O tamanho de um acervo significa muito pouco a não ser que se considere também a taxa atual de crescimento. Uma biblioteca formada há bastante tempo, embora muito grande, talvez tenha um desempenho insatisfatório ao procurar satisfazer às necessidades dos usuários, porque não está mais gastando o suficiente com novas aquisições.
Piternick (1963) argumenta que a taxa de crescimento deve ser considerada de preferência em termos de número de volumes, ao invés de aumento percentual do tamanho do acervo. Na verdade, ele apresenta dados que sugerem que a excelência acadêmica se correlaciona positivamente com o tamanho do acervo e com o número de volumes que lhe são acrescentados, mas não com o aumento percentual do tamanho do acervo. Uma razão óbvia é o fato de que a taxa percentual de crescimento tende a ser muito maior em bibliotecas mais recentes e menores do que em instituições mais antigas e maiores (Baumol e Marcus, 1973). A ‘taxa percentual de crescimento’ é bastante afetada pelas políticas de desbaste do acervo [weeding] das várias bibliotecas.
LANCASTER, F. W. Avaliação de serviços de bibliotecas. Brasília: Briquet de Lemos, 2004.