas forças contraditórias: coesão e a desintegração.

    Em todo grupo coexistem duas forças contraditórias permanentemente em jogo: uma tendente à sua coesão e a outra, à sua desintegração. A coesão do grupo está na proporção direta dos sentimentos de "pertinência" - é o "vestir a camiseta'', próprio de um espírito de corpo - e de "pertencência" - o indivíduo se refere ao grupo como sendo "o meu grupo.-'', e implica no fato de cada pessoa do grupo ser reconhecida pelos outros como um membro efetivo - de cada um inserido no grupo e na totalidade desse. Por outro lado, a coesão grupal também depende de sua capacidade de perder indivíduos e de absorver outros tantos, assim como de sua continuidade.

    - O campo grupal se processa em um plano consciente e outro inconsciente.

    O campo grupal que se forma em qualquer grupo, se processa em dois planos: um é o da intencionalidade consciente e o outro o da interferência de fatores inconscientes. O primeiro é denominado por Bion como "grupo de trabalho" pela razão de que nele todos os indivíduos integrantes estão voltados para o êxito da tarefa proposta. Subjacente a ele, está o segundo plano, que o aludido autor chama de "supostos básicos", regido por desejos reprimidos, ansiedades e defesas, e que tanto podem se configurar com a prevalência de sentimentos de dependência, ou de tuta e fuga contra os medos emergentes, ou de uma expectativa messiânica, etc. É claro que, na prática, estes dois planos não são rigidamente estanques, pelo contrário, entre eles costuma haver uma certa superposição e uma flutuação.

    - Possui fenômenos tipicamente grupais.

    No campo grupal sempre se processam fen4menos como os de resistência e contra-resistência, de transferência e contratransferência; de actings; de processos identificatórios, etc. Por um lado, tais fenómenos consistem em uma reprodução exata do que se passa na relação terapêutica bipessoal. Por um outro lado, eles não só guardam uma especificidade grupal típica como também se manifestam exclusivamente no campo grupal. Um exemplo dessa especificidade é o fenómeno da ''Ressonância", o qual consiste no fato de que a mensagem de cada indivíduo vai ressoando no inconsciente dos outros e produzindo o aporte de associações e manifestações que gravitam em tomo de uma ansiedade básica comum. Um outro exemplo é o da distribuição e da alternância de papéis típicos de um sistema grupal. Um terceiro exemplo de fen4meno especificamente grupal é o fato de que o próprio grupo funciona como sendo "um continente" que absorve as angústias de cada um e de todos. Também comentaremos sobre esses fenómenos mais à frente.

    - O processo grupal terapêutico é específico.

    Faz-se necessário distinguir a simples emergência de fen4menos grupais e um processo grupal terapêutico. A primeira é natural da constituição grupal, pois os fenómenos se reproduzem em todos os grupos, independentemente da finalidade de cada um deles, enquanto o processo grupal necessita de um enquadre apropriado e é específico dos grupos terapêuticos. O grupo, com finalidade terapêutica, necessita ainda de uma coordenação para que a sua integração seja mantida. Assim como os de finalidade operativa. O coordenador deve estar equipado com uma logística e uma técnica definidas, assim como com recursos táticos e estratégicos.

    Para fixar:








    Gabarito do Professor: Letra E.
  • tbm não concordo com a teoria, mas a opção certa é essa