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ID
5550241
Banca
FGV
Órgão
FUNSAÚDE - CE
Ano
2021
Provas
Disciplina
Psicologia
Assuntos

Desde a terceira revisão do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais da Associação Psiquiátrica Americana (DSM – III), houve um abandono da noção de “psicose” enquanto categoria que designava uma classe de patologias diferente da “neurose”.
Essa inflexão representou uma mudança de paradigma, cujo efeito foi

Alternativas
Comentários
  • Referência para a questão o artigo: Psicose e esquizofrenia: efeitos das mudanças nas classificações psiquiátricas sobre a abordagem clínica e teórica das doenças mentais (Fernando Tenório, 2016)

    Embora o adjetivo “psicótico” permaneça nas classificações, desde a terceira revisão do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais da Associação Psiquiátrica Americana (DSM-III), de 1980 (APA, 1980), abandonou-se a noção de “psicose” como categoria de fundo, que designava uma classe de patologias demarcadas da “neurose” (noção, por sua vez, igualmente descartada das novas classificações). 

    "Essa nova inflexão representou uma mudança de paradigma, enfraquecendo a descrição das doenças mentais apoiada em pressupostos que podemos chamar de psicodinâmicos, em favor de uma abordagem fisicalista da patologia mental" (foi um copia e cola na questão)

  • A questão solicita conhecimentos acerca do DSM e seus aspectos de caracterização dos transtornos mentais.


    Há um texto pelo qual destacarei um trecho o qual podemos encontrar nossa resposta. Deixarei a referência para os interessados que quiserem ler o artigo - recomendo veementemente, pois poderá ser base de outras questões:



    “Embora o adjetivo “psicótico" permaneça nas classificações, desde a terceira revisão do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais da Associação Psiquiátrica Americana (DSM-III), de 1980 (APA, 1980), abandonou-se a noção de “psicose" como categoria de fundo, que designava uma classe de patologias demarcadas da “neurose" (noção, por sua vez, igualmente descartada das novas classificações). Essa nova inflexão representou uma mudança de paradigma, enfraquecendo a descrição das doenças mentais apoiada em pressupostos que podemos chamar de psicodinâmicos, em favor de uma abordagem fisicalista da patologia mental. Podem ser apontadas ao menos três consequências importantes dessa mudança em termos da nosografia e da clínica. A primeira é a medicalização das condições antes associadas à subjetividade, tais como a ansiedade, a tristeza, as ideias obsessivas, as fobias, os comportamentos sexuais e outras – vale dizer, tudo o que antes era abordado no quadro da neurose tributário da psicanálise. A segunda é a localização de quadros antes reconhecidos como psicóticos na rubrica dos transtornos de personalidade. A terceira consequência (...), é a redução da psicose à esquizofrenia, isto é, o fato de a esquizofrenia ser o único quadro atualmente reconhecido como psicótico." (Tenório, 2016, p. 942)


    Gabarito da Professora: LETRA D.


    Fonte: Tenório, Fernando. (2016). Psicose e esquizofrenia: efeitos das mudanças nas classificações psiquiátricas sobre a abordagem clínica e teórica das doenças mentais. História, Ciências, Saúde-Manguinhos [online]. v. 23, n. 4, pp. 941-963. ISSN 1678-4758. 


  • Gab D

    o enfraquecimento da descrição das doenças mentais apoiada nos pressupostos psicodinâmicos em favor de uma abordagem fisicalista da patologia mental.