Do alto da duna, o olhar é atraído para a montanha achatada de arenito avermelhado. À frente,
uma pequena lagoa e a planície verde tomada por buritis se estendem até o horizonte. Nessa paisagem
de cerradão intocado, nascentes brotam em meio às veredas e rios escorrem formando cachoeiras entre
campos recobertos por arbustos de galhos retorcidos vigiados por aves de rapina, como o gavião-carcará e o urubu-rei. Assim é o Parque Estadual do Jalapão, no Tocantins, que foi apelidado de deserto,
apesar da fartura de águas.
Conhecer o Jalapão é tarefa para viajantes com espírito de aventura porque é preciso vencer não só a
distância – cinco horas de carro desde Palmas, a capital de Tocantins – mas também os sacolejos nas estradas
de terra da região. O período de seca de maio a setembro é a melhor época para curtir as praias de rios, uma
das principais atrações do Jalapão. As estradas ficam bem melhores e sem grandes atoleiros.
Todo esforço para chegar ao Jalapão é bem recompensado com um banho completo de natureza.
(AZZI, Tales. Jalapão, o grande oásis do Brasil. Viaje Mais. São Paulo: N. 244, Ano 21, set./out. 2021.
Editora Europa. p. 39-40. Fragmento adaptado)
O trecho negritado poderia compor as páginas de uma obra literária, mas integra uma reportagem sobre
o Jalapão. A presença desse trecho na reportagem está, prioritariamente, relacionada