São produzidas através da fragmentação de pseudópodos da membrana citoplasmática de megacariócitos na medula óssea (HARVEY, 2012) e o processo de geração de plaquetas circulantes pelas células hematopoiética pode ser dividido em megacariopoiese e trombopoiese. Megacariocitopoiese é o processo pelo qual os megacariócitos sofrem proliferação e maturação a partir da célula progenitora da medula óssea (SZALAI et al., 2006), e ocorre em tecidos hematopotiéticos, sobretudo a medula óssea.
Os processos de proliferação e maturação que se iniciam na célula progenitora mielóide ocorrem devido à multiplicação clonal, fatores de transcrição e por citocinas, principalmente trombopoietina, culminando na produção de megacariócitos maduros (HARVEY, 2012).
A trombopoiese é o processo de formação de plaquetas a partir de megacariócitos maduros e sua liberação para a circulação, sendo mediada principalmente pela trombopoietina a qual, sozinha, é a citocina responsável pelas modificações que ocorrem no citoplasma do megacariócito maduro permitindo a liberação de plaquetas na corrente sanguínea (SZALAI et al., 2006).
As plaquetas desprendem-se dos megacariócitos maduros diretamente no sangue por fragmentação citoplasmática ou pela constrição periódica de pseudópodes citoplasmático megacariocitícos. A trombopoiese ocorre na medula óssea e em outros locais de hematopoiese (p. ex. no baço).
Também pode ocorrer nos pulmões, onde alguns megacariócitos maduros residem após deixar a medula óssea.
As plaquetas, também conhecidas como trombócitos, são pequenos fragmentos citoplasmáticos anucleados dos megacariócitos, com várias organelas citosólicas (THRALL, 2007), com formato discóide (disco achatado) quando circulam pelo sangue e com formato esférico quando estão desempenhando sua função na hemostasia. Fazem parte dos constituintes sanguíneos junto com os leucócitos e eritrócitos e se localizam na periferia dos vasos sanguíneos (KAJIHARA et al., 2007).
Participam do complexo sistema de manutenção da hemostasia, junto com a parede vascular, os fatores de coagulação e o sistema fibrinolítico e também estão presente nos processos de inflamação e cicatrização das feridas (STOCKHAM & SCOTT, 2011). Do total das plaquetas presentes no organismo animal, 70% estão presentes na circulação e 30% no baço (CASTRO et al., 2006).
Medem entre 1,5 e 3,0 micrômetros de diâmetro (portanto só podem ser visualizadas em microscópios potentes) e possuem uma vida média de 5 a 10 dias em indivíduos sadios, que pode variar entre as espécies. Depois disso são destruídas e retiradas de circulação pelos macrófagos, principalmente no baço e no fígado.