A insuficiência do ventrículo direito (IVD) pode ocorrer isoladamente ou no contexto de uma insuficiência cardíaca com fração de ejeção reduzida. Em ambos os cenários, a IVD acarreta pior prognóstico, com mais sintomas, hospitalizações e menor sobrevida. Entre os pacientes com ICFER, 40-50% apresentam sinais de IVD e esta proporção é maior quando a causa é miocardiopatia dilatada. Além disso, IVD é comum mesmo em pacientes com ICFEP, a IC com fração de ejeção do VE normal, e da mesma forma piora o prognóstico destes pacientes.
Sintomas: são semelhantes à IC de forma geral, com dispneia aos esforços. A dica para IVD é a presença de dispneia e/ou baixo débito desproporcionais ao grau de congestão pulmonar – o paciente é muito intolerante ao esforço e há pouca crepitação pulmonar.
Sinais: predominam edema periférico, turgência jugular, hepatomegalia e refluxo hepatojugular (brilhantemente definido como aumento > 3 cm na TJP com compressão abdominal por 15 segundos). A tendência é haver pouca crepitação pulmonar, salvo se houver IVE importante associada. Atenção à presença de hiperfonese de P2, que indica hipertensão pulmonar como causa da IVD. É comum a presença de sopro de regurgitação tricúspide. Obs: nos quadros agudos de IVD, predomina a TJP, com pouco ou nenhum edema periférico MMII.