-
Essa mudança ocorrerá apenas agora, em 2012, enquanto que a questão é de 2011:
"Depois de mais de 30 anos de protecionismo, o mercado dos Estados Unidos vai se abrir para o etanol brasileiro de cana-de-açúcar em 2012. O Congresso americano entrou em recesso nesta sexta-feira (23) sem prorrogar a legislação vigente, que inclui subsídio de US$ 0,45 por galão de etanol produzido nos Estados Unidos, assim como a tarifa alfandegária de US$ 0,54 cobrada pelo galão de etanol importado. A medida expiraria no dia 31 de dezembro."
Fonte: http://glo.bo/vheYAH
-
Em 2012, essas taxas foram levantadas e o mercado americano inundou-se com o etanol brasileiro, mas é interessante perceber que a partir de 2016 nós começamos a importar muito etanol dos EUA, apesar de sermos um grande produtor. Isso ocorreu por causa do aumento no preço da gasolina, que impulsionou os consumidores, com carros flex, a aumentarem seu consumo de etanol, mas os produtores tinham destinados suas produções para o açúcar refinado. Ocorreu então uma diminuição dos estoques, e o preço do etanol brasileiro elevou-se. Percebemos, portanto, que importar dos EUA ficou mais barato do que comprar o nacional. Isso perdura em 2017 e o governo brasileiro já pensa em adotar uma medida para dificultar a importação.
Fontes: https://www.novacana.com/n/etanol/mercado/importacao/brasil-maior-comprador-etanol-eua-surpresa-usinas-eua-050416/
http://g1.globo.com/economia/negocios/noticia/brasil-adota-medida-para-proteger-usinas-contra-importacao-de-etanol-dos-eua.ghtml
-
Atualização do comentário da Dafne, de 2017:
O Brasil considera abrir totalmente o mercado de para os Estados Unidos, enquanto a China vira as costas ao biocombustível americano em meio à guerra comercial.
As autoridades brasileiras consideram ceder à demanda americana de zerar a tarifa de importação de etanol para facilitar as negociações em curso do acordo bilateral com os EUA, disseram duas pessoas a par do assunto que pediram para não serem identificadas porque o assunto não é público. Um acordo bilateral, esperado para outubro, beneficiaria muito produtos nacionais Em agosto de 2017, o governo do Brasil aplicou uma tarifa de 20% sobre os embarques de etanol dos EUA que excedem a cota anual de 600 milhões de litros, depois que as importações americanas de etanol de milho inundaram o mercado doméstico, deteriorando os preços locais.
https://exame.abril.com.br/economia/brasil-considera-zerar-tarifa-de-importacao-do-etanol-dos-eua/
-
Atualizando: em 2019, a alínea “álcoois, fenóis e seus derivados” correspondeu a 2,7% das exportações brasileiras para os EUA. representando 62% do mercado externo para o etanol brasileiro e cerca de 92% das importações. Produtores nacionais enviaram 1,2 bilhão de litros para consumidores americanos, mais do que o dobro da demanda da Coreia do Sul, segundo maior cliente. Com o alinhamento de Bolsonaro ao presidente americano, Donald Trump, o governo brasileiro renovou a cota de importação para 2020, elevando os volumes de 600 milhões para 750 milhões de litros. Em 2019, foram alocados 200 milhões dessa nova cota, 90% consumidos até novembro (dados mais recentes disponíveis). Para este ano, há duas janelas de importação sem tarifas, de 275 milhões de litros cada uma, entre março e maio e depois, junho e agosto.
Portanto, essa questão estava correta em 2011, mas em 2020 deve ser vista de outra forma.
Ao mesmo tempo, 2,5% das importações brasileiras correspondem a essa mesma alínea. Isso ocorre porque em determinados períodos, o álcool americano fica mais barato que o brasileiro e por causa da demanda de açúcar da cana.
FONTES: ComexVis e União Nacional de Bioenergia