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ID
5492761
Banca
PM-MT
Órgão
PM-MT
Ano
2021
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Instrução: Leia o artigo a seguir e responda à questão.

Cada vez mais cedo
   [...]
   No Brasil, três em cada dez meninos ou meninas com idade entre 4 e 6 anos têm um celular para chamar de seu. A frequência do uso aumenta exponencialmente. Segundo pesquisa da Common Sense Media, organização americana sem fins lucrativos destinada a rastrear os hábitos tecnológicos da juventude, mais que dobrou o tempo da petizada diante dos vídeos, chegando à média diária (média!) de uma hora. Um detalhe: no YouTube, menores de 13 anos não poderiam ver vídeos (o correto é acessar a versão Kids), e, no entanto, os cliques não param. O Facebook também restringe o acesso a maiores de 13 anos, no entanto, segundo pesquisas recentes, 50% dos menores de 12 anos no Brasil estão lá. Há, enfim, uma avalanche de consumo precoce de conteúdo emitido pelas telas pequenas, à mão.
   Mas afinal, o que seria excessivo? A Organização Mundial da Saúde (OMS) sugere que menores de 2 anos não tenham contato algum com telas, nem mesmo com televisores. Depois dessa idade, a TV pode ser liberada, mas no máximo durante uma hora por dia. Smartphone próprio, ou tablet, tão somente depois dos 8 anos e sempre com vigilância. Antes disso, compreende que a prematuridade implica problemas de aprendizado (é preciso ler mais), de visão (há uma epidemia de miopia entre os pequenos) e até de isolamento social (avalia-se que o abuso da internet é o que fez aumentar os índices de depressão entre jovens na faixa dos 10 aos 14 anos).
   [...] Em vez de lutarem contra a maré virtual, o fundamental é os pais assumirem a responsabilidade de educar as crianças para lidar com o mundo virtual. [...] A chave, enfim, é o bom senso. Soa inaceitável afastar crianças e adolescentes da conexão digital – mas achar que um smartphone pode fazer as vezes de pai, mãe e professor é errado.
(LOPES, A. Revista Veja, ed. 2661. Adaptado.)

Sobre o texto, marque V para as afirmativas verdadeiras e F para as falsas.
( ) Apesar de YouTube e Facebook serem destinados a pessoas acima de 13 anos, crianças abaixo dessa idade consomem o conteúdo dessas tecnologias em grande quantidade.
( ) O articulista critica com veemência o uso de mídias digitais por crianças e a conivência dos pais, mas não apresenta proposta de solução para o problema.
( ) Os argumentos da OMS para limitar o uso de mídias digitais a determinadas faixas etárias das crianças compreendem argumentos pertinentes, relacionados à saúde física, mental e cognitiva.
( ) As expressões Segundo pesquisa da Common Sense Media e segundo pesquisas recentes introduzem argumentos de autoridade.
Assinale a sequência correta.

Alternativas
Comentários
  • Gabarito (B)

    (V) Apesar de YouTube e Facebook serem destinados a pessoas acima de 13 anos, crianças abaixo dessa idade consomem o conteúdo dessas tecnologias em grande quantidade.

    R.: Certo para a banca. Apesar de ter acertado, na minha opinião, é uma resposta que caberia uma argumentação contrária. Veja:

    • 1ª para.: (...) no YouTube, menores de 13 anos não poderiam ver vídeos (o correto é acessar a versão Kids), e, no entanto, os cliques não param.
    • 1ª para.: (...) O Facebook também restringe o acesso a maiores de 13 anos, no entanto, segundo pesquisas recentes, 50% dos menores de 12 anos no Brasil estão lá.

    O item em comento diz ser destinados a maiores de 13 anos, no entanto o Facebook RESTRINGE o acesso dos maiores de 13 anos. Esse restringir pode ser um limitar ou simplesmente um proibir. É necessário uma extrapolação textual para dizer que está certo, por exemplo, inferindo que seja liberado, o Facebook, somente após o 18 anos (maioridade). Optei pelo "bom senso", mas julgo questionável.

    Com relação a dizer que esses menores consomem "EM GRANDE QUANTIDADE" dessas tecnologias, estou de acordo:

    • 1ª para.: Segundo pesquisa da Common Sense Media, (...) o tempo da petizada diante dos vídeos, chegando à média diária (média!) de uma hora.
    • 1ª para.: (...) no YouTube, menores de 13 anos (...) os cliques não param.

    O próprio texto enfatiza a "média", que é a soma total de horas de consumo tecnológico pelas crianças, dividida pela quantidade de crianças total. Ou seja, algumas crianças, necessariamente, assistem acima da média de uma hora. Além do tempo máximo sugerido pela OMS:

    • Depois dessa idade, a TV pode ser liberada, mas no máximo durante uma hora por dia.

    (F) O articulista critica com veemência o uso de mídias digitais por crianças e a conivência dos pais, mas não apresenta proposta de solução para o problema.

    R.: Falso. Após o autor usar todo o 2º parágrafo pra explicar o porquê de crer ser excessivo, referenciado a OMS, ele apresenta uma proposta de como lidar com essa situação contemporânea:

    • Em vez de lutarem contra a maré virtual, o fundamental é os pais assumirem a responsabilidade de educar as crianças para lidar com o mundo virtual. [...] A chave, enfim, é o bom senso.

    (V) Os argumentos da OMS para limitar o uso de mídias digitais a determinadas faixas etárias das crianças compreendem argumentos pertinentes, relacionados à saúde física, mental e cognitiva.

    R.: Correto. Esse uso prematuro de tecnologias "compreende que a prematuridade implica problemas de":

    • problemas de aprendizado (é preciso ler mais) --> problema cognitivo;
    • de visão (há uma epidemia de miopia entre os pequenos) --> problema físico; e
    • de isolamento social (avalia-se que o abuso da internet é o que fez aumentar os índices de depressão entre jovens na faixa dos 10 aos 14 anos). --> problema psicológico que afeta a mente.

    (V) As expressões Segundo pesquisa da Common Sense Media e segundo pesquisas recentes introduzem argumentos de autoridade.

    R.: Correto.

  • Realmente cabe recurso, ao maiores de 13 anos é algumas coisas são restrita.

  • Argumento de autoridade é aquele que se fundamenta em uma fonte que tem propriedade em sua pesquisa ou fala. Usa-se em trabalho de conclusão de curso sempre e em dissertações argumentativas bem construídas existe a necessidade de utilizar.

  • essa questão certamente deveria ser anulada!!!

  • Entendo que deveria ser anulada também quanto a assertiva "( ) Apesar de YouTube e Facebook serem destinados a pessoas acima de 13 anos, crianças abaixo dessa idade consomem o conteúdo dessas tecnologias em grande quantidade."

    No entanto, no texto diz que existe a versão kids no YouTube: " no YouTube, menores de 13 anos não poderiam ver vídeos (o correto é acessar a versão Kids), e, no entanto, os cliques não param.

    Entendo que no YouTube também existe conteúdo para menores de 13 anos. Estando incorreto a assertiva por informar que o YouTube se destina a pessoas acima de 13 anos.