SóProvas


ID
5553679
Banca
Avança SP
Órgão
Prefeitura de Laranjal Paulista - SP
Ano
2021
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

MARY I (1516 – 1558).
Mary Tudor foi a primeira rainha a governar a Inglaterra por seu próprio direito. Sua brutal perseguição aos protestantes valeu-lhe a alcunha de “Blood Mary” (Mary, a Sanguinária).
Filha de Henrique VIII e Catarina de Aragão, foi declarada ilegítima quando o casamento do pai foi dissolvido em 1533. Ela perdeu o título de princesa e teve que renunciar à fé católica, embora continuasse a praticá-la em segredo.
Após a morte de seu meio-irmão, o frágil Eduardo VI, uma insurreição protestante levou Jane Grey ao trono e Mary fugiu para Norfolk. Mas havia um sentimento generalizado de que era a herdeira legítima e Mary voltou a Londres para receber as boas-vindas de maneira triunfal. Lady Jane Grey – a chamada “Rainha por Nove Dias” – foi deposta e executada, juntamente com seu marido Dudley.
Logo após sua coroação, Mary começou a reanimar a Igreja Católica, que fora banida por Henrique VIII. Quando ficou claro que ela desposaria o católico Filipe II, rei da Espanha, houve uma sublevação protestante em Kent sob Sir Thomas Wyatt. Os rebeldes marcharam para Londres: Mary fez um discurso vibrante que mobilizou a população da capital: a rebelião foi derrotada e seus líderes, executados.
Mary casou-se com Felipe II, restaurou o credo católico e começou a perseguir os heréticos. Em pouco tempo, 300 protestantes encontraram a morte na fogueira. Seu casamento com o rei espanhol arrastou a Inglaterra a uma guerra impopular contra a França, que custou aos ingleses a posse de Calais, último reduto inglês na França.
Solitária, sem filhos e odiada, Mary morreu em 17 de novembro de 1558, sendo sucedida por sua meia-irmã Elizabeth I, uma protestante.
(CAWTHORNE, Nigel. 100 Tiranos: história viva. São Paulo, Ediouro, p. 116). 

No que se refere ao correto uso da crase, analise os itens a seguir e, ao final, assinale a alternativa correta:
I – Às duas horas de reunião foram monótonas.
II – Ele viveu às custas dela.
III – Vamos à Marselha. 

Alternativas
Comentários
  • Se você quer saber com mais rapidez se deve IR À ou A algum lugar (com ou sem o acento da crase), use o seguinte “macete”:

    Antes de IR, VOLTE.

    Se você volta “DA”, significa que há artigo: você vai “À”;

    Se você volta “DE”, significa que não há artigo: você vai “A”.

    Exemplos:

    “Você volta DA Bahia”     >     “Você vai à Bahia.”

    “Você volta DE Brasília”  >     “Você vai a Brasília.”

    Vamos testar o “macete” em outros exemplos:

    “Vou à China.” (=volto DA China)

    “Vamos a Marselha.” (=voltamos DE Marselha)

  • Para responder a esta questão, exige-se conhecimento em crase. Vejamos o conceito:

    Crase é a fusão de A + A, sendo que o primeiro é sempre a preposição, o segundo pode ser artigo definido "a" ou pronome "aquela, aquele, aquilo..."

    Analisemos as assertivas:

    I – Falso.

    "Às duas horas de reunião foram monótonas."

    Há crase antes de hora quando se referir à hora (relógio) em uma locução adverbial temporal, entretanto, na frase em tela, está funcionando como sujeito e, nesse caso, é expressamente proibido. Vejam a diferença.

    Às duas horas da tarde, irei sair.( Nesse caso faz referência ao horário do relógio).

    II – verdadeiro.

    "Ele viveu às custas dela."

    A expressão "às custas de" equivale a locução "a expensas de" consoante Cegalla. Vejam o trecho retirado do seu livro:

    "à custa de , às custas de:

    1. À custa de. Significa à força de, a poder de; com o emprego de, com o sacrifício ou o dano de; a expensas de: Realizei meu sonho à custa de muito suor. / Burr* só anda à custa de chicotadas. / Ficou rico à custa da desgraça alheia. / Dedicou-se aos doentes à custa da própria saúde. / Não devemos viver à custa dos outros. / “À custa de quem se vestem estes Narcisos e Adônis?” (Camilo Castelo Branco, A queda dum anjo, p. 51)

    2. Às custas de. O uso generalizado legitima a variante às custas de, no sentido de a expensas de: João vive às custas do pai. / Ele casou por interesse, vive às custas da mulher, que é rica. (...) eles enriqueceram às custas dos cofres públicos. Expensas são gastos, despesas." (P. 28)

    III – Falso.

    "Vamos à Marselha."

