SóProvas


ID
5589901
Banca
INEP
Órgão
ENEM
Ano
2021
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

    No ano em que o maior clarinetista que o Brasil conheceu, Abel Ferreira, faria 100 anos, o choro dá mostras de vivacidade. É quase um paradoxo que essa riquíssima manifestação da genuína alma brasileira seja forte o suficiente para driblar a falta de incentivos oficiais, a insensibilidade dos meios de comunicação e a amnésia generalizada. “Ele trazia a alma brasileira derramada em sua sonoridade ímpar. Artur da Távola, seguramente seu maior admirador, foi quem melhor o definiu, ‘alma sertaneja, toque mozarteano’”. O acervo do músico autodidata nascido na mineira Coromandel, autor de 50 músicas, entre as quais Chorando baixinho (1942), que o consagrou, amigo e parceiro de Pixinguinha, com quem gravou Ingênuo (1958), permanece com os herdeiros à espera de compilação adequada. O Museu da Imagem e do Som do Rio de Janeiro tem a guarda do sax e do clarinete, doados em 1995.

    Na avaliação de Leonor Bianchi, editora da Revista do Choro, “a música instrumental fica apartada do que é popular porque não vai à sala de concerto. O público em geral tem interesse em samba, pagode e axé”. Ela atribui essa situação à falta de conhecimento e à pouca divulgação do gênero nas escolas.


FERRAZ, A. Disponível em: www.cartacapital.com.br.

Acesso em: 22 abr. 2015 (adaptado).

Considerando-se o contexto, o gênero e o público-alvo, os argumentos trazidos pela autora do texto buscam

Alternativas
Comentários
  • O texto destaca a relevância histórica e a riqueza estética do choro, ao afirmar, entre outras passagens relevantes, que o choro é uma “riquíssima manifestação genuína da alma brasileira”, uma manifestação cultural forte o suficiente para superar problemas como “a falta de incentivos oficiais, a insensibilidade dos meios de comunicação e a amnésia generalizada”.

    Anglo Resolve

  • Apesar da crítica a falta de divulgação do governo, o texto retrata em especial a relevância histórica e a riqueza estética do choro.