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ID
5538154
Banca
FGV
Órgão
IMBEL
Ano
2021
Provas
Disciplina
Administração Geral
Assuntos

Um diretor de uma empresa multinacional de roupas verifica que os resultados da empresa têm tido grande discrepância nos diferentes países onde atua. O diretor então contrata uma auditoria para entender quais são as deficiências.


No seu levantamento, a auditoria apura que estava ocorrendo uma grande perda de uniformidade nas decisões, levando a ações desencontradas. Além disso, a situação estava tão caótica que a auditoria não conseguiu sequer identificar os responsáveis pelas decisões.


À luz do conceito de estruturas organizacionais, é correto afirmar que esses problemas podem ser melhorados por meio da(o) 

Alternativas
Comentários
  • Tá tudo bagunçado? Então dá pro pai que eu assumo.

    Mais ou menos isso.

  • Para resolução da questão em análise, faz-se necessário o conhecimento sobre estruturas organizacionais.

    Diante disso, vamos a uma breve explicação.

    Segundo Hall (1984), as estruturas organizacionais podem variar de acordo com os seguintes elementos: fatores situacionais, ambientais, tamanho da organização, tecnologia ou processos produtivos adotados.

    A definição da estrutura organizacional possui como principal função o estabelecimento de como as tarefas serão distribuídas, agrupadas, coordenadas e realizadas. Toda organização possui suas individualidades, logo é de suma importância observar os elementos constitutivos da mesma.

    Dentre os elementos que deverão ser observados para a definição da estrutura organizacional, cabe destacar a escolha entre centralização e descentralização.

    A centralização ou a descentralização depende do nível hierárquico no qual as decisões são tomadas, caso as decisões sejam tomadas no topo da pirâmide organizacional, teremos uma centralização. Por outro lado, caso o poder de tomar decisões seja distribuído pelos níveis inferiores da organização, tem-se uma descentralização.

    Sobral (2008) lista as principais vantagens e desvantagens da centralização, que são descritas na tabela abaixo:


    Fonte: Sobral e Peci, 2008, pág. 266.

    Ante o exposto, a alternativa correta é a letra A, uma vez que o enunciado da questão menciona que há perda de uniformidade nas decisões, ocasionando ações desencontradas. Outro problema mencionado no referido enunciado é em relação a não identificação dos responsáveis pelas decisões.

    Portanto, a execução de um processo de reestruturação da organização baseado na centralização poderá diminuir os problemas referentes às decisões, pois, alguns dos benefícios da centralização são: uniformidade nos procedimentos e decisões, melhoria na comunicação vertical, maior agilidade no controle e avaliação dentre outros, com isso, menos pessoas centralizaram as decisões, o que facilitará um padrão, bem como o conhecimento de quem decide.


    Fontes:

    HALL, Richard H. Organizações: estrutura e processos. 3ª ed. Rio de Janeiro. Brasil, 1984.

    SOBRAL, F.; PECI, A. Administração: teoria e prática no contexto brasileiro. São Paulo: Prentice Hall, 2008.


    Gabarito do Professor: Letra A.
  • GABARITO: A

    Aqui há aquela máxima: nem sempre a centralização é ruim. Nem sempre a descentralização é boa. O contexto é determinante para a adoção de uma ou outra.

    De acordo com Chiavenato (2014), centralização e descentralização se referem ao nível hierárquico onde as decisões devem ser tomadas.

    Centralizaçãosignifica que a autoridade para tomar decisões está alocada próximo ao topo da organização.

    A seguir, poderemos verificar as vantagens e as desvantagens da centralização, segundo Chiavenato (2014, p.169).

    Vantagens:

    • As decisões são tomadas por administradores que têm visão global da empresa.
    • Os tomadores de decisão no topo são mais bem treinados e preparados do que os que estão nos níveis mais baixos.
    • As decisões, por serem tomadas pela cúpula, são uniformes e, até por isso, facilitam o controle.
    • As decisões são mais consistentes com os objetivos empresariais globais.
    • A centralização elimina esforços duplicados de vários tomadores de decisão e reduz custos operacionais.
    • Certas funções permitem maior especialização e vantagens com a centralização. 

    Desvantagens:

    • As decisões são tomadas na cúpula, que está distanciada de fatos e circunstâncias.
    • Os tomadores de decisão no topo têm pouco contato com as pessoas e as situações envolvidas.
    • As linhas de comunicação ao longo da cadeia escalar provocam demora e maior custo operacional.
    • As decisões passam pela cadeia escalar, envolvendo pessoas intermediárias e possibilitando distorções e erros pessoais no processo de comunicação das decisões.

    Descentralização: significa que a autoridade de tomar decisões é deslocada para os níveis mais baixos da organização. 

    Vantagens:

    • Os gerentes ficam mais próximos do ponto em que se devem tomar decisões.
    • Aumenta a eficiência e a motivação, aproveitando melhor o tempo e a aptidão dos funcionários, evitando que fujam à responsabilidade, por ser mais fácil recorrer à matriz ou ao chefe.
    • Melhora a qualidade das decisões à medida que seu volume e complexidade se reduzem, aliviando os chefes principais do excesso de trabalho decisório.
    • Reduz a quantidade de papelório do pessoal dos escritórios centrais e os gastos respectivos.
    • Os gastos de coordenação podem ser reduzidos graças à maior autonomia para tomar decisões.
    • Permite a formação de executivos locais ou regionais mais motivados e conscientes dos seus resultados operacionais.

    Desvantagens:

    • Falta de uniformidade nas decisões: a padronização e a uniformidade (típicas da centralização) favorecem a redução de custos operacionais. A descentralização provoca perda de uniformidade nas decisões.
    • Insuficiente aproveitamento dos especialistas: em geral, os maiores especialistas de staf estão concentrados nos escritórios centrais.
    • Falta de equipe apropriada no campo de atividades.

    Fonte:

    CHIAVENATO, I. Introdução à Teoria Geral da Administração. 9°ed. São Paulo: Manole, 2014