SóProvas


ID
5556454
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
SEDUC-AL
Ano
2021
Provas
Disciplina
Geografia
Assuntos

    A realidade aparece a cada dia sob um novo aspecto. Ora, desde que a realidade muda, a ideia, o “teórico”, devem mudar. O teórico deve seguir a evolução para não se ver diante de um impasse.


Milton Santos. O trabalho do Geógrafo no terceiro mundo.

São Paulo: Hucitec, 1978, p. 23 (com adaptações).

Acerca das concepções do pensamento geográfico e de sua influência no ensino da geografia, julgue o item que se segue.


No século XIX, a geografia já usufruía do status de conhecimento organizado, como um ramo autônomo da ciência; contudo, historicamente, as definições e as práticas da geografia estiveram envoltas de contradições dicotômicas, como a relativa à geografia regional e à geografia geral, de modo que, ainda hoje, há discussão a respeito do conceito de geografia. 

Alternativas
Comentários
  • O CENHECIMENTO DESSA CIÊNCIA É CONSTRUTIVO E CONTÍNUO = A MUNDANÇAS E QUESTIONAMENTO!!!!!!!!!!!

    CERTA!

  • A Geografia enquanto disciplina acadêmica possui um longo histórico de debates sobre seus métodos, técnicas e tradições. Conhecer essa realidade é bastante importante já que estes aspectos históricos do pensamento geográfico se relacionam diretamente com a forma como se faz e pensa a Geografia contemporânea.  Sobre as concepções do pensamento geográfico julgamos o item.
    Análise do item:
    A Geografia enquanto disciplina acadêmica possui um grande dilema quanto ao que lhe define sua identidade científica que consiste no debate sobre esta ser uma ciência definida pelo objeto - a superfície terrestre- ou se o que lhe define é o método - de sistematizar geograficamente os fenômenos que ocorrem na superfície-. Esta discussão segue sem uma resposta definitiva já que há excelentes argumentos tanto para um lado quanto para o outro, sem que isso prejudique seu status como ciência consolidada.  

    Gabarito do Professor: CERTO.
  • A Geografia foi responsável por reforçar, no sistema nacional de ensino, uma associação entre uma natureza edênica, grande extensão territorial e um povo pacífico e ordeiro, isto é, uma imagem de esperança em relação ao futuro por vir. 

    Na atualidade, mesmo inconscientemente, por vezes, tal discurso é propagado nas escolas pelos professores de Geografia, bem como no cotidiano em sociedade.

    Pode-se dizer que os pressupostos básicos dessa “revolução” ou reconstrução do saber geográfico consistiram e consistem na criticidade e no engajamento. 

    Criticidade como uma leitura do real – isto é, do espaço geográfico- que não omita as suas tensões e contradições, tal como fazia e faz a geografia tradicional, que ajude a esclarecer a espacialidade das relações de poder e de dominação. 

    E engajamento visto como uma geografia não mais “neutra” e sim comprometida com a justiça social, com a correção das desigualdades socioeconômicas e das disparidades regionais. (ibidem, p. 222-223)

  • É bem verdade que até os dias atuais o ensino de geografia seja permeado por práticas tradicionais, ao passo que atuais. De fato, uma dicotomia.