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ID
5618326
Banca
VUNESP
Órgão
PM-SP
Ano
2022
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

    A verdadeira história do Papai Noel

        O Papai Noel que conhecemos hoje, gordo e bonachão, barba branca, vestes vermelhas, é produto de um imemorial sincretismo1 de lendas pagãs e cristãs, a tal ponto que é impossível identificar uma fonte única para o mito. Sabe-se, porém, que sua aparência foi fixada e difundida para o mundo na segunda metade do século 19 por um famoso ilustrador e cartunista americano, Thomas Nast. Nas gravuras de Nast, o único traço que destoa significativamente do Noel de hoje é o longo cachimbo que o personagem dele fumava sem parar, algo que nossos tempos antitabagistas já não permitem ao bom velhinho.

        O sucesso da representação pictórica feita por Nast não significa que ele possa reivindicar qualquer naco2 da paternidade da lenda, mas apenas que seu Santa Claus – o nome de Papai Noel em inglês – deixou no passado e nas enciclopédias de folclore a maior parte das variações regionais que a figura do distribuidor de presentes exibia, dos trajes verdes em muitos países europeus aos chifres de bode (!) em certas lendas nórdicas.

        Antes de prevalecer a imagem atual, um fator de unificação desses personagens era a referência mais ou menos direta, quase sempre distorcida por crenças locais, a São Nicolau, personagem historicamente nebuloso que viveu entre os séculos 3 e 4 da era cristã e que gozou da fama de ser, além de milagreiro, especialmente generoso com os pobres e as crianças. É impreciso o momento em que o costume de presentear as crianças no dia de São Nicolau, 6 de dezembro, foi transferido para o Natal na maior parte dos países europeus, embora a data primitiva ainda seja observada por parte da população na Holanda e na Bélgica. Nascia assim o personagem do Père Noël (como o velhinho é chamado na França) ou Pai Natal (em Portugal) – o Brasil, como se vê, optou por uma tradução pela metade.

(Sérgio Rodrigues. Em: https://veja.abril.com.br. Adaptado)

1 sincretismo: combinação

2 naco: parte, pedaço

Mantendo o sentido original, o trecho do 1º parágrafo – ... o único traço que destoa significativamente do Noel de hoje é o longo cachimbo que o personagem dele fumava sem parar... – está corretamente reescrito em: 

Alternativas
Comentários
  • Assertiva C

    a única característica que diverge significativamente do Noel de hoje é o longo cachimbo que o personagem dele fumava ininterruptamente...

  • Gabarito na alternativa C

    Solicita-se indicação de correta reescrita da passagem:

    "... o único traço que destoa significativamente do Noel de hoje é o longo cachimbo que o personagem dele fumava sem parar..."

    A) ... o único esboço que se dissocia significativamente do Noel de hoje é o longo cachimbo que o personagem dele fumava esporadicamente...

    Incorreta. O termo "traço", na passagem original, indica característica, elemento de diferenciação, não possuindo como sinônimo o termo "esboço". Há alteração semântica na passagem;

    B) ... o único detalhe que decorre significativamente do Noel de hoje é o longo cachimbo que o personagem dele fumava sucessivamente...

    Incorreta. Embora o termo "detalhe" esteja corretamente empregado, a forma verbal "decorrer" indica ter origem, derivar, afastando-se do sentido encontrado na passagem original;

    C) ... a única característica que diverge significativamente do Noel de hoje é o longo cachimbo que o personagem dele fumava ininterruptamente...

    Correta. O termo "característica" é sinônimo de 'traço", bem como há equivalência entre as formas verbais "destoar" e "divergir", preservando, a nova grafia, o sentido da passagem original;

    D) ... a única semelhança que se diversifica significativamente do Noel de hoje é o longo cachimbo que o personagem dele fumava eventualmente...

    Incorreta. Embora o termo "semelhança" esteja corretamente empregado, a forma verbal "diversificar-se", pronominal, indica o ato de tornar-se diferente, diferenciar-se, em uma ação que normalmente é praticada pelo próprio sujeito, quando não passiva. Não é forma ideal diante de opção de reescrita mais correta.

  • Basta notarmos a última palavra das alternativas A e D pra a gente perceber que estão incorretas.

  • Destoa é de sinônimo de "diverge"; e, sem parar é de sinônimo de "ininterruptamente". (C)

  • só analisei a última palavra das frases (porém eu li o texto e vi que o papa noel deixou de fumar, entendi o contexto)

    ultimas palavras em cada frase.

    de acordo com o texto: o papa noel estava sempre fumando

    a) Esporadicamente: fumava algumas vezes

    b) sucessivamente: para continua, para continua, para continua.

    c) ininterruptamente: (não precisava ter certeza do significado, poderia chegar a conclusão por eliminação)

    d) eventualmente: possibilidade de fumar.

  • PM-DF 2022 RECEBAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA