Imagine que você vive numa casa junto com um cachorro, porém ignora completamente a presença do
animal. Não o alimenta, não nota se ele está alvoraçado ou apático, se precisa repousar um pouco ou correr
num extenso gramado. É desse jeito que a maioria das pessoas trata o movimento contínuo – e pouco
prestigiado – do tórax, esse “vai e volta” que nos acompanha fielmente desde o princípio da vida fora do útero
materno até o nosso fôlego se esgotar ao fim.
(MELLO, Raphaela de Campos. A respiração como um portal. Vida Simples. São Paulo: N. 237, nov.
2021. Vida Simples Edições. p. 40. Fragmento adaptado)
No texto, a comparação realizada funciona como