    Antes do topônimo que não aceita o artigo definido "a" não há crase. Caso precise, use o macete para ajudar

    Voltei de Marselha ( se fosse "DA Marselha" teria crase).

    Portanto, somente o item II é verdadeiro.

    Referência bibliográfica: CEGALLA, Domingos Paschoal. Dicionário de Dificuldades da Língua Portuguesa. 2ª ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1999. (P. 28)

    Gabarito do monitor: B

  • GABARITO: B

    Casos em que nunca ocorre crase

    x Antes de palavra masculina (pois antes de masculina não ocorre o artigo “a”, indicador do gênero feminino): pagamento a prazo; andar a cavalo; sal a gosto.

    x Antes de verbo (porque antes de verbo não ocorre artigo): O suspeito está disposto a ajudar.

    x Antes de pronomes em geral (porque antes deles, geralmente, não ocorre artigo): Ele disse a ela que não fará a viagem; Ele falou alguma coisa a você?

    x Antes de nome de cidade (porque antes de nomes de cidade não se emprega artigo): Você não vai a Natal?

    x Expressões formadas por palavras repetidas: Cara a cara; frente a frente; minuto a minuto.

    x “A” antes de palavras flexionadas no plural: Os dados coletados não se referem a populações indígenas.

    x Depois de preposições como para, perante, com e contra: O encontro foi marcado para as 18 h; A manifestação é contra a corrupção.

    Casos em que sempre ocorre a crase

    ? Locuções adverbiais femininas que expressam ideia de tempo, lugar e modo: Às vezes Mariana vai à escola de ônibus; O aluno fez a lição às pressas e entregou para a professora.

    ? Locuções prepositivas: Os médicos estão à espera do paciente à esquerda do corredor.

    ? Locuções conjuntivas (existem apenas duas locuções desse tipo): À medida que o tempo passa, o casal fica mais apaixonado; À proporção que os dias passavam, o medo crescia.

    Casos em que a crase é opcional

    → Antes de pronomes possessivos femininos minha, tua, nossa etc. (pois nesses casos o uso do artigo antes do pronome é opcional): Os presentes foram entregues à minha irmã ou Os presentes foram entregues a minha irmã.

    → Antes de nomes de mulheres (pois aqui o artigo é opcional): Felipe fez um pedido à Raquel ou Felipe fez um pedido a Raquel.

    → Depois da palavra até (se depois dela houver uma palavra feminina que admita artigo, a crase será opcional): Os amigos foram até à praça ou Os amigos foram até a praça.

    Fonte: PEREZ, Luana Castro Alves. "O que é crase?"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/o-que-e/portugues/o-que-e-crase.htm. Acesso em 16 de novembro de 2021.

  • CUIDADO!

    Questão problemática e há comentários incorretos.

    Inspecionemos item a item:

    I – Às duas horas de reunião foram monótonas.

    Incorreto. Note que "as duas horas" é o sujeito da frase. Pelo fato de o sujeito, via de regra, jamais ser preposicionado, há absoluto impedimento na marcação da crase. Correção: "As duas horas..."

    II – Ele viveu às custas dela.

    Correto, mas com ressalvas. No que concerne à marcação da crase, verifica-se correção, o que torna correto o item. Contudo, faz-se preciso registrar que em linguagem culta, tendo o sentido de "trabalho, sacrifício", a locução prepositiva corretamente grafada se dá no singular: "à custa de". A forma no plural "às custas de" não deve ser estendida à norma culta qual fosse legítima substituta. Há nisso mero coloquialismo, com o qual coaduna apenas um gramático de vulto: Domingos P. Cegalla. A despeito do mau uso no contexto presente, a locução "às custas de" existe e fica restrita ao âmbito jurídico, em que encontrará pleno abono: "Ele foi condenado às custas do processo". Correção: "Ele viveu à custa dela".

    III – Vamos à Marselha. 

    Incorreto. "Marselha" é um topônimo que não admite uso de artigo. Diz-se, pois: "vim de Marselha", "conheci Marselha", "passeei por Marselha", "estive em Marselha", etc. Sendo assim, há inexistência de artigo e, por conseguinte, a impossibilidade de se marcar a crase. Correção: "Vamos a Marselha".

    Em resumo: se analisado apenas o aspecto crásico, o item II está correto; se analisada a correção quanto ao uso da expressão, o item está incontestavelmente errado e a questão prescinde de gabarito válido.

  • Assertiva B

    II – Ele viveu às custas dela.

  • GAB-B

    Apenas o item II é verdadeiro.

    II – Ele viveu às custas dela.

    CHEGUE NA SUA COLEGA E DIGA. -Vamos sair para comer!!!

  • Pegadinha quanto ao item I)

    Não há crase quando o termo trabalha como

    Sujeito.

    As duas horas de reunião foram monótonas.

  • e eu nem sabia o que era Marselha
  • Olympic DE Marselha

  • Achei que Marselha era uma mulher.