Nesse
exemplo prático, vamos comentar cada uma das alternativas de atuação do
psicólogo:
A) preservar o sigilo profissional em relação aos
dados levantados durante a visita
, priorizando a proteção e o bem-estar dessa
criança.
O psicólogo deve compartilhar
com a equipe as informações necessárias para o bom andamento do trabalho, como previsto
no nosso Código de Ética.
B) iniciar, imediatamente, um atendimento
psicológico com a criança
, priorizando os impactos que a situação lhe
causou.
A necessidade de encaminhamento para o atendimento psicológico
pode sim ser identificada na visita domiciliar, mas ali não é o ambiente ideal para
iniciá-lo.
C) elaborar documentos informativos que
acionem a rede de proteção, seguindo as resoluções de seu conselho profissional.
Exato! Para casos de violência sexual infantil, ainda que suspeita, acionar a rede
de proteção integral da infantil e adolescência, como conselho, tutelar, vara da
infância e juventude, cras/creas, etc.
D) solicitar o acolhimento dessa criança,
por meio de uma notificação ao serviço de proteção especial que é referência em
seu território.
O acolhimento
pode sim ser uma opção após a avaliação do caso, e somente será decidido por um
juiz; no entanto é medida excepcional, sendo a manutenção dos vínculos familiares
sempre preferidas, afastadas a situação de violência, claro.
E) convocar o padrasto para uma
intervenção psicoeducativa de caráter disciplinar
, para impedir a
continuidade da situação de violência.
Apesar dos
indícios, a confirmação da situação de violência necessitará de investigação, e
as ações destinadas ao agressor, definidas judicialmente.
Gabarito do Professor: Letra C