GABARITO : CERTO
Sugestão de leitura complementar
A possibilidade de lucro com o patenteamento de regiões do genoma humano atraiu o interesse do cientista e empresário em biotecnologia John Craig Venter, que, em maio de 1998, anunciou a criação da empresa privada Celera Genomics. Uma joint-venture formada por meio do apoio capital da empresa de equipamentos e suprimentos Perkin Elmer, a Celera se comprometeu em sequenciar todo o genoma humano até 2001, contra o final então previsto pelo consórcio público para 2003 (PORCIONATTO, 2007). Com uma tecnologia inovadora, o whole-genome shotgun, empregada com sucesso no sequenciamento do genoma da Drosophila melanogaster (ADAMS et al., 2000), a Celera realizou o procedimento com o genoma humano em aproximadamente 13 meses (VENTER et al., 2001). O investimento da Celera trazia preocupações ao consórcio internacional. Iniciava-se, assim, uma rivalidade que alavancou o PGH. Movidos pelo receio de um possível “loteamento” do genoma humano pela Celera, o PGH tomou por objetivo terminar seu trabalho antes da empresa privada. Segundo o geneticista Sérgio Pena, “Estima-se que o projeto público tenha usado seiscentos sequenciadores de DNA espalhados em laboratórios de vários países. Por outro lado, a Celera utilizou cerca de 300 sequenciadores, todos sob o mesmo teto” (PENA, 2010, p. 65).