Para resolução da questão em análise, faz-se
necessário o conhecimento sobre estruturas organizacionais.
Diante disso, vamos a uma breve explicação.
Segundo Hall (1984), as estruturas organizacionais
podem variar de acordo com os seguintes elementos: fatores situacionais,
ambientais, tamanho da organização, tecnologia ou processos produtivos adotados.
A definição da estrutura organizacional possui como
principal função o estabelecimento de como as tarefas serão distribuídas,
agrupadas, coordenadas e realizadas. Toda organização possui suas
individualidades, logo é de suma importância observar os elementos
constitutivos da mesma.
Dentre os elementos que deverão ser observados para
a definição da estrutura organizacional, cabe destacar a escolha entre
centralização e descentralização.
A centralização ou a descentralização depende do
nível hierárquico no qual as decisões são tomadas, caso as decisões sejam
tomadas no topo da pirâmide organizacional, teremos uma centralização. Por
outro lado, caso o poder de tomar decisões seja distribuído pelos níveis
inferiores da organização, tem-se uma descentralização.
Sobral (2008) lista as principais vantagens e
desvantagens da centralização, que são descritas na tabela abaixo:
Fonte: Sobral e Peci, 2008, pág. 266.
Ante o exposto, a
alternativa correta é a letra A, uma vez que o
enunciado da questão menciona que há perda de uniformidade nas decisões,
ocasionando ações desencontradas. Outro problema mencionado no referido
enunciado é em relação a não identificação dos responsáveis pelas decisões.
Portanto, a execução
de um processo de reestruturação da organização baseado na centralização poderá
diminuir os problemas referentes às decisões, pois, alguns dos benefícios da
centralização são: uniformidade nos procedimentos e decisões, melhoria na
comunicação vertical, maior agilidade no controle e avaliação dentre outros,
com isso, menos pessoas centralizaram as decisões, o que facilitará um padrão,
bem como o conhecimento de quem decide.
Fontes:
HALL,
Richard H. Organizações: estrutura e processos. 3ª ed. Rio de Janeiro. Brasil,
1984.
SOBRAL,
F.; PECI, A. Administração:
teoria e prática no contexto brasileiro. São Paulo: Prentice Hall, 2008.
Gabarito do Professor: Letra A.
GABARITO: A
Aqui há aquela máxima: nem sempre a centralização é ruim. Nem sempre a descentralização é boa. O contexto é determinante para a adoção de uma ou outra.
De acordo com Chiavenato (2014), centralização e descentralização se referem ao nível hierárquico onde as decisões devem ser tomadas.
Centralização: significa que a autoridade para tomar decisões está alocada próximo ao topo da organização.
A seguir, poderemos verificar as vantagens e as desvantagens da centralização, segundo Chiavenato (2014, p.169).
Vantagens:
- As decisões são tomadas por administradores que têm visão global da empresa.
- Os tomadores de decisão no topo são mais bem treinados e preparados do que os que estão nos níveis mais baixos.
- As decisões, por serem tomadas pela cúpula, são uniformes e, até por isso, facilitam o controle.
- As decisões são mais consistentes com os objetivos empresariais globais.
- A centralização elimina esforços duplicados de vários tomadores de decisão e reduz custos operacionais.
- Certas funções permitem maior especialização e vantagens com a centralização.
Desvantagens:
- As decisões são tomadas na cúpula, que está distanciada de fatos e circunstâncias.
- Os tomadores de decisão no topo têm pouco contato com as pessoas e as situações envolvidas.
- As linhas de comunicação ao longo da cadeia escalar provocam demora e maior custo operacional.
- As decisões passam pela cadeia escalar, envolvendo pessoas intermediárias e possibilitando distorções e erros pessoais no processo de comunicação das decisões.
Descentralização: significa que a autoridade de tomar decisões é deslocada para os níveis mais baixos da organização.
Vantagens:
- Os gerentes ficam mais próximos do ponto em que se devem tomar decisões.
- Aumenta a eficiência e a motivação, aproveitando melhor o tempo e a aptidão dos funcionários, evitando que fujam à responsabilidade, por ser mais fácil recorrer à matriz ou ao chefe.
- Melhora a qualidade das decisões à medida que seu volume e complexidade se reduzem, aliviando os chefes principais do excesso de trabalho decisório.
- Reduz a quantidade de papelório do pessoal dos escritórios centrais e os gastos respectivos.
- Os gastos de coordenação podem ser reduzidos graças à maior autonomia para tomar decisões.
- Permite a formação de executivos locais ou regionais mais motivados e conscientes dos seus resultados operacionais.
Desvantagens:
- Falta de uniformidade nas decisões: a padronização e a uniformidade (típicas da centralização) favorecem a redução de custos operacionais. A descentralização provoca perda de uniformidade nas decisões.
- Insuficiente aproveitamento dos especialistas: em geral, os maiores especialistas de staf estão concentrados nos escritórios centrais.
- Falta de equipe apropriada no campo de atividades.
Fonte:
CHIAVENATO, I. Introdução à Teoria Geral da Administração. 9°ed. São Paulo: Manole, 2014