- ID
- 5594737
- Banca
- REIS & REIS
- Órgão
- Prefeitura de Potim - SP
- Ano
- 2022
- Provas
- Disciplina
- Português
- Assuntos
Leia o texto abaixo para responder à questão.
Cientistas comprovam que emojis não são uma
linguagem universal
As mudanças naturais da tecnologia trazem
mudanças drásticas para a maneira com a qual nos
comunicamos, especialmente por meio de conversas
escritas, com os populares aplicativos de
comunicação como WhatsApp, Messenger, Telegram
e outros. Neles, é muito comum usarmos sinais e
símbolos de diversos tipos para incrementar o papo,
mas será que essas figuras realmente podem ser
compreendidas igualmente por falantes de quaisquer
idiomas?
Segundo um estudo publicado pelo Journal of CrossCultural Psychology, as emoções expressas pelos
emojis, emoticons ou aquelas carinhas que
“desenhamos” usando símbolos como dois pontos,
parênteses, hifens etc., não são entendidas da
mesma maneira por pessoas de culturas diferentes,
ao contrário do que se acreditava. Exatamente:
aquela carinha feliz, triste, rindo ou brava pode ser
interpretada de maneira diferente por habitantes de
outros países.
Culturas diferentes
A equipe de pesquisa da Universidade de Tóquio
examinou como as emoções expressadas em
símbolos e imagens são compreendidas no Japão,
Camarões e Tanzânia.
É claro que existe uma certa semelhança entre
países com culturas parecidas, como acontece no
mundo ocidental eurocêntrico, que inclui toda a
Europa Ocidental e praticamente a América inteira.
Mas quando comparamos culturas mais diversas e
distantes, como a japonesa ou centro-africana,
algumas confusões podem ocorrer. Um bom
exemplo é notar que ocidentais tendem a
demonstrar emoção nas figurinhas usando a boca,
enquanto japoneses usam os olhos para essa
função.
A equipe, formada pelos psicólogos japoneses
Kohske Takahashi, Takanori Oishi e Masaki
Shimada, da Universidade de Tóquio, examinou
como as emoções expressadas em símbolos e
imagens são compreendidas no Japão, Camarões e
Tanzânia, três nações com diferentes graus de
conectividade e acesso à internet.
Apesar dos participantes analisados serem capazes
de reconhecer igualmente emoções nos rostos de
pessoas reais, independentemente de sua cultura,
com apenas uma leve confusão na hora de africanos
identificarem expressões neutras e tristes entre
asiáticos, eles divergiram bastante na hora de
interpretar os símbolos.
Essa confusão pode ser reforçada não apenas pelas
diferenças culturais, mas pela exposição à internet que as pessoas desses diferentes países têm.
Enquanto na Tanzânia apenas 13% usa a rede e em
Camarões 25%, no Japão esse valor sobe para
impressionantes 92% da população exposta à
internet.
Os participantes foram expostos a emoticons no
estilo japonês e no estilo ocidental, que apresentam
expressões mostradas pelos olhos e pela boca,
respectivamente, e a confusão foi geral. Os
japoneses entenderam fluentemente as emoções
nos símbolos, enquanto os participantes de
Camarões e Tanzânia encontraram dificuldades para
compreendê-los.
Com a cabeça na Web
O estudo diz que os japoneses geralmente estão tão
imersos na cultura da internet que antropomorfizam
emoticons, transformando os símbolos em sinais
reais de sentimento, por isso essa fluência tão alta,
seja a emoção expressada pelos olhos do emoticon,
no estilo oriental, ou pela boca, no estilo ocidental.
(Fonte:
https://www.tecmundo.com.br/ciencia/123708-
cientistas-comprovam-emojis-nao-linguagemunivhtmersal. Acesso em 20 dez. 2021. Texto
adaptado)
No texto “Cientistas comprovam que emojis não
são uma linguagem universal”, predomina o tipo
textual: