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ID
5486659
Banca
VUNESP
Órgão
Prefeitura de Ferraz de Vasconcelos - SP
Ano
2021
Provas
Disciplina
Psicologia
Assuntos

A estratégia de Redução de Danos – RD – nas políticas de saúde e socioassistenciais possibilitou o desenvolvimento de práticas para o cuidado integral dos usuários de álcool e drogas nos Centros de Atenção Psicossocial, nos Consultórios da Rua e em outros dispositivos em atenção social. Essa estratégia de atendimento

Alternativas
Comentários
  • A estratégia de Redução de Danos (RD) foi inicialmente proposta como uma estratégia de prevenção ao HIV entre usuários de drogas injetáveis – Programa de Troca de Seringas (PTSs) –, no entanto a RD foi ao longo dos anos se tornando uma estratégia de produção de saúde alternativa às estratégias pautadas na lógica da abstinência, incluindo a diversidade de demandas e ampliando as ofertas em saúde para a população de usuários de drogas. 





    Por lógica da abstinência entendemos uma rede de instituições que define uma governabilidade das políticas de drogas e que se exerce de forma coercitiva na medida em que faz da abstinência a única direção de tratamento possível, submetendo o campo da saúde ao poder jurídico, psiquiátrico e religioso.

    Enquanto a abstinência está articulada com uma proposta de remissão do sintoma e a cura do doente, a proposta de reduzir danos possui como direção a produção de saúde, considerada como produção de regras autônomas de cuidado de si. No caso da RD, a própria abstinência pode ser uma meta a ser alcançada, porém mesmo nesses casos trata-se de uma meta pactuada, e não de uma regra imposta por uma instituição. As regras da RD, mesmo a abstinência, são imanentes à própria experiência e não se exercem de forma coercitiva, enquanto regras transcendentais.
    Nesse sentido, a opção menos incorreta que temos é a alternativa E.  Menos incorreta porque não concordo com a decisão pela interrupção é uma decisão clínica, o que induz a pensarmos ser uma decisão da equipe de saúde, quando na verdade só cabe ao próprio usuário a decisão,  de parar, quando parar, como parar e inclusive não parar.
    Passos, E. H. & Souza, T. P. Redução de danos e saúde pública: construções alternativas à política global de "guerra às drogas". Psicologia & Sociedade [online]. 2011, v. 23, n. 1, pp. 154-162, 2001.

    Gabarito do Professor: Letra E
  • Gabarito E concebe que a interrupção do uso de substâncias pelos usuários é uma decisão clínica, pois não é uma prescrição que atende a todos os casos.

  • Lembremos que a internação é em ultimo caso, quando os recursos extra hospitalares não forem suficientes para garantir os direitos e cuidados necessários de cada sujeito.