LETRA D.
O regime de "metas de crescimento da moeda", utilizado por muitos países até a década de 1990, consistia em estipular uma meta de taxa de crescimento da moeda nominal que correspondesse à taxa de inflação de desejada no médio prazo. Esse tipo de Política Monetária baseia-se na hipótese (errônea) que há uma relação muito estreita entre inflação e crescimento da moeda nominal no médio prazo. O problema é que, num sistema financeiro caracterizado por inovações financeiras e mobilidade de capitais, o comportamento da demanda por moeda é totalmente imprevisível. Exemplo: com a introdução dos cartões de crédito, as pessoas podem decidir reduzir o montante de moeda que retinham antes, isto é, a demanda real por moeda [YL(i)] cai. No médio prazo, o estoque real de moeda (M/P) também deve diminuir, pois: M/P = YL(i). Dado o estoque nominal de moeda (M), o nível de preços deverá subir. Citando Blanchard: "Deslocamentos frequentes e grandes da demanda por moeda criaram problemas sérios para os bancos centrais. Eles se viram divididos entre tentar manter uma meta estável de crescimento da moeda e manter-se dentro de bandas anunciadas (para manter a credibilidade) ou ajustar em resposta aos deslocamentos da demanda por moeda (para estabilizar o produto no curto prazo e a inflação no médio prazo"